Crédito das fotos: Carlos Pupo/Headbangers News

Michale Graves, ex-vocalista dos Misfits, se apresentou no último sábado, 19 de outubro, no Hangar 110, em São Paulo. A noite chuvosa não impediu uma boa presença de público, mesmo com a cidade recebendo o Knotfest e o show da banda H2O no Fabrique. Com mais de três décadas de carreira, Graves revitalizou os Misfits nos álbuns American Psycho e Famous Monsters, trazendo um estilo melódico ao horror punk com faixas como “Dig Up Her Bones” e “Scream!”. Após sua saída da banda em 2000, ele construiu uma sólida carreira solo, explorando temas sombrios em álbuns como Punk Rock Is Dead e Vagabond.

The Moors, banda uruguaia de horror punk formada nos anos 2000, é conhecida por seu som pesado, letras macabras e performances teatrais que remetem a grupos como Misfits e Samhain. Popular na cena underground da América do Sul, a banda estreou em São Paulo no Hangar 110, inicialmente com uma recepção tímida, mas conquistou o público com sua energia encerrando o show de forma marcante.

Graves trouxe uma seleção poderosa de clássicos dos Misfits e algumas surpresas ao público paulista. Com energia contagiante, apresentou canções como “American Psycho”, “Speak of the Devil” e “Walk Among Us”, que relembraram a essência do horror punk. “From Hell They Came” e “Dig Up Her Bones” evocaram nostalgia. Ele mostrou seu lado carismático ao cumprimentar os fãs colados ao palco e expressar seu amor por tocar ali.

Outras faixas como “Last Caress” e “Mommy, Can I Go Out and Kill Tonight?” colocaram a plateia em estado de êxtase, enquanto “Forbidden Zone”, “Lost in Space”, “Dust to Dust” e “Witch Hunt” reafirmaram seu domínio sobre o gênero. A adrenalina atingiu o auge com “Scream!”, onde Graves homenageou o rock com um trecho de “Roadhouse Blues”, seguido por “Saturday Night” e “Pumpkin Head”. “Die Monster Die”, “Descending Angel” e “Fiend Club” formaram uma sequência perfeita, lembrando a força da banda.

A noite não poderia terminar sem o hino “We Are 138”, acompanhado por gritos e aplausos da plateia. Para o encore, Graves trouxe “Halloween”, “Horror Business” e “Hybrid Moments”, encerrando com chave de ouro. Em uma surpreendente virada, homenageou os Ramones com “Pet Sematary” e “Blitzkrieg Bop”, finalizando com uma poderosa versão de “Helena” e um tributo a Black Sabbath com “War Pigs”.

Este show reafirma a influência e a importância de Michale Graves na cena punk, além de deixar uma incrível memória para os fãs que tiveram a sorte de estar presentes nessa noite. Ao final, Graves lembrou: “Não acreditem no que as pessoas dizem sobre mim na internet. Nos 30 anos de carreira, eu nunca quis me tornar celebridade, apenas estar perto de vocês e colocar sorrisos em seus rostos.”

Galeria do show