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Summer Breeze 2024:  27/04 – O brilho é delas!

Summer Breeze 2024: 27/04 – O brilho é delas!

1 de maio de 2024


Crédito das fotos: Carlos Pupo/Headbangers News

O excelente número de pessoas presentes logo pela manhã do sábado já demonstrava que aquele dia estaria bem mais cheio que o anterior. Tendo como headliners o Hammerfall, Epica e Within Temptation, o dia se iniciou com a potente apresentação das meninas do Nervosa. Comandada pela guitarrista (e agora vocalista) Prika Amaral, a banda vem divulgando seu novo disco “Jailbreak”, lançado no ano passado. Apesar de alguns problemas técnicos que até obrigaram Prika a cantar sem sua guitarra em uma das músicas, o grupo apresentou toda a sua força em um Thrash Metal certeiro. A apresentação, mais focada no último álbum, contou com a participação de Mayara Puertas (Torture Squad) em “Elements of Sin”. Enquanto isso, o supergrupo Sinistra se apresentava no Sun Stage. Focado em um Heavy Metal cantado em português com grandes influências de Black Sabbath, Nando Fernandes (ex-Hangar), Luis Mariutti (ex-Angra, Shaman), Edu Ardanuy (ex-Dr. Sin) e Rafael Rosa (ex-Andre Matos), fizeram uma excelente apresentação para um público empolgado. Apesar da fumaça usada no palco em pleno sol do meio dia atrapalhar bastante a visão de quem estava presente, o show foi muito bem executado. Iniciando a programação do Hot Stage, os americanos do Forbidden fizeram sua primeira apresentação no Brasil depois de quase quarenta anos de carreira. Apresentando seu novo vocalista Norman Skinner, a banda fez um setlist focado nos álbuns “Forbidden Evil” e “Twisted Into Form”, os dois primeiros da carreira.

Enquanto o Korzus celebrava sua extensa carreira no Sun Stage para uma legião de headbangers, o Gamma Ray fazia a festa com os fãs com seu enérgico Power Metal. Comandado pelo guitarrista Kai Hansen (Helloween), a banda fez o público cantar a plenos pulmões músicas que passearam por toda a longa carreira dos alemães. Na sequência, foi a vez dos brasileiros do Angra assumirem o Hot Stage. O grupo paulistano vem divulgando seu novo disco, “Cycles of Pain”, mas não deixou de relembrar clássicos como “Nothing To Say”, “Rebirth” e a dobradinha “Carry On” com “Nova Era”. Rafael Bittencourt e companhia emocionaram os fãs que, por sinal, tiveram sorte, já que tanto no sábado quanto na sexta-feira puderam acompanhar canções da banda executadas por dois grupos diferentes, já que o ex-vocalista Edu Falaschi focou seu show em músicas da banda. Enquanto isso, o vocalista croata Dino Jelusick trazia sua banda para o Sun Stage. Novo nome na cena Hard Rock e Metal, Dino impressiona com sua qualidade vocal, fazendo um show que agradou quem assistiu. O vocalista, inclusive, participou do disco solo de Felipe Andreoli, baixista do Angra, além de integrar a banda Whom Gods Destroy, projeto que conta com Bruno Valverde, também do Angra, além de Dereck Sherinian (ex-Dream Theater, Sons of Apollo) e Ron “Bumblefoot” Thal (ex-Guns n’ Roses, Sons of Apollo). Na sequência, foi a vez dos italianos do Lacuna Coil se apresentarem no Ice Stage. Um dos shows mais comentados do dia, Christina Scabbia e Andrea Ferro, dupla de vocalistas, comandaram um show empolgante, levantando o número público que os assistia. Músicas como “Blood, Tears, Dust”, “Layers of Time”, “My Demons” e o conhecido cover de Depeche Mode “Enjoy The Silence” emocionaram os fãs. Seu som, misturando metal moderno com influências de alternativo e gothic, somado com suas roupas combinando como um uniforme, tornaram do show um grande espetáculo.

