Crédito da foto: André Santos/Roadie Crew

Na última noite (08), o Hangar 110 foi palco de uma performance avassaladora da banda australiana de deathcore, Thy Art Is Murder. Promovido pela GIG Music, o evento prometia uma noite intensa de metal extremo, e entregou exatamente isso, mesmo com a ausência da banda norte-americana Whitechapel, que teve que cancelar sua participação devido a problemas de saúde mental do vocalista. Apesar desse contratempo, o show da Thy Art Is Murder não deixou a desejar e se tornou um evento emblemático para os fãs.

O Hangar 110, conhecido por sua atmosfera íntima e acolhedora para shows de metal, estava lotado, com fãs ansiosos por uma noite de poderosos riffs e vocais guturais. A energia no local era palpável, e o vocalista Tyler Miller soube comandar a multidão com seu carisma inegável. Ele incitou enormes rodas de mosh, levando o público ao delírio e mantendo a interação ao longo de todo o show. O lineup atual da banda, é completo por Sean Delander (guitarra), Andy Marsh (guitarra), Kevin Butler (baixo) e Jesse Beahler (bateria), apresentou uma coesão e intensidade impressionantes, cada membro exibindo um domínio absoluto de seus instrumentos.

Promovendo seu mais recente lançamento, o álbum GODLIKE (2023) pela gravadora Human Warfare, a banda entregou um setlist devastador que mesclou novas faixas com clássicos do repertório. A abertura com “Destroyer of Dreams” e “Blood Throne” do novo álbum mergulhou o público em uma jornada sonora brutal desde o início. A transição para faixas de álbuns anteriores, como “Death Squad Anthem” e “Make America Hate Again” (do álbum Human Target de 2019), destacou a evolução da banda ao longo dos anos.

A intervenção clássica veio com “Slaves Beyond Death” e “Puppet Master”, que fizeram os fãs mais antigos vibrarem com nostalgia e energia renovada. A performance de “Holy War”, do icônico álbum de 2015, levou o público a um frenesi, reafirmando a potência da banda ao vivo. O setlist culminou com uma sequência feroz, incluindo “The Purest Strain of Hate”, “Godlike”, “Keres”, e “Everything Unwanted”, antes de encerrar com a icônica “Reign of Darkness”, deixando a audiência em êxtase.

Um dos pontos altos da apresentação foi a interação incessante da banda com o público. Tyler Miller, em particular, garantiu que cada fã se sentisse parte da experiência, convidando a participação ativa nas músicas e promovendo momentos de pura conexão entre a banda e os presentes. A coletividade e a paixão compartilhada naquela noite transformaram o show em um verdadeiro rolo compressor, uma demonstração de força e união dentro da comunidade deathcore.

Em suma, a apresentação do Thy Art Is Murder no Hangar 110 foi um triunfo do metal extremo. Mesmo sem a presença da Whitechapel, a banda australiana mostrou porque é uma das forças mais respeitadas na cena atual, oferecendo um espetáculo inesquecível que certamente ficará gravado na memória de todos que tiveram a sorte de assistir.

SETLIST

Destroyer of Dreams

Blood Throne

Death Squad Anthem

Make America Hate Again

Slaves Beyond Death

Join Me in Armageddon

Holy War

The Purest Strain of Hate

Godlike

Keres

Everything Unwanted

Reign of Darkness

Puppet Master

Galeria do show