Resenhas

Apotheosis Of Anti Light

Purgatory

Avaliação

9.0

Às vezes, mesmo que você seja um costumaz ouvinte do estilo, bastam os primeiros momentos de determinado disco que você já sabe que está diante de algo extraordinário. Um desses discos, sem dúvidas para mim, foi “Apotheosis Of Anti Light” (2022), petardo do grupo de death metal alemão Purgatory.

Importante frisar que nesse caso específico trata-se do Purgatory da Saxônia, porque em uma busca rápida grupo, você vai encontrar cerca de vinte bandas com esse mesmo nome, sendo três na própria Alemanha!

De uma brutalidade e técnica ímpar, esse é o nono disco do quinteto que já tem mais de trinta anos de estrada – uma boa média de lançamentos, portanto – mas ainda assim, um grupo, infelizmente, pouco conhecido pelos apreciadores da música extrema. E bota extrema nisso!

Como um Panzer endiabrado destruindo tudo pela frente, o grupo dispara nove sonoros tiros de grosso calibre com letras feitas para a linha de frente de um conflito: ódio, guerra, morte, horror, deseperança.

É o metal da morte em sua essência, comandado por ótimos músicos – ou seria pelotão de fuzilamento? – que mantém essa máquina de ódio rodando a todo vapor como nas faixas “Accused, Sentenced And Buried Alive”, “We Were Forced Astray”; a claustrofóbica “Deny! Deny!! Deny!!!” ou com o fraseado frenético das guitarras em “God Loves None Of You”.

Produzido pelo austríaco Lukas Haidinger, músico com vasta experiência em bandas do estilo e produtor de uma infinidade de outras, a produção do disco é limpa, mas sem ser estérea. Todos os instrumentos estão bem gravados e equilibrados, com destaque para a metralhadora comandada pelo baterista Lutz Göhzold.

Não há muito mais o que falar dessa verdadeira sonora declaração de guerra, apenas que se trata de um baita disco de death metal que vai fazer muito marmanjo acostumado com o estilo hastear a bandeira branca pedindo clemência antes da sua metade.

“Apotheosis Of Anti Light” (2022) foi lançado na gringa pela War Anthem Records e no Brasil pela Tumba Produções que chegou a desembarcar essa máquina de guerra no Brasil em 2023 para tocar no Setembro Negro Festival.

Formação:

Lutz Göhzold: bateria

Nico Solle: baixo

Dreier: vocais

René Kögel: vocais, guitarra

Wolfgang Rothbauer: guitarra

 

Faixas:

01 (We Declare) War

02 Accused, Sentenced And Buried Alive

03 Ropes In November (Samhain’s Curse Part III)

04 The Moaning Of Dismal Halls

05 We Were Forced Astray

06 Deny! Deny!! Deny!!!

07 Expectato Solis

08 God Loves None Of You

09 Pantheon Of Slaughters