Uma das apresentações mais comentadas e esperadas pelo público era o The Night Flight Orchestra. Comandado pelo vocalista suéco Björn Strid (Soilwork), o projeto traz uma mistura de Hard Rock com Classic Rock que encanta quem os assiste. Dançante e animado, o grupo teve um dos shows mais elogiados do festival. Enquanto essa apresentação acontecia no Sun Stage, o Hot Stage recebia o primeiro headliner do dia. O Hammerfall apresentou o puro suco do Power e Heavy Metal para uma legião de fãs apaixonados que cantaram com a banda o tempo todo. Era divertido assistir a apresentação, repleta de danças combinadas entre os membros e “bate cabeças” sincronizados entre o público. Donos de hinos como “Heeding the Call” e “Hearts on Fire”, a banda também trouxe músicas como “Hector’s Hymn”, “Last Man Standing” e “Let the Hammer Fall”, assim como seu novo single “Hail to the King”. Em seguida, a divisão entre os públicos mais disputada do sábado foram as apresentações de Epica e Dark Tranquility. A banda de Death Metal melódico, reconhecida no mundo todo, disputou horário com umas das principais bandas de Symphonic Metal do cenário atual. Se houvesse uma competição envolvendo as camisetas que estavam mais presentes entre o público, Epica ganharia fácil de qualquer outra atração. Não à toa, a frente do Ice Stage estava completamente tomada pelos fãs apaixonados de Simone Simons (vocal) e sua trupe. Um dos shows mais bem produzidos do festival, com grandes efeitos visuais e fogo na apresentação, o Epica foi excepcional. Um dos grupos mais pedidos entre os fãs quando a segunda edição do festival foi anunciada, os holandeses entregaram uma belíssima performance, com direito a clássicos cheios de peso e melodia como “The Obsessive Devotion”, “Unleashed”, “Cry for the Moon”, “Beyond The Matrix”, contando também com a participação de Cristina Scabbia em “Storm of Sorrow”. Enquanto isso, os suecos do Dark Tranquility revisitaram toda sua carreira em uma apresentação certeira. O clima do Sun Stage ficou sombrio com músicas como “Identical to None”, “Atoma”, “Phantom Days” e “Misery’s Crown”.

Mais tarde, era a vez do Within Temptation finalizar as apresentações dos palcos principais. Assim como o Epica, o segundo grupo holandês da noite também trouxe uma grandiosa produção, contanto também com efeitos visuais nos telões e fogo no palco. Tudo isso abrilhantou ainda mais os olhos dos apaixonados por Sharon den Adel (vocal) e seu grupo. A cantora, inclusive, soube exatamente como encantar os fãs brasileiros, já que a vocalista entrou com uma bandeira do festival misturada com a bandeira do Brasil. Em meio à poderosas músicas como “The Reckoning”, “Angels” e “Mother Earth”, Sharon dedicou “Raise Your Banner” à Ucrânia, entrando no palco com uma bandeira do país, dizendo também que os brasileiros deveriam “lutar por sua liberdade”, o que arrancou aplausos de parte de plateia e estranhos olhares de outros. O grupo teve uma excelente performance, assim como as apresentações de outras bandas com destaque feminino. Ponto positivo, inclusive, do festival. Reunir grandes bandas com mulheres à frente mostra a atenção do festival com o cenário atual. Ao mesmo tempo, o Sun Stage recebia o metal medieval do In Extremo em sua primeira passagem pelo país. Conhecidos por usar instrumentos nada tradicionais e que remetem à época medieval, os alemães colocaram os brasileiros para cantar e celebrar essa histórica apresentação da banda. Com instrumentos como gaita-de-fole, realejo e harpa, a banda precursora dessa mistura foi a responsável por encerrar a noite de sábado.

Galeria do show