O audacioso Dirty Dev vem estampando cada vez mais o cenário do rock alternativo com lançamentos muito bem sucedidos e elogiados pela mídia especializada e com ótimos números nas plataformas digitais. Após o último single lançado este ano, eles voltam com um novo single, o segundo de 2023, intitulado “Frida and Leon”. A canção apresenta a ideologia artística, ousada e caótica da banda, junto com o som denso e peculiar, que traz uma atmosfera sonora nostálgica ao mesmo tempo que exala um frescor sincero graças a energia jovial e mente visionária dos integrantes. Como você deve ter adivinhado pelo título, essa música é vagamente baseada no caso histórico entre Frida Kahlo e Leon Trotsky. A banda completa: “Embora as palavras sejam sobre isso, também são sobre minhas próprias experiências pessoais”.
“Frida and Leon” apresenta com a sonoridade oldschool do rock alternativo e a sensibilidade do shoegaze com boas doses de indie moderno, provando que a banda soube usar todas suas influências e misturar de uma jeito peculiar para criar sua própria identidade no cenário musical. Há diversos elementos na canção original que nos fazem lembrar da vibe do Radiohead uma exuberância de My Bloody Valentine e The Jesus and Mary Chains mas com o toque moderno de Muse, fazendo com que o conjunto da obra é maravilhoso, desde o visual extravagante até a sonoridade exclusiva.
Com riffs de guitarra densos e pesados, destilando a energia do lo-fi, a bateria segue o ritmo suave e potente, junto com o baixo que marca forte presença em um groove exemplar, junto com sintetizadores bem encaixados. Os vocais cantam rimas etéreas com melancolia e coragem que falam separação sobre estar com alguém quando as circunstâncias não estão certas. “Em essência, essa música é sobre idealizar a pessoa com quem você está, e é sobre a dor de tentar navegar por si mesmo e pelos traumas e circunstâncias de seu parceiro para fazer as coisas funcionarem”, comenta a banda.
A canção mantem a frequência, conduzindo o ouvinte em uma viagem sonora inesquecível, com destaque na forma como a banda misturou referências dentro do rock e de uma maneira peculiar criou um hit atemporal perfeito para os fãs do estilo, conversando diretamente com seu instrumental e com o ouvinte, transmitindo diversos sentimentos de forma satisfatória.
“Todas as manhãs eu coloco 8 Mile no meu amplificador de guitarra estourado sem nenhum visual e fico na frente do meu espelho sujo do banheiro sem camisa e faço todo o freestyle Sweet Home Alabama palavra por palavra enquanto me bato na cara e agarro meu pau e bolas muito duro. Então eu fumo 25 cigarros, coloco um pouco de loção pós-barba, embora não tenha feito a barba e ouço Acid Rap enquanto tento tirar uma mancha de vinho da minha única camiseta limpa e penso em como foi divertido o ensino médio”, compartilha o artista em seu release.
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