Memory Remains

Memory Remains: Doro – 22 anos de “Fight” e as participações de Peter Steele e Chris Caffery

19 de agosto de 2024

Há 22 anos, em 19 de agosto de 2002, Doro Pesch lançava “Fight“, oitavo disco da nossa metal queen, pela SPV/Steamhammer. É o primeiro álbum desde Force Majeure a contar com a participação dos membros da banda de Doro no processo de composição. O play é tema do nosso Memory Remains desta segunda-feira.

O baixista Nick Douglas, o guitarrista Joey Taylor e o baterista Johnny Dee já acompanhavam Doro em turnês há mais de uma década. A novidade era a entrada do guitarrista/tecladista Olivier Palotai, que assumiu o posto após a morte de Mario Parillo, um ano antes. O play foi gravado em dois estúdios em lados postos do Oceano Atlântico: Soundmine Recording Studios, na Pensilvânia e o Atom H Studios, em Düsseldorf, terra natal da nossa amada fromtwoman. Chris Lietz, Dan Malsch e a própria Doro atuaram na produção.

O aniversariante do dia contou com diversas participações especiais: Peter Steele (Type O Negative), Chris Caffery (Savatage), Jean Beauvoir (Plasmatics), além dos nomes habituais presentes nos discos de Doro, Andreas Bruhn e Russ Ballard contribuíram com vocais (no caso de Steele), com os demais tocando guitarras em faixas diferentes ao longo do disco.

As capas dos álbuns de Doro sempre se destacaram pela beleza, mas em “Fight” temos sem sombra de dúvidas a mais bela dentre todas as capas já apresentadas no disco da nossa diva. Um belo desenho dela na capa, com fundo azul/ rosa, obra do artista Geoffrey Gillespie, que trabalhou nos álbuns lançados por ela até o ano de 2018.

Temos 12 músicas em 50 minutos de play, e algumas curiosidades: a faixa título foi utilizada pela sua amiga, a lutadora alemã Regina Halmich nas apresentações de seus combates nos ringues. “Always Live to Win” se tornou tema do Rhein Fire, um extinto clube alemão de futebol americano. Temos também um cover aqui: a faixa “Legends Never Die“, gravada por Wendy O. Williams em seu primeiro álbum solo, “WOW“, lançado em 1984 e que na época foi co-escrita por ninguém menos que Gene Simmons.

É um álbum com uma abordagem musical bem diferente do que a nossa rainha costuma ter. Traz uma mescla de faixas mais pesadas com baladas e timbres de guitarra bastante crus, o que não agradou muito aos seus seguidores. A música “Salvaje” é certamente o grande destaque desta bolacha, que foi relançada em 2010 com cinco faixas bônus em CD e vinil. O álbum alcançou a posição de número 18 nos charts germânicos.

Para a nossa felicidade, Doro permanece em plena atividade, inclusive, tendo passado pelo Brasil no mês de abril do ano passado, quando foi atração do Monsters of Rock, fazendo história por ser a primeira mulher a se apresentar na versão brasileira do icônico festival e já estava mais do que na hora de a produção do fest olhar com mais carinho para as “minas” do Metal. Desejamos longa vida a Doro Pesch.