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Bring Me the Horizon: O dia que o estádio do Palmeiras foi campo de um ‘jogo’ diferente

Bring Me the Horizon: O dia que o estádio do Palmeiras foi campo de um ‘jogo’ diferente

2 de dezembro de 2024


Crédito das fotos: @anendorf / @30ebr

No último sábado (30 de novembro), o calor chegava a São Paulo, e com ele a animação e ansiedade dos fãs das bandas Brign Me the Horizon, Montionoless in Withe, Spiritbox e The Plot in You aqueciam o Allianz Parque.

The Plot in You: Abrindo as portas do Allianz para o jogo do dia

Os portões abriram as 13h e aos poucos o público preenchia cadeiras e a pista. As 16:31 The Plot in You subia ao palco ainda com o Allianz tímido de plateia. A banda Estado Unidense formada por Landon Tewers nos vocais, Josh Childress na guitarra, Ethan Yoder no baixo e Michael Cooper na bateria abria o festival com o primeiro show de sua carreira na América Latina.

O festival deu sold-out, mas neste momento ainda comportava metade do público total. Mas não por isso os brasileiros deixaram a desejar; O público brasileiro cantava junto a banda, e agitaram por todo estádio. Landon sempre comunicativo, conversava com o público entre as músicas sempre perguntando se estavam curtindo o show e agradecendo ao BMTH pela oportunidade de fazer um show tão grande. A banda trouxe algumas de suas músicas lançadas este ano e antes da música forgotten, Landon disse que se ali haviam fãs da banda este seria o momento que eles perderiam a cabeça. E não foi diferente! O público empolgou em pulos, cantando junto a banda e formaram moshs por toda a pista.

Quase ao fim do show da TPIY, já podíamos ver o Allianz mais preenchido de pessoas empolgadas, majoritariamente com camisetas do Bring Me the Horizon mostrando qual sua banda favorita deste sábado, mas entregando muita animação em todos os shows.

Spiritbox: Chegando ao Brasil com o pé direito

Pontualmente às 17:50 foi a vez da banda Canadense Spiritbox invadir o palco. Aaaah que show aguardado! Digo por mim e pelos fãs ali presentes! Primeiramente subiu ao palco o guitarrista Mike Stringer, o baixista Josh Gilbert, o baterista Zev Rosenberg e com algum suspense, deixando os fãs cada vez mais ansiosos, surge a Courtney LePlant com toda sua energia e performance impecável! A vocalista chegou entregando seus belos guturais com a música Cellar Door. Ali podiamos ver que muitos fãs aguardavam ansiosos por esta apresentação, e não deixaram a desejar.

Em Jaded, segunda música da apresentação, o publico na pista formava moshpits, movidos pelo peso trazido pela sonoridade da Spiritbox.
Courtney sempre comunicativa com os fãs, dizendo o quanto estavam felizes de tocar pela primeira vez no Brasil e agradecendo ao BMTH pela oportunidade, dizendo: “Obrigada Bring Me the Horizon por mostrar que bandas como nós podem tocar para 50.000 pessoas”.

Em Soft Spine, Courtney disse: “Esta música não é para vocês, mas sim para todas as pessoas que odeio” Isso levou o público a loucura, o que os fez abrir grandes moshs pela pista. Neste momento um fã se atreveu a acender um sinalizador, que visualmente foi bonito, mas também muito perigoso. O que fez os seguranças buscarem quem estava com o sinalizador e expulsar do concerto.

A banda apresentou seu novo single “Perfect Soul” que fará parte do disco Tsunami Sea que está previsto lançamento para 2025 e mesmo sendo um recente lançamento, podíamos ouvir o coro da plateia ali presente.

Spiritbox, uma banda que ganhou notoriedade na pandemia, um momento estranho para todo o mundo em que estávamos trancados em casa e nos restava ouvir nossas músicas favoritas e conhecer novos artistas, desde então ela foi tão esperada em solo brasileiro e mostrou o por quê de ter ganhado tanta visibilidade nos últimos anos. Trazendo um instrumental de qualidade que transita entre o djent, progressivo e metalcore e pra além, com uma performance rica de todos integrantes, que agitam junto ao público e esbanjam simpatia.

