A banda marroquina Lazywall estreia no cenário musical com o single “Kan Hez Yeddi”, que chega acompanhado de um lyric video. A canção apresenta a ideologia sonhadora e espiritual da banda, junto com o som denso e peculiar, que traz uma atmosfera sonora nostálgica ao mesmo tempo que exala um frescor sincero graças a energia jovial e mente visionária dos integrantes.
Sobre o lançamento, a banda diz: “Nenhum ser humano deve ser ilegal. É para todos os diferentes que sentem que não se encaixam. E também para os outros que têm medo de perder o que têm”
“Kan Hez Yeddi” apresenta a sonoridade oldschool do rock’n’roll dos anos 90 e a sensibilidade dos sons típicos de sua terra natal mesclados com rock moderno, provando que a banda soube usar todas suas influências e misturar de uma jeito peculiar para criar sua própria identidade no cenário musical. Há diversos elementos na canção que nos fazem lembrar da vibe do Nickelback e 3 Doors Down, fazendo com que o conjunto da obra é maravilhoso, desde o visual melancólico até a sonoridade exclusiva.
Esse hit possui riffs de guitarra densos e muito bem compostos com uma progressão de acordes que remete as bandas de rock dos anos 90, a bateria segue o ritmo suave e potente exalando técnica, junto com o baixo que marca forte presença em um groove exemplar mantendo o clima de rock alternativo melódico, ganhando mais vida com os vocais de que cantam rimas com um poder de convidar o ouvinte para reflexão, trazendo um toque mais moderno ao mesmo tempo que soa retro. A melodia faz a canção grudar na mente logo na primeira vez, com a energia melancólica mas penetrante, cheia de espiritualidade e intimismo, que conquista público logo na primeira audição. O tom arrastado depressivo remete aos clássicos dos anos 90, é como se estivéssemos assistindo as bandas revelação da época na MTV.
O ponto alto da banda é conseguir conciliar os tons do rock melódico e comercial com leves pitadas da música marroquina, de forma bem discreta. Sem perder sua raiz, o trio dosou perfeitamente tudo nesse single de estreia e entrou no cenário musica em grande estilo. Os solos de guitarra são muito técnicos e melódicos, conforme a música ocidental mas o toque do oriente medio deixa a melodia cativante.
A canção mantém a frequência, conduzindo o ouvinte em uma viagem sonora inesquecível, com destaque na forma como a artista misturou a energia e sonoridade de uma maneira peculiar criou um hit atemporal perfeito para os fãs do estilo, conversando diretamente com seu instrumental e com o ouvinte, transmitindo diversos sentimentos de forma satisfatória. Eles criam músicas sem medo de experimentar e sem se preocupar com as fórmulas certas para o sucesso, o que faz esse projeto ser diferente e chamar atenção. Na contra mão do que exige o mercado musical, Lazywall cativa o público e arranca elogios da mídia especializada, criando sua identidade e pronto para estar entre grandes nomes da música.
Lazywall é um trio de rock marroquino cujo híbrido de rock/metal oriental é um tagine de compassos e instrumentos árabes tradicionais e um poderoso altrock. Cantando em árabe, a banda aborda temas como mudança climática, injustiça social, integração e corrupção com uma intensidade visceral que remove barreiras linguísticas e une culturas.
A banda foi formada em Reading, Inglaterra pelos irmãos Nao, Youssef e Monz, que se mudaram de Tânger para cursar a universidade no Reino Unido. Influenciados por Led Zeppelin, Audioslave e System Of A Down, além de Bob Dylan e Van Morrison, os irmãos começaram a explorar afinações drop D e música de raiz com a missão de conectar o oud com a guitarra rock, estabelecendo um novo comércio musical rota do Oriente ao Ocidente.
Lazywall assinou contrato com a Warner Spain – os irmãos têm dupla nacionalidade marroquina e espanhola – e teve a oportunidade de ir a Chicago para gravar seu primeiro EP “Primal Tapes” com Steve Albini. Seguiram-se apresentações no SXSW e em vários festivais europeus. A banda foi a primeira banda de rock a se apresentar na TV marroquina. Seus discos em inglês, dos quais cinco, foram bem recebidos, mas uma apresentação para 50.000 compatriotas no Festival de Casablanca os fez perceber o elo essencial que faltava em seu som: o idioma.
Lazywall começou a escrever canções em árabe. “Não falamos de política porque não nos importamos. Não falamos de religião porque é uma coisa pessoal. Mas cantar sobre aquela garota menor de idade que foi forçada a se casar com seu estuprador é difícil em qualquer idioma.”
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