Memory Remains

Memory Remains: Van Halen – 47 anos do álbum de estreia e o sucesso retumbante de vendas

10 de fevereiro de 2025

Há 47 anos, em 10 de fevereiro de 1978, o Van Halen lançava o álbum de estreia, que foi batizado com o nome da banda e é tema do nosso Memory Remains desta segunda-feira.

Ainda que o álbum tenha sido lançado por uma major, a Warner, o grupo enfrentou alguns percalços antes de conseguir assinar um contrato para que pudesse gravar seu álbum de estreia. Eles foram descobertos por Gene Simmons, que os viu tocando em um bar de Los Angeles e se ofereceu para produzir uma demo, que foi rejeitado pelas gravadoras.

Em 1977, Ted Templeman, que era um executivo da Warner, viu a banda tocando no mesmo bar em que Gene Simmons havia visto e gostou daquela sonoridade bastante diferente do que tocava nas rádios da época, e lhes ofereceu um contrato, que foi assinado no mês de maio daquele ano.

Para a gravação, a banda foi para o estúdio Sunset Sound, em Hollywood, no mês de agosto de 1977 e por lá ficaram por cerca de seis semanas. A produção foi assinada pelo mesmo Ted Templeman que havia os contratado e o custo do estúdio ficou em US$40.000, valor que foi considerado baixo. As fotos da capa foram tiradas em uma apresentação que a banda fez no Whisky a Go Go, famosa casa de shows em Hollywood.

O baixista Michael Anthony certa vez lembrou do período em que a banda estava para entrar no estúdio. E aqui vamos dar aspas para ele:

“Não tínhamos muito material, então basicamente pegamos nosso show ao vivo e todas as músicas que conhecíamos e fomos em frente. O álbum inteiro levou apenas algumas semanas. Ted Templeman queria fazer um grande e poderoso disco de guitarra, e ele tinha tudo o que precisava no que Eddie estava fazendo.”

Bolacha rolando, temos um álbum bem curto, como os álbuns das bandas de Punk Rock que começavam a ganhar notoriedade na época. Mas a sonoridade em nada parecia com o Punk Rock, era o Hard Rock pelo qual o Van Halen ficaria conhecido. Os grandes destaques são as faixas “Runnin’ with the Devil“, “Ain’t Talkin’ ‘bout Love“, “Jamie’s Cryin’“, “Eruption“, cujo solo inspirou diversos guitarristas que vieram depois, e também o cover para “You Really Got Me“, do The Kinks. São 35 minutos e 11 faixas que ficaram eternizadas.

Na época, a crítica especializada parece não ter entendido a obra, que foi bastante negativada por muitos veículos. Entretanto, o público abraçou a banda que começava a se tornar conhecida. Depois, a opinião dos críticos foi mudando e hoje o álbum é considerado um dos maiores discos de estreia de uma banda de Rock de todos os tempos. O álbum frequentou algumas paradas de sucesso pelo mundo: foi 17° na Austrália, 18° no Canadá, 19° na “Billboard 200“, 22° na Nova Zelândia, 34° no Reino Unido, 36° nos Países Baixos e 44° no Japão. Foi certificado com Disco de Ouro na Finlândia, França, Alemanha e Reino Unido; Platina nos Países Baixos, 4 vezes Platina no Canadá e Disco de Diamante nos Estados Unidos. É uma das sete bandas de Rock a ter conseguido tal certificação nos Estados Unidos.

Considerado como o “progenitor do Glam Metal”, o álbum figura na lista dos 200 álbuns do Rock And Roll Hall of Fame. A renomada revista Rolling Stone compilou uma lista dos 500 melhores álbuns de sempre e o play de estreia do Van Halen está na 415ª posição. Além de ser proclamado por muitos como um dos maiores e melhores discos de Hard Rock e Heavy Metal de todos os tempos.

Para divulgar o álbum, a banda saiu em turnê nos Estados Unidos, sendo banda de abertura para o Journey e depois abriu para o Black Sabbath, tocando nos Estados Unidos e Europa. Ainda no ano de 1978, a banda retornaria ao estúdio para gravar o álbum subsequente, “Van Halen II“, que será assunto em outra oportunidade, pois hoje é dia de celebrar esse belíssimo álbum que envelhece bem. E se não temos mais o talentoso Eddie Van Halen entre nós, pelo menos temos seu riquíssimo legado para manter vivo e passando adiante para as próximas gerações.