Eles se despedem deixando um gostinho de quero mais e com a promessa de retorno.

Motionless in White: Do industrial para o campo

As 19:21 a esperada Motionless in With subia ao palco, 10 anos após sua última apresentação no Brasil! De caras pintadas e máscaras, Chris Motionless nos vocais, Ryan Sitkowski na guitarra, Ricky Olson na segunda guitarra, Devin Sola no baixo e Vinny Mauro na bateria, traziam seu metal gótico/industrial em grande estilo! O público foi a loucura, até parecia que eram os headliners daquela noite. Já no inicio, toda plateia acenderam as lanternas iluminando todo o estádio, o que foi emocionante para aquele momento. Neste momento já podíamos ver o Allianz em sua capacidade total, e o Chris a todo momento incitando mosh pits e pedindo para ouvir o público brasileiro que conseguia ser mais alto que a banda.

Em Thoughts & Prayers, terceira música da noite, o público gritava junto a banda e abriam rosas enormes pela pista. O Chris vendo tudo isto disse: “sempre ouvi falar que o Brasil tem os Metalheads mais loucos, deixem me ver do que vocês são capazes”. Isto era como um desafio para o público que incansavelmente abriam rodas, pulavam e gritavam por todo estádio.

Em Slaughterhouse, o Chris pediu para o público repetir algumas palavras com ele, ele gritaria: “One mutilation”, e o público deveria responder: “Under God”, e claro que o público entregou tudo!

Abgail chegou, e com ela a bandeira do Brasil! Algum fã jogou para o Chris, e ele a estendeu, o que deixa todo brasileiro feliz!

O Chris ainda disse que ficava muito feliz de ver tanta gente cantando as músicas do Motionless e que ama o público brasileiro.

É incrível ver tanto amor que as bandas tem pelo público acalentador que é o público brasileiro.

Agora a tão aguardada da noite, mas antes do BMTH entrar pro jogo, tocavam músicas que iam do Deftones a System of a Down, e nesta todo o público ali cantou. (acho que os brasileiros estão com saudade de SOAD, hem!? Talvez esteja na hora de voltarem a ativa.)

Brign Me the Horizon: Start the game no EXTREMO!

Caramba, que jogaço! Opa, que showzaço! Exatamente as 21h as luzes do Allianz apagaram e deram palco ao game NeX GEn (titulo do álbum de 2024) nos telões do palco! Surgindo as configurações de escolha de um jogo com a palavra “star”. Foi dado o “start” e escolhido o nível “extremo”! O público enlouquecido não parava de gritar. A personagem principal do jogo NeX GEn dizia que esta seria a melhor e última noite de todos presentes ali! Com a explosão de papel e fumaça, entram no palco Oliver Sykes no vocal, Lee Malia na guitarra principal, Matt Kean no baixo, Matt Nichols na bateria e John Bom na guitara (como membro da turnê) começando a batalha da noite! Nos telões podíamos ver os músicos com níveis de saúde como vemos em jogos de vídeo game! A banda chega apesentando Darkside, e de imediato podemos ver moshs se formando por toda pista.

Foi a vez de Happy Song, e o Olyver disse em português “Eu quero muito mosh pit, eu quero mosh grandão”. Como sempre, não deixaram a desejar! Homem e mulheres formaram moshs gigantes pela pista! (pra quem não sabe, o Olyver é casado com uma brasileira, tem uma casa em Taubaté e dirigia um Fiat Uno! Podemos dizer que ele gosta do nosso país, não é mesmo?)

Este show parecia uma festa de 50.000 convidados! Muito ânimo por todo estádio, pessoas dançando, cantando, pulando, foi algo bonito de ver!

O Olyver a todo momento misturava o seu pouco português com inglês, o que deixava tudo mais intimo e divertido para os fãs ali presentes!

A cada 2 músicas os personagens do seu game, como a personagem secundária “Eve”, que só ficava atrás dos “personagens” BMTH! Sempre preparando o público pelas músicas e experiência que viria a seguir!

