Desde o início, a Fresno se destacou por sua capacidade de abordar temas complexos de forma autêntica e envolvente, refletindo as experiências e sentimentos de sua geração. O período de maior efervescência da música emo foi principalmente durante os anos 2000, quando o gênero alcançou seu auge de popularidade, tanto internacionalmente quanto no Brasil.
Bandas como My Chemical Romance, Fall Out Boy, Panic! At The Disco e Paramore conquistaram milhões de fãs ao redor do mundo. No Brasil, destacaram-se bandas como Fresno, Nx Zero, CPM 22, Strike, Forfun e Restart entre outras. Essas bandas contribuíram significativamente para a disseminação do estilo emo no país, tanto na sonoridade quanto na estética, conquistando uma base de fãs dedicada e fervorosa. De todas as bandas emo que fizeram grande sucesso em seu momento mais efervescente, certamente a Fresno foi a que se manteve viva e autêntica em sua forma mais genuína.
Formada em 1999, em Porto Alegre, a banda Fresno solidificou seu lugar como uma das bandas mais icônicas e duradouras do cenário emo nacional. Com uma discografia diversificada e marcada por letras introspectivas e emocionais, a banda apresenta em seu currículo 10 álbuns de estúdio. Seu álbum de estreia, “Quarto dos Livros” (2003), estabeleceu o tom para sua jornada musical, apresentando uma mistura única de rock alternativo e emo, com faixas como “Stonehenge” e “Se Algum Dia Eu Não Acordar”.
Ao longo dos anos, a Fresno continuou a evoluir musicalmente, lançando álbuns aclamados pela crítica e pelo público, como “Ciano” (2006), “Redenção” (2008) e “Revanche” (2010), cada um refletindo uma fase diferente da vida da banda e explorando uma variedade de temas. Em 2014, a banda lança a música autointitulado do EP “Eu Sou a Maré Viva” que se transforma em um verdadeiro hino.
Os álbuns “Sua Alegria Foi Cancelada” (2019) e “Vou Ter Que Me Virar” (2021) são os álbuns que melhor define esse novo momento da banda, consolidando sua evolução sonora e lírica, deixando ainda mais evidente a identidade musical da banda. Você ouve a música e logo identifica: é FRESNO! Todas as eras da Fresno possui diferentes influências, mas mantém a essência de uma banda emo que nunca deixou de ser emo. Lançado em 2019, “Sua Alegria Foi Cancelada” apresenta uma sonoridade mais sombria e introspectiva, explorando temas como ansiedade, depressão e relacionamentos conturbados. Já “Vou Ter Que Me Virar”, lançado em 2021, representa uma guinada em direção a uma sonoridade mais otimista e experimental, mesclando elementos de pop, rock e eletrônica. São dois álbuns icônicos da banda em sua melhor forma.
O novo projeto da banda Fresno, intitulado “Eu Nunca Fui Embora” (ENFE), representa mais um avanço em sua jornada de constante evolução a cada álbum, marcando uma fase distintiva em sua carreira. Segundo o vocalista Lucas Silveira, esse é o “grande disco da carreira da Fresno”.
“Eu Nunca Fui Embora” é o décimo trabalho de estúdio da banda, composto por sete faixas, dividido em duas partes, seguindo a mesma estratégia adotada em “INVentário” (2021). Essa divisão também cria uma expectativa para a segunda parte do álbum, prevista para o segundo semestre do ano, e busca oferecer uma melhor absorção do material pelo público. Além de apresentar uma sonoridade envolvente, a banda também se dedicou a renovar sua identidade visual e a implementar estratégias inovadoras para o lançamento de “ENFE”. Em palavras da própria banda Fresno:
“Todo álbum é uma coleção de memórias. O que vivemos naquele período se cristaliza em canções, e tudo que nos resta é compartilhar essas histórias com o mundo. ‘Eu Nunca Fui Embora’ é nosso novo amontoado de memórias, gritado do alto do nosso vigésimo quinto ano de carreira”.
Lucas Silveira destaca a importância do novo álbum “Eu Nunca Fui Embora”, como “grande disco da carreira do Fresno”, em um momento de consolidação da banda.
“Eu Nunca Fui Embora – Parte 1” já está disponível em todas as plataformas digitais:
EU NUNCA FUI EMBORA (2024) – PARTE 1
Ficha Técnica
Produzido por Lucas Silveira
Mixagem: Mat Mainhard
Masterização: Ruairi O’Flaherty para Monograph Mastering
Direção Criativa e Fotos: Camila Cornelsen
Direção de Arte: Giovanna Cianelli
Selo: Elemess
Distribuição: Fuga