Biffy Clyro lança hoje o novo projeto, ‘The Myth of the Happily Ever After’, já disponível em todas as plataformas digitais. O disco traz o novo single, “Errors In The History of God”, que foi revelado nesta quarta no programa Hottest Record da Radio 1, em Londres. Este final de semana a banda ainda se apresenta no show Radio 1’s Out Out! Live, na Wembley Arena, que terá passagens transmitidas na BBC One, Radio 1, e na BBC iPlayer.
“The Myth” é um projeto autoproduzido que representa uma reação ao primeiro álbum da carreira, “A Celebration of Endings”, e uma resposta rápida e emocional ao turbilhão que foi o último ano. É o ying do yang que “A Celebration” representou, o outro lado da moeda, o antes e depois em comparação: o otimismo do início de 2020 deu espaço à um retorno à terra. É o produtos dos tempos estranhos e crueis em nossas vidas, mas que também foram especialmente revigorantes para o Biffy Clyro.
“Esta é uma reação à ‘A Celebration of Endings’,” diz o vocalista e guitarrista Simon Neil. “Esse álbum é uma jornada real, uma colisão de cada pensamento e emoção que tivemos nos últimos dezoito meses. Havia uma Fortaleza real em “A Celebration”, mas nesse disco nós abraçamos as vulnerabilidades de ser uma banda e sermos humanos nessa era caótica de nossas vidas. Mesmo o título é o exato oposto. É sobre perguntar: nós criamos essas narrativas em nossas próprias cabeças para nos dar alguma segurança quando ao fim do dia ninguém está esperando por nós?”
Encerrado no lockdown, Biffy Clyro gravou “The Myth” de uma forma completamente diferente de como chegaram em “A Celebration”. Em vez de gastar meses em Los Angeles, eles trocaram uma costa pela outra para gravar por apenas seis semanas em sua sala de ensaios (convertida em um estúdio funcional pelos irmãos responsáveis pela sessão rítmica, James and Ben Johnston) em uma fazenda próxima das casas deles.
O trio foi com a intenção de completar algumas canções não terminadas de “A Celebração” mas, em vez disso, “The Myth” tomou conta de tudo e começou a ganhar forma no final de 2020, com tudo escrito e gravado em um raio de dez milhas. Tradicionalmente, 90% das canções do Biffy foram escritas na Escócia antes que a banda seguisse para Londres ou Los Angeles para gravar, mas esta representou a primeira vez que eles gravaram em suas próprias casas. Como Simon brinca “Nosso primeiro álbum totalmente escocês!”
Kevin J Thomson
Antecipando “The Myth”, Biffy Clyro lançou a aventureira e multifacetada “Unknown Male 01” e a feroz “A Hunger In Your Haunt”. O novo single, “Errors In The History of God” mistura a inimitável tendência de Biffy de balancear escalas grandiosamente dramáticas e a imediaticidade poderosa, as dinâmicas que alternam o barulhento e o silencioso com letras que endereçam emoções complexas sobre a condição do mundo à nossa volta.
Simon Neil diz: “às vezes eu só imagino porque nós estamos aqui e o que estamos fazendo. Tudo está combinado de forma a tornar as coisas piores, mesmo quando as pessoas têm as melhores intenções. Olhando para mim mesmo, eu estou tipo ‘o que você está fazendo para fazer do mundo dum lugar melhor?’ Eu acho que minha geração e os mais velhos são um pouco mais responsáveis do que gostaríamos de admitir. Nós crescemos em uma era em que as coisas com que tínhamos que nos preocupar não eram tão críticas quanto as que os jovem precisam considerar hoje”.
Em algum lugar, “The Myth” mistura um florescimento experimental com flashes old school do Biffy. “Existed” é esse momento que lapida o disco em uma elegante expressão de autoquestionamento que redefine o som da banda catalogado como vulneráveis e de crepitação lenta, enquanto “DumDum” é uma mudança ainda maior, tendo sido construída primariamente sob sintetizadores macios sampleados da voz de Simon. Uma “Slurpy Slurpy Sleep Sleep” é apenas tão audaciosa quanto “Cop Syrup”, de “A Celebration”. O que também representa uma seleção de easter eggs ou paráfrases que sutilmente complementam e contrastam os dois discos.
Um conceito recorrente do álbum é o poder da convicção pessoal, que ocupou um fervor quase religioso via ecos das mídias sociais e novas plataformas. Mas aquela ideia tem a nuance de brilhar sobre lados contrastantes de uma discussão, argumentando que a grande unidade e mente aberta é o único jeito de seguir.
Depois de fazer parte como headline de festivais como Reading e Leeds, assim como shows de larga escala no Cardiff Bay e no Glasgow Green, Biffy Clyro se prepara para embarcar na “Fingers Crossed Tour” no final do mês. Planos para 2022 também estão tomando forma, começando por três shows acústicos intimistas em janeiro, antecedidos de um show gigante no Download Festival.