Em Sleepwalking os fãs acenderam suas lanternas por todo estádio, o que iluminou todo o Allianz nesta noite quente de sábado!

Antes da música Parasite Eve, a personagem Eve surgia no telão mais uma vez para nos dizer que naquela noite estávamos em solo sagrado, mas que São Paulo corria um grande risco, e cabia ao público ali presente salvar nossa cidade! Mas neste momento, um personagem que se mostrava o vilão desta batalha roubou a cena, e disse que na realidade estávamos em um solo contaminado e todo o público estava infectado! Oh não!!!

Parasite Eve começa com muita explosão de fumaça, e durante toda a música, tínhamos pessoas no palco vestidas com trajes de proteção nuclear e com armas que expeliam os “desinfetantes” na plateia. Podemos dizer que não foi apenas um show, não é mesmo?

Em Antivist o BMTH convidou no palco o MC Lan e o Di Ferreiro (da banda NX Zero) para uma participação, e ambos cobraram do Olyver uma Makita que o emprestaram em 2017! (Olyver, rat of Makitas!).

Antes da música Follow You, Olyver disse que quando se apaixonou por uma brasileira, não imaginava que apaixonaria pelo Brasil inteiro! Disse: “Eu te amo Brasil, eu sou brasileiro!”. E pela resposta do público, acho que ele está aceito.

Can You Feel My Heart mostrou ser uma música muito esperada pelos fãs que dançavam e cantam juntos!

Eles saíram do palco, e para o encore a “Eve” mais uma vez surgiu e desta vez disse: “São Paulo, you guys are still here, you are really doomed”. Mas antes da banda chegar com a música Doomed, mostraram no telão imagens do inicio da carreira da banda, desde ensaios, a fotos om fãs e mosh pits.

E não podemos deixar de falar sobre a homenagem que os fãs fizeram em Drown para o fã Pedro que infelizmente não está mais aqui. Muitos levaram bexigas brancas e a levantaram em homenagem ao Pedro, e o próprio Olyver disse: “Essa é para o Pedro”.
Olyver neste momento deixou o palco e foi para perto dos fãs na grade onde ganhou uma tiara de orelhinha!

A todo momento durante o concerto tínhamos as projeções alteradas no telão, o que dava o sentimento de um vídeo game de história! E não podia ser diferente, já que foi o maior show da história do Bring Me the Horizon e acredito que uma das melhores noites das vidas dos fãs ali presentes. A banda encerrou este concerto grandioso com Throne, que os fãs cantaram em uníssono.
Olyver sempre simpático nos entrega a frase: “Brazil, this is the biggest show Bring Me the Horizon has ever played, I don’t know what we did to deserve you. Gratidão. Grati-fucking-dão. I need to see everybody move”.

Confesso que não sou a maior fã do BMTH, mas sai dali com coração quentinho e a certeza que estava presente em um momento histórico para milhares de pessoas.

 

Setilist The Plot in You

Don’t Look Away
Divide
Pretend
Paradigm
THE ONE YOU LOVED
Face Me
Been Here Before
Forgotten
Spare Me
All That I Can Give
Left Behind
DISPOSABLE FIX
FEEL NOTHING

 

Setilist Spiritbox

Cellar Door
Jaded
Angel Eyes
Soft Spine
The Void
Perfect Soul (Live debut)
Hurt You
Yellowjacket
Blessed Be
Rotoscope
Circle With Me
Holy Roller
Hysteria

 

Setlist Motionless in White

Meltdown (shortened)
Sign of Life
Thoughts & Prayers
Masterpiece
Slaughterhouse
Werewolf
Abigail
Reincarnate
Another Life
Somebody Told Me (The Killers cover)
Voices
Eternally Yours

 

Setlist Bring Me the Horizon

DArkSide
MANTRA
Happy Song
Teardrops
AmEN!
Kool-Aid
Shadow Moses
n/A
Sleepwalking
Kingslayer
Parasite Eve
Antivist (com MC Lan and Di Ferrero do NX Zero)
Follow You
LosT
Can You Feel My Heart

Encore:

Doomed
Drown (dedicado a Pedro Miranda, um fã brasileiro que faleceu recentemente )
Throne

Galeria do show