Divulgação/Electric Funeral
Banda fala sobre temas polêmicos e planos futuros
“Contra toda forma de intolerância, seja ela racial, religiosa ou LGBT. Mais amor, mais respeito”, esse é o Sob Cerco.
Formada em 2012 na cidade de Teresópolis-RJ, a banda atualmente é formada por Fábio Vargas, Juan Vargas, Paulo Cellos e Gustavo Boletta, com letras que abordam temas do cotidiano, como violência, guerra e preconceito, a banda apresenta uma pegada na linha de bandas como Suicidal Tendencies, RDP, Pantera ou seja, com muito peso e velocidade em suas composições.
A banda acaba de lançar o single “Napalm” em todas as plataformas digitais via Electric Funeral Records. Conversamos com o grupo para entender as influências que formam o som do Sob Cerco.
Toda banda tem sua influência. Vocês se inspiram em alguma banda?
Sob Cerco: Cada um na banda tem suas influências particulares, mas em comum nos inspiramos em bandas de hardcore e metal dos anos 80/90, como Pantera, Suicidal Tendencies, RDP, Slayer na verdade na hora de compor acho que a gente não pensa em fazer um som parecido com tal banda, vamos tocando e é o que sair na hora e ficar legal mesmo.
De ondem vêm esse nome “SOB CERCO”? O que levou a banda a esse nome?
Sob Cerco: Montamos a banda para fazer alguns shows na cidade tocando uns covers do Pantera, e nos ensaios começaram a sair alguns sons, foi quando resolvemos que a banda teria que ter um nome que foi tirado de uma música do Sepultura “Under Siege (Regnum Irae)”. O nome tinha tudo a ver para a proposta da banda que era fazer letras que falam de guerra, de problemas vividos pelo trabalhador que mora na favela, que vive sob cerco da violência e do descaso imposta pelo estado.
O que podemos esperar desse novo single? Há previsão de lançamento para um EP ou disco de inéditas?
Sob Cerco: Esse novo single tá bem diferente do nosso primeiro EP, que foi gravado em 2014, a letra fala da guerra no vietnã, mas pode ser usada para ilustrar a guerra travada no dia a dia pelo pobre favelado que é obrigado a enfrentar uma guerra diária ao sair de casa sem saber se vai voltar. Esse single foi gravado em Janeiro, em março ou abril estaremos gravando mais uns sons, que provavelmente deve virar um EP.
Suas letras passam uma mensagem muito forte, de onde vêm as ideias para as composições? Existe alguma composição que é mais especial para vocês?
Sob Cerco: Normalmente as ideias vem de jornais, documentários, problemas vividos em nossas áreas, etc, o que não falta hoje é ideia para letras, todas as composições são especiais, algumas mais que as outras, mas acho que a que mais gostamos mesmo é a primeira música que fizemos a “Sob o Domínio do Medo” que é a que o pessoal sempre ajuda a cantar nos shows.
De quem é a arte da capa do single e por que escolheram esse artista?
Sob Cerco: A capa do single foi feito pelo nosso vocalista (Fábio Vargas) é uma colagem com várias imagem da guerra no Vietnã, na verdade a ideia inicial seria fazer uma ilustração, mas essa colagem conseguiu ilustrar muito bem a letra da música.
Como anda a agenda de shows e a divulgação do trabalho?
Sob Cerco: Estamos com uma mini-tour marcada com nossos amigos da banda Cervical, serão 3 shows, Rio, Nova Iguaçu e Teresópolis, em abril teremos um show com o Fokismo, Força Crime Passional E Disola, e estamos fechando outras datas, a ideia é tocar o máximo esse ano pra divulgar os sons novos.
O que esperam para 2019?
Sob Cerco: Para o pais, para o pobre trabalhador, esperamos o pior possível né, não tem como ser otimista com um fascista retardado na presidência, um bosta que não tem nenhum plano de governo, que só tira direitos e baba o ovo dos EUA, na cena hardcore/metal esperamos que a rapaziada frequente mais os shows, fortaleçam as bandas, e que haja sempre mais lugares pra tocar.