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Mortal Prophets lança novo álbum; Ouça ‘The Twang Gang [Live in Berlin]’

Mortal Prophets lança novo álbum; Ouça ‘The Twang Gang [Live in Berlin]’

2 de outubro de 2023


O audacioso cantor e compositor Mortal Prophets vem estampando cada vez mais o cenário da música com lançamentos muito bem sucedidos e elogiados pela mídia especializada. Dando sequência a carreira, o artista lançou seu segundo álbum. Com um conjunto de onze canções, o disco apresenta a ideologia ousada e sonhadora, junto com o som penetrante e peculiar, que traz uma atmosfera sonora nostálgica ao mesmo tempo que exala um frescor sincero graças a energia jovial e mente visionária de John Beckmann.

Este trabalho prova que o cantor e compositor soube usar todas suas influências e misturar de uma jeito peculiar para criar sua própria identidade no cenário musical, experimentando diversos gêneros e mantendo sua música fresca e emocionante, mostrando suas habilidades de composição. A prova disse é a segunda faixa “3 Dolla Holla”, que embala o ouvinte com riffs leves e uma batida suave dando uma ar mais emotivo e mostrando de cara o talento, com uma sonoridade que podemos chamar de country cósmico, com misturas inusitadas mas encantadoras. Tudo começa a ficar lindo na seguinte “Mesmerized Strangers” com sua energia sentimental e cativante que embala com reflexão em uma som experimental cheio de texturas ricas e sonhadoras.

O disco traz uma sonoridade do folk rock com uma atmosfera muito nostálgica ao mesmo tempo que consegue ser contemporanea, com toques fortes e bem encaixados de country e psicodelia. As linhas de guitarra são doces e quentes, com riffs sutis, charmosos e envolventes que possui um alcance admirável e cheio de técnica, a bateria suave mas potente e o baixo mantem um groovy forte e técnico (Muito nítido na faixa-título) e o charme fica por conta do experimentalismo, em colocar sons cósmicos – perceba em “Pagan Driving School”. Em “Can You Feel It” recebemos a vibe dos anos70, dos grandes hits emotivos e músicas que exalam um desabafo bem típico do country, com linhas de violão bem encaixadas, a seguinte “Ride Em High” traz uma melodia mais psicodélica, podendo ser a música mais sonhadora do álbum – e a primeira com vocais -, permitindo uma viagem parecida com de Major Tom.

O disco mantém a frequência, conduzindo o ouvinte em uma viagem sonora inesquecível, com destaque na forma como Mortal Prophets misturou a energia e sonoridade de uma maneira peculiar e criou hits atemporais perfeito para os fãs do estilo, conversando diretamente com seu instrumental e com o ouvinte, transmitindo diversos sentimentos de forma satisfatória, capaz de conquistas os fãs mais saudosistas e exigentes até o público que busca uma sonoridade mais atual – além do lirismo intimista e profundo que o artista usou para expressar seus sentimentos, com certeza o ouvinte irá se identificar ainda mais pela forma de fazer isso com canções instrumentais. Outras faixas destaque são “Alamo Aloha”, que é bem progressiva. “Dog Face Joe” volta com os vocais e linhas de guitarra bem encaixados com uma peso do rock mas um swing do jazz – que ousadia maravilhosa. Fechamos com “The Bones GoLast” com arranjos psicodélicos, um violão sonhador e melodia sensitiva, encerrando essa experiência sonora.

Este trabalho é a culminação das composições contundentes de Mortal Prophets, maduras com sua marca registrada de guitarras de metal em camadas e lirismo sincero e tons cósmicos. Por meio da música, eles dividem suas histórias de uma maneira encantadora e confortável. A performance de Mortal Prophets. é perfeita, como uma montanha-russa emocional transformando seu trabalho em uma obra de arte que vai além da música.

John Beckmann e sua banda em evolução de ladrões de gênero exploram profundamente o grito primitivo da América. Beckmann canaliza uma visão apocalíptica alimentada pelas chamas de lendas do blues pré-guerra, como Robert Johnson, Blind Willie Johnson e Charley Patton, que são transmutadas através do espírito experimental da Electronica alemã, grupos tão diversos como Neu!, Cluster, Harmonia, Eno, Bowie e Suicídio.

Beckmann não perde tempo definindo a cena na salva de abertura de sua estreia em Mortal Prophets, Stomp the Devil. À medida que o céu escurece, uma tempestade sinistra desliza pelo horizonte e um raio corta sua tela escura como a foice da Morte – um aviso não tão sutil para se afastar de seus alto-falantes ou sucumbir ao som cru e ameaçador de Beckmann. Martelando esse ponto em casa está um personagem assustador que pode ou não estar enraizado na realidade: um “latador de carnaval nascido de novo – pregador arrependido” que começa dando um aviso a “todos os demônios no inferno”, como se só ele pudesse afastar da escuridão. Ou, pelo menos, todo o trovão apocalíptico sacode as janelas ao nosso redor e faz com que tudo pareça um reavivamento de tenda que saiu dos trilhos.

The Mortal Prophets leva esse modelo para um universo alternativo governado por riffs fraturados, linhas de sintetizador guiadas por laser e o tipo de música que você quer ouvir quando é a última chamada e a noite se recusa a terminar. A julgar pelas músicas que Beckmann já tem nos bastidores, é apenas o começo.

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