O EP ‘Entrance to Mictlán’ mostra a saga de sangue e destruição por trás do Império Asteca, formado pelo povo culhua-mexica do México Ancestral. O próprio nome da banda advém da lenda da terra ancestral dos povos nauas, um dos principais grupos culturais da Mesoamérica. Asteca deriva do termo náuatle que significa “povo de Aztlan”.
O som banda faz jus à grandeza desta civilização, que até hoje causa fascínio e é tema de estudo de diversos arqueólogos e historiadores. No clima desta narrativa, que acaba com a destruição de uma das mais evoluídas civilizações latino-americanas do período pré-colonial, a banda Aztlán faz um competente death metal “enegrecido” que mostra o furor sanguinário dos espanhóis em busca de ouro e poder.
O primeiro single lançado, “Blood Offering”, faixa que encerra este EP é minha música preferida desta história contada com muita criatividade e respeito. Me fez refletir muito sobre o genocídio dos povos indígenas e a destruição do modo de vida destas populações.
Os astecas acreditavam que antes da criação deste mundo, outros mundos já haviam existido, e outros haviam sido criados e igualmente destruídos. Será que vamos ver a destruição do mundo como conhecemos um dia?
Confiram ‘Entrance to Mictlán’, uma reflexão sobre como a civilização moderna foi construída com base em assassinatos em massa, opressão cultural, religiosa e destruição do modo de vida dos nativos das Américas.
Formação:
Marcello “Paganus” Antunes – baixo/vocais
Mateus Alves – guitarra
Gabriel Mattos – guitarra
Gilmar Vurmun – bateria