Crédito das fotos: Camila Cara/Live Nation Brasil
Sting surgiu para o mundo da música em 1977 com a formação do The Police, bem no meio do terremoto punk que assolava a Inglaterra naquele período. Acrescentando, além da óbvia influência, elementos do reggae e uma pitada de jazz (cortesia do guitarrista Andy Summers) em seu caldeirão musical, a banda se tornou uma das maiores do mundo fabricando uma penca de hits. Com o seu fim após o encerramento da turnê do álbum ‘Synchronicity’ (1983), iniciou uma carreira solo de grande êxito.
Quase oito anos após sua ultima visita a nosso país, retorna com a turnê ‘Sting 3.0’ para três apresentações: Rio de Janeiro, São Paulo e Curitiba.
Para a apresentação em São Paulo, o local escolhido foi o Parque Ibirapuera. Em um domingo ensolarado e com temperaturas elevadas, a escolha do parque pareceu funcionar como uma espécie de alento para o público que compareceu em peso para assistir a um dos maiores nomes da história do rock.
Iniciando o show com “Message In A Bottle”, um dos maiores sucessos do Police, Sting já conquista a audiência. “If I Ever Lose My Faith In You” e “Englishman In New York” mantém essa ‘vibe’ e são recebidas com entusiasmo.
Sting possui uma carreira solo com excelentes álbuns repletos de canções memoráveis como “Fields of Gold” e “All This Time”, mas a energia sobe mesmo quando clássicos como “Every Little Thing She Does Is Magic” e “Synchronicity II” (essa uma grata surpresa, já que ficou de fora da apresentação no Rio) são executados – esse é o preço que todo artista integrante de bandas lendárias acaba pagando.
Algo que chama a atenção nesta turnê é a apresentação como power trio no mesmo formato de sua antiga banda, sendo impossível não fazer um paralelo entre ambas. Dominic Miller e Chris Maas são excelentes músicos, reproduzindo o repertório com perfeição mas existe algo, uma espécie de ‘aura’, que se manifesta em algumas formações musicais na história – e o The Police foi um desses casos.
A metade do show foi dedicada para sua carreira solo priorizando os álbuns lançados na década de noventa ‘Ten Summoner’s Tales’ e ‘The Soul Cages’ fazendo a agitação do público cair um pouco. A trinca ‘policial’ “Wrapped Around Your Finger”, “Driven To Tears” e “Can’t Stand Losing You / Reggatta De Blanc” recoloca o ‘modo sentimento’ novamente ligado – afinal, as pessoas vão nesses eventos para cantar e se emocionar junto com seus ídolos.
Apesar de ter remarcado algumas apresentações nos Estados Unidos no começo do ano por problemas de saúde, Sting consegue levar o show de forma tranquila com sua voz em forma. Usando uma espécie de headset, está em todos os lugares do palco e interage bastante com o público.
Após uma nova canção ser apresentada, a ‘pesada’ “I Wrote Your Name (Upon My Heart)” a parte final do show é dedicada quase toda à obra do The Police, “Walking On The Moon”, “So Lonely” e “King Of Pain” são cantadas em uníssono por uma platéia apaixonada e essa comunhão é uma das melhores sensações que um show proporciona.
“Every Breath You Take”, um mega hit eterno, transforma o local em um karaokê a céu aberto encerrando o show de forma maravilhosa. O encore abre com outra obra ‘policial’, “Roxanne” e o final com Sting tocando “Fragile” sozinho no palco é o epílogo perfeito.”Fragile”, uma bela canção do álbum ‘Nothing Like The Sun’, pode ter sido escolhida para encerrar a apresentação pelos seus versos: “talvez esse ato final fosse destinado / para encerrar a discussão de uma vida inteira / nada vem pela violência / nós esquecemos como somos frágeis”.
Com um repertório bem balanceado entre canções do The Police e sua carreira solo – particularmente senti falta de “If You Love Somebody Set Them Free” e da estupenda “Invisible Sun” – Sting mostra que, do alto de seus 73 anos, ainda tem muita lenha para queimar com uma apresentação fenomenal.
Formação:
Sting – vocal e baixo
Dominic Miller – guitarra
Chris Maas – bateria
Setlist
Message In A Bottle
If I Ever Lose My Faith in You
Englishman In New York
Every Little Thing She Does Is Magic
Fields Of Gold
Never Coming Home
Synchronicity II
Mad About You
Seven Days
All This Time
Wrapped Around Your Finger
Driven To Tears
Can’t Stand Losing You / Reggatta De Blanc
Shape Of My Heart
I Wrote Your Name (Upon My Heart)
Walking On The Moon
So Lonely
Desert Rose
King of Pain
Every Breath You Take
Encore
Roxanne
Fragile
Galeria do show
- Sting 3.0 se apresenta no Parque do Ibirapuera em São Paulo em 16 de Fevereiro de 2025. Crédito das fotos: Camila Cara/Live Nation Brasil
- Sting 3.0 se apresenta no Parque do Ibirapuera em São Paulo em 16 de Fevereiro de 2025. Crédito das fotos: Camila Cara/Live Nation Brasil
- Sting 3.0 se apresenta no Parque do Ibirapuera em São Paulo em 16 de Fevereiro de 2025. Crédito das fotos: Camila Cara/Live Nation Brasil
- Sting 3.0 se apresenta no Parque do Ibirapuera em São Paulo em 16 de Fevereiro de 2025. Crédito das fotos: Camila Cara/Live Nation Brasil
- Sting 3.0 se apresenta no Parque do Ibirapuera em São Paulo em 16 de Fevereiro de 2025. Crédito das fotos: Camila Cara/Live Nation Brasil
- Sting 3.0 se apresenta no Parque do Ibirapuera em São Paulo em 16 de Fevereiro de 2025. Crédito das fotos: Camila Cara/Live Nation Brasil
- Sting 3.0 se apresenta no Parque do Ibirapuera em São Paulo em 16 de Fevereiro de 2025. Crédito das fotos: Camila Cara/Live Nation Brasil
- Sting 3.0 se apresenta no Parque do Ibirapuera em São Paulo em 16 de Fevereiro de 2025. Crédito das fotos: Camila Cara/Live Nation Brasil