O guitarrista Rene Simionato, que integra o Torture Squad desde 2015, fala um pouco sobre o trabalho mais recente da banda, as turnês e a sonoridade do grupo após as várias mudanças na formação.
Raphael Castejon/Divulgação
O guitarrista Rene Simionato falou com o site Headbangers News
A recepção do novo álbum ‘Far Beyond Existence’ foi muito positiva tanto no Brasil quanto no exterior. Como é receber este tipo de retorno após uma reformulação profunda na formação de uma banda tão tradicional?
É muito legal receber esse tipo de retorno, pois mostra que as pessoas captaram a intenção das músicas. Quando criamos uma musica é com a intenção da galera curtir do começo ao fim, com intensidade máxima, nunca fizemos nada para encher linguiça, Toda música tem sua “vibe”, sua história. Cada riff é tocado como se fosse o primeiro da música, com energia total. O Torture Squad, mesmo com formação diferente, mostra aquela mesma “cozinha” em suas composições, somada com a bagagem musical dos novos integrantes.
O álbum está cheio de participações especiais. Como foi processo de gravação com tanta gente envolvida?
Assim como tudo na banda, as ideias de participações especiais foram surgindo naturalmente, enquanto ensaiávamos e fazíamos as pré-gravações do disco. Tivemos a ideia de chamar o Alex do Krisiun para gravar, pois assim como nós, ele é fanático por ZZ-Top e gravar esse tributo com ele foi demais, grande voz! O vocalista Dave Ingram, do Benediction, foi convidado pela nossa gravadora “Secret Services Records” para uma participação na música “Hate” e foi animal. Adoramos a ideia, pois somos muito fãs do seu trabalho no Benediction e nas outras bandas que já cantou! O Luiz Carlos Louzada, da clássica e importante banda vulcano, fez também uma participação animal na música “You Must Proclaim”. Sem contar a narração na musica “Cursed By Disease”, feita pelo grande amigo Edu Lane, da banda NervoChaos. E um belo solo de órgão Hammond feito pelo nosso outro grande amigo, Marcelo Schevano.
Qual é o segredo para manter o vigor da sonoridade após tantos anos na estrada?
O Torture sempre teve, acima de tudo, um amor incondicional pela sua música e pelas suas influências, que vão do mais puro rock and roll, blues, até o metal mais extremo. Sempre tendo aquela cozinha do Death/Thrash Metal flertando com melodias pesadas e energéticas. O Torture tem várias fases, várias sonoridades, porém, tem uma cozinha sólida e definida, o que traz essa assinatura da banda desde o início. Para mim o segredo é esse.
Arte de Rafael Tavares que ilustra a capa de 'Far Beyond Existence', oitavo álbum da banda
A capa concebida por Rafael Tavares remete a outros clássicos álbuns de Thrash/Death. Houve algum pedido específico da banda com relação ao trabalho do artista?
Deixamos a criatividade do Tavares livre para ele criar algo agressivo e impactante, algo que combinasse com as letras e o clima do disco novo. Foi muito legal quando ele nos mostrou a capa, pois sentimos que ele captou bem a ideia que queríamos. Essa capa me remete a grandes clássicos do death / thrash metal. Tem um pouco de tudo que é dito nas letras, quem acompanhar o encarte ouvindo o play irá entender.
Após uma extensa programação de shows no Brasil, como está a agenda da banda para este último bimestre do ano e quais são os planos para 2018?
Temos uma turnê agora no começo de Novembro na Argentina. Faremos show na grande Buenos Aires. Depois faremos alguns shows esporádicos no Estado de São Paulo. Para finalizar, faremos o show especial, de estreia do nosso disco novo aqui na cidade de São Paulo