Após realizar a abertura de Symphony X há alguns dias, o Opus V retornou ao palco do Tokio Marine Hall para mais uma vez realizar uma apresentação segura, madura e pesada. Minhas impressões são as mesmas: ótima presença de palco, interação com o público e repertório autoral muito bom!
Novamente a qualidade do som, nítido e cristalino, merece destaque.
Formada por Dio Lima nos teclados, Paulo Lima no vocal, Miguel Muniz, de 16 anos, na bateria, Tiago “Gigante da Colina” Moreira no baixo e Lucas Araújo na guitarra.

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A ótima surpresa da noite foi Lufeh, com nomes conhecidos do Oficina G3, como Duca Tambasco no baixo, Gera Penna nos teclados e o próprio Lufeh e ainda Teo Dornellas na guitarra e o performático Dennis Atlas no vocal. Uma grande banda, com músicos totalmente comprometidos com a proposta do projeto realizando uma apresentação de altíssimo nível, com a performance de Atlas algumas vezes remetendo a Robert Plant nos quesitos presença de palco, movimentação e teatralidade. A cozinha azeitada de maneira ímpar dando suporte para que Dornellas e Penna executassem suas linhas de forma magistral. Enfim, uma banda que merece ser mais que um projeto e se estabelecer na cena nos brindando com cada vez mais qualidade musical.

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Nada mais super que ser um herói, que na mitologia grega são semideuses, filhos de humanos que se relacionaram com deuses, como Apolo, deus da música e patrono das artes.
Supergrupo! Superbanda! Composto por pessoas que já são heróis de muitos de nós, destaques em suas bandas de origem, aqueles que carregam uma essência diferenciada e conseguem exprimi-la em sua musicalidade. Mas é interessante que ainda não são supers, mesmo que suas bandas sejam gigantes. É algo diferente e Sons of Apollo fazem jus a essa definição! O que dizer de Mike Portnoy tocando que nem parece estar se esforçando, como um “super” usando sua força para levantar rochas de toneladas! Ou Jeff Scott Sotto e seu carisma como se encantasse o público! Instrumentos de dois braços, seja uma guitarra ou um baixo, com certeza derivam diretamente do arco de prata de Apolo, pois exigem técnica e concentração acima da média de Ron “Bumblefoot” Thal e Felipe Andreoli, substituto de Billy Sheehan, que não veio por ser antivax e consequentemente expulso do Olimpo da racionalidade e do bom senso. Curioso, pois Apolo também é responsável pelas epidemias. Derek Sherinian transmite uma serenidade divina para entregar arranjos perfeitos em seus teclados, que nos solos consegue até mesmo confundir nossos ouvidos na identificação de qual instrumento está sendo tocado.
Após 2 anos de atraso a superbanda mostrou todo seu poder desde o começo com uma entrada triunfal, com o público respondendo a contento, todos mostrando exatamente cada nota e acorde conforme suas gravações originais, e com sua presença de palco e bom humor mostrando o porquê é tão bom assistir um espetáculo desse. O que é claramente diferente, de forma positiva, é o peso: maior do que nos originais. Andreoli demonstrou o resultado de tanta dedicação, estudou as músicas até mesmo acompanhando seu filho internado no hospital por alguns dias. Tanto a banda quanto o público demonstravam a satisfação em tê-lo no palco.
Cada momento, cada solo, movimento e interação com o público atualizam como uma banda tão perfeccionista deve se apresentar. Impressionante, poderosa e detalhista! Como todo herói deve ser!

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Opus V Setlist:
Get Out Of My Way
Ichtus Factor
Universe Of Truths, Pt. 1
Railroad Of Faith
A New Empire Rise

Lufeh Setlist:
Find My Way
The Unknown
Doors
My World
Escape
Trial of Escapade
The Edge

Sons of Apollo Setlist:
Goodbye Divinity
Fall to Ascend
Signs of the Time
Wither to Black
Alive
Asphyxiation
Lost in Oblivion
Desolate July
King of Delusion
New World Today
Figaro’s Whore + Solo de teclado de Derek Sherinian
Coming Home

* Todas as fotos das galerias por Vinícius Rosa/Headbangers News

Tom Brasil

R. Bragança Paulista, 1281