Há exatos 15 anos, em 3 de fevereiro de 2009, o Cannibal Corpse lançava “Evisceration Plague“, o álbum de número onze da sólida carreira dos reis do Death Metal, os quais já podemos nos referir como veteranos e o Memory Remains deste sábado vai te contar um pouco da história deste petardo.
O quinteto de Buffalo e radicado na Flórida vinha se consolidando como a mais brutal e técnica da cena e após uma tour bem sucedida para divulgar o álbum anterior, “Kill“, que já havia balançado as estruturas. Era hora de se superar e a tarefa não foi nada fácil, como disse o baixista Alex Webster, em entrevista. Aspas para esse monstro das cinco cordas:
“No Cannibal Corpse, nosso objetivo sempre foi tentar fazer de cada novo álbum que gravamos o nosso mais pesado. Esse objetivo foi um pouco mais desafiador desta vez, pois estávamos extremamente satisfeitos com nosso último álbum, Kill, mas sabíamos que, trabalhando novamente com o produtor Erik Rutan no Mana Recording Studios, poderíamos começar com o mesmo nível de peso e levar ainda mais… Evisceration Plague tem o melhor som de guitarra que já gravamos, e a banda inteira nunca tocou com tanta precisão e potência.”
Era a segunda vez que a banda trabalharia com o produtor Erik Rutan. A parceria deu tão certo que segue até os dias atuais e o cara assumiu o posto de segundo guitarrista depois do papelão que Pat O’Brien fez em 2018, quando tocou fogo na própria casa e causou transtorno aos seus vizinhos, culminando com sua prisão. Rutan teve papel determinante nessa contínua evolução sonora do Cannibal Corpse.
Assim sendo, a banda retornou ao “Mana Studios”, em St. Petersburg, Flórida, entre os meses de setembro e outubro de 2008 para gravar este petardo. A arte da capa foi divulgada em 14 de novembro daquele mesmo ano e ficou disponível no site da Amazon. Ao mesmo tempo, uma versão Deluxe do álbum e com autógrafos dos integrantes da banda também foi disponibilizado para pré-venda no site da Metal Blade Records.
Este foi o quinto álbum da banda que tinha uma faixa com o mesmo nome do disco. Isso já havia ocorrido com os álbuns “Butchered at Birth“, “The Bleeding“, “Gallery of Suicide” e “The Wretched Spawn“. Os álbuns “Bloodthirst” e “Kill” tem faixas com títulos que remetem ao título do disco, como “Unleashing the Bloodthirsty” e “Time to Kill is Now“, respectivamente.
O álbum tem apenas 38 minutos, com doze canções e alguns grandes momentos. “Apenas” manteve o Cannibal Corpse na crista da onda. Não a toa eles são os reis do Death Metal, e se no antecessor “Kill”, a incerteza sobre Rob Barrett substituindo o grande Jack Owen foi dissipada em segundos de audição, em “Evisceration Plague“, isso se tornou ainda mais sólido. Não à toa essa foi a formação que mais perdurou na história da banda. Estariam ainda juntos se não fosse a mancada de Pat O’Brien, relatado no início deste texto.
“Evisceration Plague” obteve bons resultados nos charts mundo afora, considerando se tratar de um disco de Metal extremo: 17° no Reino Unido na categoria Rock e Metal Albuns; 25° na Finlândia, 41 na Áustria, 42° na Alemanha, 66° na “Billboard 200”, 71° na Bélgica, 256° no Japão. Ainda na “Billboard”, ficou em 6° na categoria “Independent Albuns”, 7° nas categorias “Top Hard Rock Albuns” e “Top Tastemaker Albuns” e ainda beliscou um 22º lugar na categoria “Top Rock Albuns”.
Um disco que envelhece muitíssimo bem, assim como a própria banda que no ano passado nos fez conhecer mais um petardo, “Chaos Horrific”. Hoje é dia de escutar o grande “Evisceration Plague” no volume máximo, pois aqui o nosso bloquinho de carnaval é regido pelo Death Metal. Longa vida ao Cannibal Corpse.
Evisceration Plague – Cannibal Corpse
Data de lançamento – 03/02/2009
Gravadora – Metal Blade
Faixas:
01 – Priests of Sodom
02 – Scalding Hall
03 – To Decompose
04- A Cauldron of Hate
05 – Beheading and Burning
06 – Evidence in the Furnace
07 – Carnivorous Swarm
08 – Evisceration Plague
09 – Shatter Their Bones
10 – Carrion Sculpted Entity
11 – Unnatural
12 – Skewered From Ear to Eye
Formação:
George Corpsegrinder Fischer – vocal
Alex Webster – baixo
Pat O’Brien – guitarra
Rob Barrett- guitarra
Paul Mazurkiewicz – bateria