Luke Eblen/Divulgação
Daniel Johns com a radialista Megan Holiday, que conduz a entrevista na docuseries
Icônico vocalista e líder do Silverchair e o artista australiano mais premiado de sua geração, Daniel Johns faz de sua arte uma busca por projetos cada vez mais mais ousados e pessoais: uma exposição interativa e uma série documental que é um mergulho no processo criativo e como as marcas do passado e os anseios do futuro podem marcar uma trajetória. Essa é uma das facetas mais presentes no mais recente álbum do artista, “FutureNever”, lançado via BMG.
Assista ao primeiro episódio de “Inside The Mind of Daniel Johns”: https://youtu.be/VCkOX3CNuvMv
Assista ao segundo episódio de “Inside The Mind of Daniel Johns”: https://youtu.be/ywXJTz5UqWQ
Ouça “FutureNever”: https://danieljohnshq.lnk.to/ftrnvrPR
A mostra, intitulada “Past, Present & FutureNever” estreia em Melbourne, na Austrália, e vai muito além de uma exposição de objetos históricos da carreira, mas de uma visão experimental do que inspirou Daniel Johns.
“Posso dizer sem exagero que ‘Past, Present & FutureNever’ é o projeto mais ambicioso do qual já fiz parte. Por 45 minutos, as pessoas podem viajar fisicamente no tempo de volta à minha infância e ao ‘FutureNever’ de uma forma que fornece uma visão maior do meu processo criativo e da minha vida pessoal do que qualquer show ao vivo poderia alcançar. É literalmente uma vida inteira de trabalho e estou mais orgulhoso disso do que qualquer coisa que já fiz”, conta Daniel Johns.
A exposição chega junto do primeiro episódio da websérie documental onde o artista dialoga abertamente sobre problemas como depressão, saúde mental, vícios e distúrbios alimentares de um modo ainda mais intenso e direto do que ele fez em toda sua carreira. Seu último álbum, lançado com o artista internado em uma clínica de reabilitação e indisponível para promovê-lo, provou que a busca por verdade como forma de conexão de Johns com o público surte efeito ao ter liderado as paradas australianas.
“Eu não estive lá para promover ‘FutureNever’, então para se tornar o sucesso que teve nas paradas é uma prova das pessoas que me apoiaram e sou eternamente grato pelo amor. Provavelmente pela primeira vez na minha vida, sacrifiquei a arte pela minha saúde física e mental. Eu tive um colapso nervoso, eu realmente fiz merda – eu tenho processado a dor e a culpa. Essa série é feita para falar sobre a escuridão, mas também sobre a luz. Esta é uma jornada de cura, mas também preciso falar sobre a música, porque é a única coisa que me ajudou”, diz ele.
Recentemente, Johns anunciou “What If The Future Never Happened?”, um curta metragem de 30 minutos que mistura ficção científica e fantasia com a própria história do artista, em uma viagem ao começo dos anos 90 e o início da sua carreira. A data de lançamento ainda não foi revelada, mas um trailer já está disponível em seu canal do YouTube.
Um dos focos do filme são os primeiros anos de Silverchair, que está inativo há alguns anos e quase teve uma pequena reunião para o novo álbum de Johns, mas Ben Gillies e Chris Joannou recusaram o convite. “Eu os chamei não necessariamente por necessidade, mas porque queria deixar claro que não tenho problema algum com eles como pessoas – eu simplesmente não queria mais me apresentar sob o nome de Silverchair, uma vez eu me estabeleci como artista solo. Eu pedi para eles virem de novo e quando eles não quiseram, ficou tudo tranquilo”, revela Johns.
Como líder do Silverchair, Daniel Johns lidera a lista de vencedores do Australian ARIA Awards. A banda lançou cinco álbuns de estúdio entre os anos de 1995 e 2007, todos os quais estiveram em primeiro lugar no ARIA Albums Chart e alcançaram mais de 10 milhões de vendas em todo o mundo.
Daniel Johns foi o primeiro compositor da história a ganhar o prestigioso prêmio APRA Songwriter of the Year em três ocasiões distintas, e em 2016 também ganhou um Grammy por co-escrever “Say It”, de Flume com Tove Lo. Sua versatilidade criativa o levou a ser diretor musical da série “Beat Bugs” (Netflix), vencedora do Emmy em 2017.
Em 2003, Johns juntou-se ao produtor australiano Paul Mac para formar o The Dissociatives. Seu projeto colaborativo com Luke Steele (Empire of the Sun), DREAMS, foi lançado em 2018 e apresentado no Coachella e Vivid Sydney.
Após estrear solo com “Talk” em 2015 e se destacar com seu podcast original do Spotify “Who Is Daniel Johns?”, ele adicionou uma nova página na sua trajetória com “FutureNever”. O novo álbum está disponível em todas as plataformas de música.
“Como artista fico entediado muito rápido, então eu quis fazer desse álbum uma aventura para o ouvinte. Eu parei de correr do passado e estou aqui, abraçando ele”, contou ele no lançamento do disco. E isso se mostra com força neste novo projeto audiovisual.