Jéssica Marinho
Lojistas e colecionadores se encontram na primeira Feira de Discos de Vinil, após a reabertura do setor, na cidade de Santo André, no estado de São Paulo, nesta manhã de sábado (24).
A tradicional feira de discos de Santo André ocorreu nesse sábado (24), na galeria Studio center, das 10h às 18h. Desde fevereiro, a organização não realizava o evento devido à Covid-19.
Com a mudança de fases – da fase amarela para a fase verde -, estarão liberadas para até 600 pessoas eventos, apresentações em teatros, casas de shows, museus, galerias, bibliotecas, convenções, seminários, workshops, palestras, feiras de artesanatos e gastronomia. Para eventos acima de 600 pessoas e até 2.000 será necessária uma autorização especial da Secretaria Municipal de Licenciamento. Aglomerações acima de 2.000 pessoas continuam proibidas na fase verde.
Jéssica Marinho
Banca do lojista Márcio, dono da loja Lado Dois Discos
Quatorze expositores ofertavam vinil, CDs, e itens relacionados á música, que variam de R$ 5 até R$ 500. Cessar Guisser, organizador da feira, ressalta que a feira costumava ter em média trinta expositores “Depois de 15 anos, a feira quase anda sozinha. Sobre voltar após 8 meses parado, é só não esperar nada, não criar muita expectativa e deixar acontecer. E deu Certo. Pelo que vi todos venderam bem”.
Vale lembrar que nesse momento de pandemia, tem havido grande procura por compra de discos e a venda pela internet aumentou. Segundo o relatório semestral publicado no final de Agosto pela loja e plataforma online Discogs, as vendas físicas aumentaram 29,29% nas vendas físicas do site nos últimos seis meses.
Mas nem todos expositores de feiras costumam vender pela internet, e o único modo é vender em feiras. É o caso do lojista Márcio, dono da loja Lado Dois Discos que vende apenas em feiras e eventos “Eu não vendo na internet, eu trabalho com discos, mas não me dedicava apenas nisso. Eu tinha um trabalho fixo mas estou parado há dois meses por conta da pandemia. Então eu só fazia eventos e não vendia online, vou começar agora”.
“Pra mim a feira foi ótima. Eu sabia que iria dar um momento pequeno, pois as pessoas estava com saudades de comprar. Conversei com alguns clientes e eles estavam com vontade de ir nas feiras. Esta feira foi bem legal, a primeira feira que estou fazendo desde março. Surpreendeu a gente positivamente. Não teve muito movimento, mas quem veio, acabou comprando alguma coisa. O pessoal estava com saudades de comprar disco fisicamente, olhar e ter contato. Comprar pela internet é diferente. Tem gente que prefere comprar pessoalmente”, ressalta Márcio que após o retorno teve um saldo bem positivo de vendas.
Jéssica Marinho
Os compradores e colecionadores também ficaram satisfeitos com a volta da feira e aproveitaram para garimpar materiais novos para a coleção.
“A feira deu uma caída de público relacionada á última feira que fui. Eu vim sem expectativa mas achei que teria mais público. Mas consegui achar umas raridades aqui. Comprei o disco da banda Extravaganza, “O Prazer é seu”, esse disco é um pouco difícil de achar. Encontrei muitos discos bons, mas faltou dinheiro pra levar todos. Vendi um pouco pela internet também e isso ajudou bem”, informa o colecionador e também vendedor, Cristian, que veio na primeira feira após meses parado.
“Acredito que o pessoal ainda está um pouco com medo e por isso não estão saindo, mas com o tempo acho que vai voltando ao normal. A gente segue se cuidando”, completa.
Jéssica Marinho