Crédito da foto: Gabriel Castro
A banda curitibana Landfall acaba de lançar seu terceiro álbum, “Wide Open Sky”, pela renomada gravadora italiana Frontiers. Este lançamento, ocorrido no dia 17 de janeiro, marca um momento significativo na carreira do grupo, destacando-se como um dos notáveis representantes do hard rock e AOR (adult oriented rock) no cenário brasileiro. “Wide Open Sky” é mais do que um título; ele encapsula a essência do disco, que é um verdadeiro convite à liberdade, aventura e exploração sonora sem fronteiras.
Com uma formação talentosa composta por Gui Oliver (vocal), Felipe Souzza (bateria), Marcelo Gelbcke (guitarra) e Luis Rocha (baixo e teclados), o Landfall continua a impressionar com sua fusão de hard rock clássico, AOR e nuances progressivas, um estilo que a banda vem refinando desde seu álbum de estreia em 2020. Este novo trabalho não só mostra a evolução contínua da banda, mas também amplia seus horizontes musicais e temáticos.
Entre as faixas do álbum, “Tree of Life” se destaca como um hino à vitalidade, enquanto “SOS” oferece uma experiência progressiva dinâmica. “When the Curtain Falls” e o single “Running in Circles” revelam facetas diversificadas da banda, do introspectivo ao energético. Cada composição, incluindo a inspiradora “No Tomorrow” e a comovente balada “A Letter to You”, evidencia o equilíbrio entre intensidade e emoção que a Landfall consegue transmitir.
A faixa-título, “Wide Open Sky”, é um resumo brilhante da sensação de liberdade que a banda almeja transmitir. Este álbum, gravado após “Elevate” (2022) e uma sucessão de shows, é visto pelo baterista Felipe Souzza como um reflexo autêntico da banda, com o céu azul como símbolo de infinitas possibilidades.
O processo criativo do álbum foi colaborativo, como destaca o baixista Luis Rocha, com músicas testadas ao vivo para assegurar o melhor resultado final. Nas letras, Gui Oliver propõe um escape dos clichês do gênero, oferecendo uma conexão única com o público.
Com o “Wide Open Sky”, a Landfall se prepara para revisitar seu repertório anterior, planejar novos videoclipes e intensificar suas apresentações ao vivo, solidificando ainda mais seu reconhecimento tanto a nível nacional quanto internacional.
Hoje, temos a honra de conversar com Marcelo Gelbcke, guitarrista do Landfall, para explorar mais a fundo o processo criativo por trás deste álbum inovador e as expectativas da banda para o futuro.
Headbangers News: Marcelo, primeiramente, parabéns pelo lançamento do álbum “Wide Open Sky”. É um trabalho excelente, ouvi várias vezes e estou impressionado.
Marcelo: Obrigado! As cópias chegaram recentemente e a arte está linda. Dá até pra enquadrar.
Headbangers News: A capa realmente é uma obra de arte. Falando nisso, quais são as dificuldades de ser uma banda de hard rock no Brasil?
Marcelo: Comecei a tocar na adolescência, em Curitiba, onde o hard rock era muito apreciado. Descobrir álbuns e músicas era uma aventura incrível. Porém, ser uma banda aqui é complicado; competimos com países que têm uma infraestrutura musical muito melhor.
Headbangers News: Isso também deve ser uma questão cultural, não?
Marcelo: Sim, a tradição musical aqui no Brasil não é tão forte quanto na Europa. Embora tenhamos talentos incríveis, acho que falta um pouco de voz e reconhecimento para o hard rock local.
Headbangers News: Mesmo assim, há bandas novas, como a sua, que buscam seu espaço.
Marcelo: Exato, além de gostar de bandas como Van Halen e Mr. Big, me inspirei muito no Edu Ardanuy do Dr. Sin. A paixão foi crescendo e me levou a explorar cada vez mais o gênero.
Headbangers News: Como você equilibra ser guitarrista e produtor musical?
Marcelo: Tenho várias responsabilidades além da guitarra agora. Participei de projetos como Storm Warning e Icon of Sin, o que me ajudou a ver a música de forma mais ampla. Meu foco é fazer ótimas músicas, não apenas me destacar como guitarrista.
Headbangers News: Sobre o álbum “Wide Open Sky”, você mencionou que seguiram uma direção mais livre e confiante.
Marcelo: Sim, é nosso terceiro disco e o fizemos com mais liberdade. Incorporamos elementos diferentes como prog, sem nos limitar apenas ao hard rock. Queríamos que fosse algo que gostássemos de tocar e ouvir.
Headbangers News: E sobre o processo de criação das letras e das músicas?
Marcelo: Antes de fazer música, fazemos brainstormings intensos. Discutimos referências, como músicas do Bon Jovi e Van Halen. A ideia do “Wide Open Sky” veio assim, como inspiração de algo novo e audacioso.
Headbangers News: E o que vem agora para Landfall? Estão planejando shows?
Marcelo: Estamos nos preparando para ensaiar com nosso novo baixista, Luiz, que também toca teclado. Queremos incorporar isso nas apresentações ao vivo. Planejamos lançamentos em Curitiba e talvez em São Paulo ainda este ano. Estamos sem pressa, focados em qualidade e prazer no que fazemos.
Headbangers News: Parece ótimo! Estou ansioso pelas novidades.
Marcelo: Obrigado, a ideia é fazer tudo com calma e garantir que o resultado final nos satisfaça.