O trio curitibano Brave Heart, formado por Michael Bahr (vocal e baixo), Marcos Camillo (guitarra) e Juliano Natal (bateria), está prestes a entrar em estúdio para a gravação de um novo single, “Hellyeah”. “Voltamos a fazer nosso southern heavy rock com ‘Hellyeah’, que fala sobre o quanto o passado ainda sufoca as pessoas quando elas ainda não têm algo resolvido dentro de si”, revelou o vocalista e baixista Michael Bahr. “Iremos registrar no Boom Sound Design, mesmo estúdio que gravamos o single ‘Prisonbreak’. A mixagem e masterização será feita nos EUA, mas ainda estamos em negociação. Iremos apresentá-lo, em primeira mão, na abertura para os finlandeses do Shiraz Lane, que tocarão em novembro em Curitiba”, completou.
“Prisonbreak”, até então o último single, saiu no final de 2018. A letra fala sobre o desespero de quem já sentiu a depressão de perto. “É como se fosse o convite da ‘Sra. Morte’ para o aprisionamento, sem grades da cabeça, do ser humano doente. Por isso, raiva e desespero ficaram evidentes no peso da sonoridade”, apontou o guitarrista Marcos Camillo.
Criado das cinzas do Black Aposteme, o Brave Heart surgiu em 1998 e passou por algumas mudanças até o lançamento do primeiro EP, “Hiding Place” (2001), que foi seguido por “This House In My Head” (2007). “Produzimos pouco entre 2001 e 2006, mas fizemos alguns shows importantes na América do Sul, além da abertura para o Savatage em 2002”, recordou Bahr, que se tornou o único integrante original. “Entre 2007 e 2012 alguns integrantes se foram, outros voltaram, mas conseguimos sair do ostracismo e o show com o Viper foi um dos pontos altos daquele período”, descreveu o vocalista e baixista.
Após uma série de singles e clipes em 2013, participações em importantes eventos, como o festival da Rádio Mundo Livre FM, onde conquistou prêmios em 2013 e 2014, Brasil Motorcycle Show e Curitiba Motor Show, além de aberturas para Deep Purple e Sepultura, ocorreu uma mudança de foco. Em 2015, a banda escolheu incorporar um lado mais southern rock, tendo The White Buffalo e Blackberry Smoke como referências. “Além do heavy, também temos este lado southern, e era o momento de fazer algo mais introspectivo. Daí saiu o terceiro EP, ‘Dedicated To My Heart’, que contou com clipes para as faixas ‘Finding my Way’ e ‘Guilty’. Nesta época também fizemos a abertura para Andre Matos no Teatro Guairinha, em Curitiba”, relembrou Bahr.
Em 2017, o trio partiu para a sua primeira turnê europeia, tocando em cidades de Portugal e Espanha. Além disso, conquistou em 2019 a ‘Battle of the Bands’, promovida pelo Hard Rock Cafe (PR) e abriu o show do Black Label Society em Curitiba. “A interação com o público europeu foi uma das experiências mais incríveis da banda. Você é visto diferente e consegue se dedicar exclusivamente para o seu próprio som, assim como foi na premiação do Hard Rock Cafe este ano e, claro, com o ápice de ter um abraço do mestre Zakk Wylde nos pedindo para fazer o melhor antes de ele entrar! Tocar e acreditar em sua música é o melhor sentimento que se pode ter”, concluiu Bahr.
Allyson Pugas/Divulgação