Rodrigo Freitas/Divulgação
O quinteto carioca de stoner progressivo Gods & Punks lançou no mês de Novembro do ano passado seu novo disco pela Abraxas Records, And the Celestial Ascension, que conta novamente com a arte de Cristiano Suarez, que faz capas para o grupo desde seu primeiro trabalho. Entrevistamos o vocalista Alê Canhetti, que comentou sobre as experimentações, novidades e a sonoridade da banda.
Vocês lançaram em Novembro do ano passado o terceiro full-lenght “And The Celestial Ascension” via Abraxas Records. Como foi produzir este novo trabalho?
Durante a tour do Enter the Ceremony of Damnation, a gente perdeu o sótão, onde a gente ensaiava e criava todas nossas músicas até então. Rolou um baita desânimo porque a gente sabia que ter um espaço daqueles ajudava muito a manter a produtividade da banda e, compor em estúdios alugados é uma bosta. Mas então depois de um tempo, o Arthur, nosso batera, conseguiu um espaço numa cabana na casa dele, em que a gente foi lá, levou todo nosso equipamento e começou a compor. A energia lá era bizarra, deu um ar novo pra banda, e a gente foi produtivo pra caramba. O disco saiu bem naturalmente.
Com o passar do tempo é notável o amadurecimento musical da banda, em todos os outros trabalhos a repercussão foi muito positiva. Vocês sempre adicionaram mais elementos e estiveram abertos à experimentação. Quais são os próximos passos com relação às composições?
As músicas que a gente tem composto estão bem mais psicodélicas e experimentais mas, de certa forma, diretas ao ponto. Vamos pegar isso que a gente acrescentou ao nosso som e aplicar ao som que a gente tinha quando a gente começou a compor junto.
Logo após o lançamento vocês já caíram na estrada para divulgar o álbum. Durante as turnês também surgem ideias para novas composições? Como funciona a dinâmica do grupo para compor? Sei de grupos que somente partem para a composição quando se fecham no estúdio.
Algumas vezes a gente acaba criando uma ou outra música enquanto a gente está em turnê divulgando o outro disco mas, como regra, acabamos entrando em “modo composição” para isso. Lembro que “Subatomic Wormhole” foi criada nos nossos primeiros shows divulgando o EP, “Blood Moon Sky” foi criada durante a tour do Into the Dunes of Doom. Essa vez mesmo que a gente tinha zero material antes de começar o processo.
O quê vocês têm ouvido atualmente? Sei que vocês tem como referência os grandes grupos do passado como Black Sabbath, Rush, entre outras. Vocês buscam referências novas ou são influenciados por bandas mais atuais?
Com certeza. Eu, por exemplo, sempre tento descobrir novas bandas e fico ouvindo coisas diferentes. Tenho ouvido muito Elder, Big Scenic Nowhere, Midas, Haunt, Marijannah, etc… E algumas bandas mais atuais que sempre acabam influenciando muito a banda são The Sword, Tool, Wolfmother, Kadavar, Uncle Acid and the Deadbeats e principalmente o Monster Magnet, que não é tão atual assim (risos).
Para 2020 quais são as novidades? O grupo já tem uma agenda fechada para os shows deste ano?
A gente tá correndo contra o relógio para conseguir gravar o disco novo antes do Pedro, nosso guitarra, viajar. Ele vai morar fora por um tempo e, precisamos alinhar essa gravação com os planos dele então, com certeza, a prioridade é essa. Depois que cuidarmos disso, gravarmos o álbum e tiver tudo pronto, vamos pensar em shows. Então ainda é bem cedo pra falar disso (risos).