O EP de estreia do artista Reaffinity, ‘Tether’, é uma jornada musical envolvente que explora os territórios do experimental, rock, indie, metal alternativo, pós-grunge e pós-punk. Com sete faixas, este trabalho nos leva a um universo lúgubre e profundo, repleto de atmosferas envolventes e guitarras distantes.
A primeira faixa é “Stake”, uma introdução misteriosa e perturbadora de 50 segundos que deságua na primeira faixa de fato – “Tether”, que dá nome ao álbum, com ecos de Soundgarden e Alice In Chains nas guitarras distorcidas e na voz enigmática do vocalista. É uma canção sombria, mas que carrega uma beleza tremenda. Com certeza uma bela primeira impressão.
A segunda faixa é “All Along”, um pouco mais cadenciada e ainda carregando os elementos pós-grunge e oexperimentalismo, essa faixa talvez a mais lisérgica do álbum, criando uma experiência sonora intensa e introspectiva.
A terceira faixa é “Later On”, combinando guitarras do indie rock e metal alternativo, ela quebra o clima 90 ‘s que havia se instalado nas primeiras faixas. Guitarras estridentes e de acordes cheios.. vocais mais leves e sussurrados que carregam um tom angustiado lembram as criações de bandas como Smashing Pumpkins, algo original e muito interessante!
A faixa seguinte é “Closest Town”, e aqui o experimentalismo prog grunge volta. Logo em sua introdução somos jogados a uma paisagem melancólica com sua introdução sombria, como um passeio noturno por nossa mente vazia e obscura. A faixa contínua nesse clima até os seus 1min50 quando ela finalmente cresce graças a introdução da rítmica da bateria que pulsa junto da condução dos metais, assim ela fica por 1 minuto até acabar, e isso traz uma sensação de descontinuidade… proposital por sinal.
“Golden Hearts” continua o clima post grunge, quase chegando a um blackgaze. Guitarras altamente distorcidas cheias de bends e e vocais angustiados criam uma paisagem sonora bela e devastadora, “Golden Hearts” soa como uma lamentação romântica, um atestado de solidão belo e ao mesmo tempo triste como um dia cinza chuvoso.
“Transitions I” encerra o álbum, e com o mesmo clima da faixa anterior, ela tem um instrumental de 1 min 16 que é arrastado e acaba em um fade out, deixando o ouvinte com a sensação de algo não finalizado e trazendo a expectativa de algo mais.
“Tether” de Reaffinity é uma evidência de que a música é uma experiência, e não um simples produto com influências de bandas como Soundgarden e Alice In Chains, o Reaffinity adiciona sua própria assinatura única a esse legado musical. Este álbum é uma jornada profunda e sombria que convida os ouvintes a se perderem nas paisagens sonoras trans positivas, proporcionando uma experiência musical verdadeiramente extraordinária
