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Memory Remains: Anthrax: 32 anos de ‘State of Euphoria’, a afirmação da fase de ouro da banda

Memory Remains: Anthrax: 32 anos de ‘State of Euphoria’, a afirmação da fase de ouro da banda

19 de setembro de 2020


Em 19 de setembro de 1988, o ANTHRAX lançava o quarto álbum de sua gloriosa carreira. E a banda que figura no “The Big 4” lançou um disco, que se não superou as expectativas do anterior, “Among the Living”, fez um disco honesto e digno da longeva carreira deste quinteto um tanto quanto subestimado dentre os integrantes do The Big 4.

A banda se juntou ao produtor Mark Dodson, que substituiu Eddie Kramer e assim todos foram para o “Quadradial Studios”, em Miami para gravar o homenageado de hoje. E a mixagem ocorreu no “Electric Lady Studios”, em Nova Iorque.

Temos a abertura com a a rápida e certeira “Be All, End All”. Uma música que se tornou clássica. A curiosidade foi que eu conheci esse som quando escutei o disco “The Greater of Two Evils”, que trata-se de regravações de alguns clássicos com nova roupagem e com o vocal de John Bush. A versão mais recente é melhor, claro, porque ficou mais pesada e melhor tocada, mas a versão original também é linda.

“Out of Sight, Out of Mind” é um Thrashão bem trampado, uma música com a característica do ANTHRAX. Muito boa. “Make me Laugh” tem ótimos riffs combinados com o peso do baixo e é uma das que me chamaram atenção por ser bem rápida.

Temos agora outra faixa que é obrigatória nos shows da banda: “Antisocial”, que é um cover de uma banda francesa chamada TRUST e que já contou com uns tais de Nicko McBrain e Clive Burr em sua lineup. E a Scott Ian e cia. fizeram um som bem legal, em uma música que conta com refrão grudento e boas passagens de guitarras, tudo com o selo de qualidade do ANTHRAX.

“Who Cares Wins” do alto de seus mais de sete minutos, com dois de introdução, cresce e torna-se um Thrash Metal para ninguém botar defeito. Os riffs da dupla Scott Ian e Dan Spitz se mostram precisos e hipnóticos em alguns momentos. “Now it’s Dark” mostra o bom e velho Thrash Metal praticado pela banda, super bem trabalhado e com todos os instrumentos bem audíveis.

“Schism” começa com una bela entrada da bateria de , seguida de riffs muito interessantes, pesados e diretos, enquanto que “Misery Loves Company” traz um ANTHRAX novamente apostando em riffs elaborados, em uma música interessante.

“13” é uma instrumental e funciona como passagem para a excelente “Finale”, em que guitarras e baixo trabalham em harmonia, alternando alguns momentos velozes com outros em que as palhetadas tomam conta. Uma das minhas favoritas deste play e o encerra de forma bem bacana.

E em pouco mais de 52 minutos, temos um disco em que a sonoridade do ANTHRAX se mostra bem latente. E embora ele tenha sido subestimado na época pela crítica e pelos fãs, eu o considero um excelente disco. Ele só carrega o fardo de ter sido o sucessor do maior clássico da banda. E mesmo com este fardo, “State of Euphoria” rendeu bons frutos, chegou à posição de número 30 na “Billboard 200”, além de ter alcançado as posições número 12 no Reino Unido, 17º na Noruega, 20º na Suíça, 21º na Suécia, 87º no Japão e foi premiado com Disco de Ouro nos Estados Unidos e Prata no Reino Unido. É um grande feito.

Mas hoje é dia de comemorar mais um ano de lançamento deste play, de fazer a contagem regressiva para que chegue logo o 4 de outubro e enfim, este redator que vos escreve tenha a oportunidade de testemunhar o ANTHRAX in loco pela primeira vez. E também de torcer para que a banda siga na ativa, por isso desejamos longa vida para a mais técnica das bandas do The Big 4.

State of Euphoria – Anthrax
Data de lançamento – 19/09/1988
Gravadora – Island Records

Faixas:
01 – Be All, End All
02 – Out of Sight, Out of Mind
03 – Make Me Laugh
04 – Antisocial
05 – Who Cares Win
06 – Now It’sDark
07 – Schism
08 – Misery Loves Company
09 – 13
10 – Finale

Formação:
Joey Belladona – Vocal
Scott Ian – Guitarra
Dan Spitz – Guitarra
Frank Bello – Baixo
Charlie Benante – Bateria