Entrevistas

Hatefulmuder: ‘Vamos fazer o que a gente acredita!’

Hatefulmuder: ‘Vamos fazer o que a gente acredita!’

19 de agosto de 2019


A banda Hatefulmuder, do Rio de Janeiro, concedeu entrevista ao site Headbangers News para falar do novo trabalho do grupo, que deve ser lançado em Outubro deste ano. Conversei com Renan Campos (guitarra e backing vocal) e Thomás Martin (bateria). Eles revelaram que em breve o grupo lançará um crowdfunding para que o próximo álbum seja produzido de maneira independente. Confira a conversa e os planos com uma das bandas que vem se destacando no cenário nacional.

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Estando na ativa desde 2008 a banda já lançou 2 EPs e 2 álbuns completos (com o 3º à caminho), além das mudanças na formação e a chegada da vocalista Angélica Burns, quais foram as principais mudanças na sonoridade da banda?

“Na verdade a banda esta na ativa de fato desde 2011 que foi quando a gente fechou o time e dar o direcionamento. Ninguém é a mesma pessoa de 10 anos atrás, estamos sempre nos reinventando, fruto de uma evolução e maturidade da banda, buscando evoluir e inovar na forma de fazer arte. Foi um caminho percorrido de erros e acertos necessário para chegar até aqui. Quando Angélica entrou em 2015 estávamos no auge, uma euforia muito grande e no meio de uma turnê na America do Sul o vocalista saiu, quando ela entrou já tínhamos algo pronto, era diferente, mas nossa essência estava ali. Com a chegada dela podíamos incluir novos elementos, nos permitindo fazer o que queríamos fazer, uma espécie de liberdade sonora e ela foi a representação física dessa mudança.

Em todos os trabalhos anteriores, as letras eram compostas em inglês. Até que em 2018 vocês lançaram um single intitulado “Engrenagem”, que é cantado em português. Há a intenção de lançar algum álbum completo só em português?

A princípio não, “Engrenagem” foi uma experiência. Mas temos musicas em português no novo álbum. Engrenagem foi uma experiência. Somos honestos com o público, mas a princípio, talvez pro futuro. Tudo depende do nosso processo criativo, no inglês é completamente diferente do português.

Vocês fazem uma abordagem corpo a corpo com os fãs e criaram até um grupo do Whatsapp. Qual é a importância das bandas independentes estarem antenadas com as novas mídias?

A ação do Whatsapp surgiu através de uma iniciativa de um fã e amigo, que teve a idéia de criar o grupo, uma forma dar mais visibilidade à banda. É um novo caminho, testar novas possibilidades, não só para as bandas, mas qualquer negócio deve ir aonde seu público está.

Alessandra Tolc/Divulgação

Muitos já fizeram comparações do som do grupo com o Arch Enemy depois que a Angélica assumiu os vocais. O que vocês acham disso?

A Angélica começou a cantar por causa da vocalista do Arch Enemy, ela viu uma mulher fazendo isso, e pensou “eu também posso”, e se tornou referência pra gente, apesar do som deles estar mais suave que o nosso, mais “pop”. Mas sim, eles são uma referência pra banda.

Recentemente vocês tocaram pelo interior do Brasil (Barbacena-MG/Araraquara – SP). Qual o feedback que tem recebido nesses shows? Como tem sido a recepção do público?

A gente toca muito em Minas Gerais, por incrível que pareça mais que no Rio, mas nunca havíamos tocado em Barbacena, e lá acontecem excursões de uma cidade para outra, eles prestigiam, comparecem. Já em Araraquara, foi um super festival com mais de 20.000 pessoas, e ficamos num dia de punk rock, apresentamos depois do Dead Fish e o público foi bem receptivo! Foi sensacional. É sempre gratificante tocar pelo interior.

O lançamento do novo disco está marcado para Outubro de 2019. Do que fala esse novo disco? Quais foram as influências e inspirações para esse novo EP?

As primeiras ideias foram do Renan e o Tomás, ensaiávamos e depois escutávamos, fizemos um álbum sem filtro, o processo criativo foi leve, e as composições não seguem uma formula, nesse nós desconstruímos. Fizemos exatamente o que queríamos fazer, apesar de ser um disco com mais refrão, mais harmônico é a mesma banda. Vamos fazer o que a gente acredita!

Quais os projetos para o futuro?

Pretendemos lançar um crowdfunding até o ano que vem e fazer nosso próximo álbum independente, não está vinculado a gravadora nenhuma, Queremos fazer tudo de forma independente.