Há 43 anos, em 2 de fevereiro de 1981, essa instituição chamada Iron Maiden lançava “Killers“, o segundo álbum desta banda, amada por nove entre dez headbangers e que é assunto do nosso Memory Remains desta sexta-feira. Vamos contar um pouco da história desse play que deveria ser tombado pelo Patrimônio Histórico ou guardado na cápsula do tempo.
A banda vinha do seu excelente disco de estreia, lançado um ano antes. As novidades eram a estreia do guitarrista Adrian Smith em lugar de Dennis Straton, que esteve recentemente em terras brasileiras fazendo alguns shows, e do produtor Martin Birch, que assinaria os próximos álbuns da banda consecutivamente até “Fear of the Dark“, em 1992. É também o último álbum com o vocalista Paul Di’Anno, que seria demitido por abuso de drogas e álcool. Di’Anno que hoje se encontra em péssimo estado de saúde e nós torcemos pela sua recuperação. Ele também esteve recentemente fazendo shows no Brasil e foi triste vê-lo cantando sentado em uma cadeira de rodas.
Com essas mudanças, a banda adentrou no “Battery Studios”, onde permaneceu entre os meses de novembro de 1980 e janeiro de 1981 e saíram de lá com essa verdadeira pérola. O álbum possui duas versões, a britânica e a americana, esta última lançada pouco tempo depois e que contém uma faixa a mais. Bolacha rolando, temos dez faixas espalhadas nos 38 minutos de duração. Alguns grandes clássicos da banda nasceram aqui, como “Wratchild“, “Murders in the Rue Morgue“, “Prodigal Son” e a própria faixa título. A maioria das letras foram escritas antes mesmo de o álbum de estreia ter sido lançado. “Killers” é apontado como o álbum mais rápido e pesado dentre todos os lançados pelo Iron Maiden até a atualidade. Nesta época a banda começou a se tornar um pouco mais conhecida nos Estados Unidos.
“Killers” o único álbum do Iron Maiden a ter mais de uma canção sem vocal. As canções são “The Ides of March” e “Genghis Khan“. Como dissemos mais acima, A Versão estadunidense traz uma faixa a mais, e ela atende pelo nome de “Twilight Zone”. Nosso aniversariante foi disco de ouro na Alemanha, França, Estados Unidos, Reino Unido e na Suécia e ganhou platina no Canadá. Além disso, ficou em 10° lugar nas paradas da Alemanha, 11° na Suécia, 12° no Reino Unido, 18° na Finlândia, 19° na Noruega, 20° na Áustria, 41° na Nova Zelândia e 78° na “Billboard 200”. Além de ser um álbum que influenciou toda uma geração. Não é para qualquer um.
A já citada “Wratchild” ganhou diversas versões: em 2003, os ingleses do Sikth fizeram sua homenagem; em 2005, a banda tributo ao Maiden formada exclusivamente por mulheres, The Iron Maidens; em 2008, a revista “Kerrang!” lançou um CD tributo à Donzela e desta vez coube aos britânicos do Gallows; E antes de tudo isso, ainda no século XX, o Six Feet Under prestou tributo, fazendo uma divertida versão com os vocais guturais de Chris Barnes, no álbum “Maximum Violence” (1999).
Para o álbum subsequente, um certo Bruce Dickinson seria o escolhido para a vaga de Di’Anno e o Iron Maiden iria se agigantar ainda mais, lançando alguns dos álbuns preferidos dos fãs, mas isso é uma outra história que iremos contar em uma ocasião adequada. Porque hoje é dia de celebrar mais um aniversário desta obra de arte. Para nossa felicidade, o Iron Maiden passou sem grandes sustos pela pandemia, que ainda não acabou, e segue em plena atividade, inclusive com dois shows agendados no Brasil este ano, nos dias 6 e 7 de dezembro. Desejamos longa vida a essa que é uma das maiores bandas de Heavy Metal de todos os tempos.
Killers – Iron Maiden
Data de lançamento – 02/02/1981
Gravadora – EMI
Faixas:
01 – The Ides of March
02 – Wratchild
03 – Murders in the Rue Morgue
04 – Another Life
05 – Genghis Khan
06 – Innocent Exile
07 – Killers
08 – Prodigal Son
09 – Purgatory
10 – Drifter
Formação:
Paul Di’Anno – vocal
Steve Harris – baixo
Dave Murray – guitarra
Adrian Smith – guitarra
Clive Burr – bateria