Nelson Mello
Depois de uma série de lançamentos duplos em 2020 que já contabilizam mais de 200 mil reproduções nas principais plataformas de streaming, os paulistanos do Impavid Colossus iniciam seus planos para dominação mundial com sua música. Os paulistanos chegam na cena do rock brasileiro quebrando todas as barreiras, misturando grunge com punk, e metal com hard rock com uma paixão e dedicação que transparece em suas faixas.
Para falar mais sobre o projeto, o guitarrista Marcelo Barchetta concedeu uma entrevista ao Headbangers News, onde também falou sobre o sucesso e o polêmico videoclipe da música “Hope”.
Os integrantes têm uma longa carreira musical e já fizeram parte de bandas renomadas no cenário nacional e internacional. Como vocês se conheceram e decidiram montar a Impavid Colossus?
A maioria das pessoas da banda se conhece desde a época de escola. E pode se dizer que além disso, a música foi uma parte dessa nossa aproximação e convívio até hoje. O Impavid de início era um projeto do guitarrista Marcelo Barchetta que já tinha convidado o baixista Guilherme Malanga pra fazer parte. O Marcelo tinha várias músicas e queria lançar algumas delas junto com convidados, até que, quando algumas músicas chegaram os ouvidos do Enrico (vocalista) que seria uma “participação”, ele achou que deveria ser uma banda, lançar disco mesmo, fazer show etc e todos concordaram. A partir daí o Felipe Ruiz (guitarrista) e o Alexandre Iafelice (baterista) formaram o time que é hoje.
A banda já acumula muitos streamings nas plataformas digitais. Como tem sido para vocês esse grande sucesso?
É muito legal ver que em tão pouco tempo e com tudo isso que aconteceu no mundo, sem poder fazer show nem nada, a banda atraiu um “baita” público. Estamos na marca de meio milhão de streamings do nosso primeiro disco “Prologue”, o que deixa a gente mais ansiosos pra ver o que vai acontecer nos shows!
O álbum de estreia, ‘Prologue’, foi lançado dia 13 de Julho. Como foi a recepção do público?
A recepção do público tem sido fenomenal! Nós estamos com esse disco pronto desde fevereiro de 2020. Ficamos segurando por causa da pandemia, ninguém sabia o que ia acontecer. Quando vimos que finalmente a vacinação veio, deu pra sentir que as coisas iam começar a melhorar em meados deste ano e planejamos o lançamento pra julho. Mas a recepção tem sido incrível, todo dia a gente recebe mensagens das pessoas dizendo coisas muito legais sobre o som, letras, capa do disco etc.
A letras falam sobre a existência humana no cotidiano, seus problemas e virtudes. Também tem algumas que falam de política no geral, e podemos até dizer que são atemporais. Podem contar como foi o processo de composição?
Assim que decidimos montar a banda, o “Prologue” foi composto em 2 meses. Nos todos temos home studio e vamos mandando as ideias uns para os outros, é um processo bem rápido, temos sorte de conseguir fazer isso assim pois conseguimos compor dezenas de músicas para ter paciência e escolher o que a gente acha que tem que ir para o disco. Normalmente as letras são feitas por último. Em todas o Enrico coloca a voz mas inventando qualquer coisa, é uma técnica dele mas serve muito bem pra depois, a letra entra bem legal nas melodias sem perder o que foi feito de início.
Nós mesmos produzimos, gravamos etc. Somente as baterias do disco foram gravadas no estudio Family Mob em São Paulo, todo o resto foi gravado em nossas casas. O Enrico mixou e masterizou o disco.
A banda tem influências de Alice In Chains até Metallica, certo? Sobre a sonoridade, como foi para chegar no estilo do Impavid Colossus?
A sonoridade inicial sempre foi ter o punk rock melódico, hardcore melódico mais moderno na raiz porque era a proposta do “projeto” lá atrás antes de virar uma banda. Porém com a formação da banda mesmo, decidimos pegar tudo o que a gente gosta e transformar em algo que seja mais único, uma coisa nossa, que quando a pessoa vá ouvir ela fale “isso é Impavid Colossus!” Então sim, tem elementos de metal e grunge além do punk rock/hardcore pra dar uma camada diferenciada nas músicas.
A música que mais me chamou atenção foi a “Hope”, junto com o videoclipe, que toca em um tema delicado. Como foi compor e trabalhar o videoclipe dessa canção?
Essa é uma composição 100% do Enrico, música e letra. Ele veio com a ideia praticamente pronta, na gravação dela no disco acho que não mudamos absolutamente nada. Já o videoclipe foi com o pessoal da Bemloc que são amigos nossos que também fizeram o nosso primeiro clipe do disco da “Home Of The Brave”. A ideia foi fazer em um sítio em Itupeva. Pelo cenário, lugar tal a gente achou que poderia ficar legal. Chamamos uma atriz, amiga nossa também, Jessica Freytag pra ela ser a representação no clipe que fala de um assunto de extrema importância.
Ainda falando do tema da “Hope”, como vocês enxergam o cenário do rock e metal atual em relação a recepção com as mulheres? Embora tenhamos ganhado mais espaço, o abuso e machismo segue em alta dentro do nosso estilo.
Pensamos que o rock como um todo, dentro dele já há muito preconceito entre os próprios estilos, entende? Pessoal do metal odeia punk que odeia emo que odeia indie. Isso por si só já é bem chato. No Brasil tem muito. Lá fora eu vejo bem menos esse preconceito. Para as mulheres então é sim ainda mais difícil, mas a gente vê muita banda boa com mulheres ou só de mulheres e parece que agora as coisas estão mudando. Nós mesmos escutamos uma “porrada” de bandas que é só de mulher ou que tem mulheres que antes não apareciam facilmente.
Quais os planos para o futuro? Já planejam shows para divulgar o novo trabalho?
No dia 04 de novembro vamos lançar nosso disco ao vivo “Live At Family Mob Studio”, em video no YouTube e em todas as plataformas de streaming. Tem todas as músicas do disco, mais duas do ano passado! Ficou muito legal! Como nunca tivemos a oportunidade de fazer um show, esse ao vivo já vai dar um gostinho do que vai ser o show! E sim, muito show daqui pra frente! Estamos nos planejando. Também já estamos compondo o próximo disco, temos muitas músicas novas e provavelmente será lançado em meados de 2022.
Obrigada pela entrevista! Podem deixar uma mensagem para nossos leitores?
Muito obrigado vocês! Queremos agradecer todo mundo que ouve a gente, compartilham o nosso som, mandam mensagens, a gente sempre responde todas com o maior prazer! E esperamos vocês todos em um show nosso em breve!
Muito obrigado!