Resenhas

In Cauda Venenum

Opeth

Avaliação

9.5

Em setembro de 2019, o Opeth lançou “In Cauda Venenum”, sem dúvida seu álbum mais desafiador até o momento. Fãs apreciadores do material lançado nos anos 90 continuaram a torcer o nariz e fãs que acompanharam todo o processo evolutivo dos suecos se deleitaram com mais um excelente trabalho.

Entramos em 2020 e, com o advento da pandemia, turnês são interrompidas por quase dois anos, atrasando o cronograma de todos os artistas..

Com a situação voltando ao normal, o Opeth resolveu relançar o álbum em uma belíssima versão batizando-o de “In Cauda Venenum – Extended Edition”, acrescido de mais um CD com 3 músicas (versões em inglês e sueco) pela gravadora Atomic Fire e edição nacional da Shinigami Records..

Interessante notar que, apesar de serem canções deixadas de fora do álbum, em nenhum momento elas destoam do lançamento “normal” e nem podemos classifica-las como “descartáveis”.

“The Mob” / “Pöbeln” é semi acústica que em alguns momentos me lembrou o Jethro Tull. É uma canção introspectiva com uma excelente interpretação de Mikael Akerfeldt e, como fã da lendária banda britânica que sou, é a que mais me agradou.“Width of a Circle” / “Cirkelns Riktning” combina mais com o álbum por ser a mais pesada (se é que podemos assim) com seus solos intrincados e animados. Já “Freedom & Tyranny’ / ‘Frihet & Tyranni”, progressiva até a medula, se torna um perfeito resumo de onde está o Opeth atualmente e encerra o cd bônus magnificamente.

Poucas bandas apresentaram ao longo dos anos uma evolução tão coesa com o Opeth. Lançamento após lançamento, estes suecos se tornaram uma das grandes bandas do momento e este material serve como um aperitivo para o próximo álbum.

Formação:

Mikael Akerfeldt: vocais, guitarras

Martin Axenrot: bateria, percussão

Martín Méndez: baixo

Fredrik Akesson: guitarras

Joakim Svalberg: teclados