Resenhas

Mother Knows Best

Mother Vulture

Avaliação

9.5

Os caras do Mother Vulture estão aqui, finalmente após apresentações nos festivais Bloodstock, ArcTanGent e Steelhouse,a banda teve um ano de destaque e eles estão rapidamente se consolidando como nomes familiares para qualquer amante da boa música Rock N Roll. Esses caras já saíram em revistas como a Louder, Classic Rock, Kerrang e agora estão em nossa redação construindo um blues-punk selvagem, o Mother Vulture está abrindo seu caminho, chamando a atenção e provocando os fãs de forma muito positiva.

Hoje o Mother Vulture traz o álbum “Mother Knows Best”. O disco começa explosivo com a faixa “Fame Or Shame”. Matt West explode de energia e mostra o quanto a cozinha é importante para trazer energia a uma canção enquanto Georgi Valentine e sua voz estridente explodem os microfones. Todos esses elementos impulsionam “Fame or Shame” para frente e não é diferente em “Monster Church”, além da voz poderosa é notório o quanto as guitarra de Brodi lembram a mistura perfeita entre Tom Morello e George Torogoth. Eles parecem ter energia infinita, tudo aqui é grande e perto do final tudo fica explosivo e barulhento  com gritos de ordem e poder.
Em “Honey”, a guitarra de Brodi lembra exatamente o artifício usado por Thomas Bangalter em “Robot Rock” do Daft Punk, isso me trouxe uma referência que agradou muito, sabemos que de forma nenhuma aqui há um plágio, mas essa conexão me fez gostar mais ainda de Mother Vulture.

Boa parte do disco segue a mesma fórmula de alta energia e ritmo acelerado. Mas isso de forma nenhuma deixa o disco “repetitivo” os grooves aqui são variados e vastos, deixando a bateria de West para controlar a emoção e o momento em que nós jogamos tudo para o alto e corremos em direção a parede mais próxima!

“Rabbit Hole” pode ser considerada dentro do contexto descrito o “Killing In the Name Of” do Mother Vulture, a faixa é pesada e impossível de se ficar estático ao ouvi-la, faixas como “Big Bad” e “Vile Breed” são a culminação de todas as coisas que tornam o Mother Vulture único e permitem que eles se mostrem a que vieram. Em ‘Shifting Sands” a sensação de que estamos correndo contra o tempo é latente, tudo isso graças a Matt West, seu desgraçado! Como é possível tanta energia e peso?! Um verdadeiro mão de pedra que consegue fazer as mesmas mão que arrebentam a bateria, se tornarem plumas no meio da canção, e justamente nesse meio que é nos dado o momento para desacelerar – ou não, já que faltando alguns segundos para o fim da canção Brodi solta sua máquina de Groove e nos faz saltar da cadeira novamente.
Em Mr. Jones, fórmula groove continua poderosa, tanto que uma faixa de 2min13 parecem ter 1min de tanto que nós somos levados a correr.

Indo mais além, em  “Not Yet”, somos levados ao Rock arrastado, talvez essa seja a faixa que quebra o ritmo acelerado do disco, afinal ela não carrega riffs rápidos ou baterias cheias. É uma faixa mais melancólica e melódica, lembra um Doom Metal lá Black Sabbath, que entra nos ouvidos como um soco sofrido. Além de “Not Yet”, Put Me Down, começa também “devagar, mas isso muda no seu minuto dois, de três minutos e onze de transcendência e “Alta viagem” que essa música proporciona, é também aos 2 min que a faixa começa seu crescimento e culmina num final explosivo.

Chegando ao Final da Audição, temos “Homemaker” vem com uma energia pulsante e riffs de stoner rock que agrada até os metaleiros, roqueiros e punks mais conservadores. É carregado com grooves brutais e intervalados que lembram bem o que  os caras do Queens of Stone Age e o Killers costumam colocar, tudo isso nessa faixa final, de alguma forma.

fãs de bandas como Fu Manchu ou Wolfmother e Turbonegro vão amar isso aqui. Temos Grunge, Stoner, Punk, Rock N Roll tudo aqui bem colocado a banda conseguiu pegar um gênero é uma fórmula que já ouvimos muito, mas eles conseguiram transformar em algo novo e revigorante. Eles deram um novo sopro de vida ao que estava ficando “chato” e pouco efetivo. Com isso, acho que é totalmente merecido que eles cheguem ao topo