O trio punk rock paulistano Anônimos Anônimos volta com a irônica e enérgica ‘Esse Cara Não Sou Eu’ no streaming e em videoclipe (com participação do ator de novela, longas e séries Daniel Faleiros Miglano). A música ainda conta com Phil Fargnoli do CPM22 na segunda guitarra.
‘Esse Cara Não Sou Eu’ é o segundo single da banda via Repetente Records, a recém-lançada gravadora de Badauí, Phil Fargnoli e Ali Zaher do CPM22. A distribuição é da Ditto Music.
Ouça no streaming: https://ditto.fm/esse-cara-nao-sou-eu.
O punk rock do Anônimos Anônimos fica mais agressivo e repleto de camadas sonoras em ‘Esse Cara Não Sou Eu’, diferente do single de estreia ‘Só Se Morre Uma vez’.
A participação de Phil é crucial para atingir a sonoridade densa e contagiante do novo single. O músico do CPM22 — e um dos cabeças da Repetente Records — produziu todas as faixas do EP ‘Baita Astral’ (lançamento em breve) e, durante a gravação, eles sentiram que esta música tinha espaço para mais camadas.
Phil então criou arranjos e texturas de guitarra, além de uma introdução no teclado, que ficaram muito marcantes e levam a canção para outro nível, com personalidade um tanto sombria, reforçada pelo clipe.
Um clipe ‘proibido para menores’, como a banda sugere – brincando, mas nem tanto, por envolver drogas, armas e nudez. A produção é estrelada por uma atuação brilhante do ator Daniel Faleiros Migliano, que já participou de diversas novelas na TV, curtas, longas e peças de teatro.
A letra e a história do clipe são um retrato do famigerado ‘Homem de Bem’, seu ego e seus sagrados — e supostos — símbolos de poder e sucesso.
A Anônimos Anônimos contextualiza a música e o clipe:
“Todo mundo conhece aqueles caras que vivem pela imagem de ‘fodões’, ‘macho alfa’ e acabam reféns do padrão. Uma existência baseada na competição e performance, com um sentimento de infelicidade por trás, por nunca se achar o suficiente. E, claro, em se tratando se um contexto masculino, tudo isso é potencializado e vira uma bomba de ressentimento, agressividade, ódio, pulsão de morte e auto-destruição”.
O clipe, filmado em um galpão e também com cenas da banda na casa de shows de Diadema Studio 1100, foi dirigido por Rick Costa, com assistência de direção de Thiago Ramos. Maquiagem e cabelo por Bianca Megda.
A Anônimos Anônimos
“Estou farto de semideuses” Álvaro de Campos
Cada vez mais, a vida real parece um show onde todos são celebridades perfeitas e os coaches e tutoriais de sucesso proliferam tanto quanto os casos de ansiedade.
Foi nesse contexto que, em 2020, foi criada a Anônimos Anônimos, banda paulistana de punk rock/hardcore.
Apesar de nome relativamente novo no punk nacional, o Anônimos Anônimos carrega experiência e anos de estrada.
Flávio Particelli (vocal e guitarra) Roberto Bezerra (baixo) e Marcelo Sabino (bateria e backing vocals) já haviam participado de outras bandas prolíficas do cenário independente paulistano como Fullheart (1999-2006, com 1 EP e 2 discos) e Falante (2006 – 2009, com 2 EPs).
A proposta é servir como um grupo de terapia, em que as pessoas podem se livrar das máscaras e pressões da sociedade através da música barulhenta e catártica. Liberdade, cumplicidade e amizade em um espaço onde todos são iguais.
Tratam de temas do cotidiano, da vida sempre com uma visão analítica crítica, com humor ácido e questionador, que pode misturar otimismo com niilismo.
Os músicos ainda possuem outros projetos em atividade. O baterista Marcelo toca nas bandas punk Chuva Negra e Faca Preta, e o vocalista Flávio toca na dupla de folk A Ride For Two.
No começo de 2020 lançaram dois singles e um videoclipe de forma independente. Após isso, atravessando todo o período de pandemia em 2021, concentraram seus esforços em compor e gravar de forma segura e sem pressa o primeiro EP da banda “Baita Astral’.
O EP, que será lançado em 2022, possui cinco músicas e foi produzido por Phil Fargnoli, guitarrista da banda CPM22.
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