hbNews

Gojira faz história em Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Paris 2024

Gojira faz história em Cerimônia de Abertura das Olimpíadas de Paris 2024

27 de julho de 2024


Na cerimônia de abertura das Olimpíadas de Paris 2024, realizada nesta sexta-feira, 26 de julho, a banda francesa Gojira fez história ao se tornar a primeira banda de metal a se apresentar no evento. Em uma performance marcante que misturou metal e ópera, entregou  uma versão poderosa da canção revolucionária francesa “Ah,Ça Ira!” durante o segmento “Liberté”, em homenagem ao lema francês da Revolução Francesa. A apresentação contou com a participação que com a participação da cantora de ópera experimental Marina Viotti.

Ah,Ça Ira!”, que significa “Ah, tudo bem!”, no sentido “isso vai dar certo”, é uma canção revolucionária francesa que emergiu durante a Revolução Francesa, simbolizando o fervor popular e a aspiração por liberdade e igualdade. Composta por Ladré em 1790 e inspirada na melodia de uma contredanse, suas letras refletiam o sentimento revolucionário e a luta contra a opressão aristocrática. A canção tornou-se um hino para os revolucionários, frequentemente entoada em manifestações e celebrações, galvanizando o espírito de resistência e unidade entre os cidadãos. “Ah,Ça Ira!” tornou-se uma canção muitom popular tocada por Jean-Antoine Bécourt (1760-1794). É mais do que uma simples canção; ela encapsula a essência do movimento revolucionário francês e permanece um marco na história cultural da França, representando a força e a determinação de um povo em busca de justiça social e liberdade.

Gojira, conhecida por sua presença marcante na cena do metal extremo, trouxe um toque inovador ao evento olímpico ao colaborar com a cantora de ópera Marina Viotti. A performance incluía uma recriação sombria e simbólica com referências à figura histórica à Maria Antonieta sem cabeça, sinônimo de uma monarquia decadente.

Apresentação da banda francesa Gojira na Cerimônia das Olimpíadas em Paris 2024. Cena em que mostra a figura histórica da rainha Maria Antonieta.

Cena da apresentação da banda francesa Gojira em que mostra a figura histórica de Maria Antonieta sem cabeça.

Dirigida pelo renomado Thomas Jolly, a apresentação destacou-se pela combinação única de Heavy Metal com Ópera experimental. O espetáculo começou com o baterista Mario Duplantier comandando a audiência de uma janela de um castelo cenográfico, enquanto os outros membros da banda tocavam de diferentes partes da estrutura. A performance foi enriquecida com elementos visuais impressionantes, como serpentinas vermelhas, fumaça e fogo sincronizado, criando um ambiente dramático e energético. A performance de Gojira foi descrita como um “tributo musical completo” que misturou metal, ópera e uma estética revolucionária.

A direção de Thomas Jolly foi impecável, contribuindo para a grandiosidade do espetáculo. A performance dos músicos foi magistral.

Formada em 1996 pelos irmãos Joe Duplantier (vocal eguitarra) e Mario Duplantier (bateria), Gojira é uma das mais influentes no cenário do metal contemporâneo. Junta-se a eles Christian Andreu (guitarra) e Jean-Michel Labadie (baixo). Originária de Bayonne, a banda é conhecida por sua fusão única de death metal progressivo com elementos ambientais e letras profundamente introspectivas e ecológicas. Com álbuns aclamados como “From Mars to Sirius” e “Magma,” a banda conquistou um público global, destacando-se pela complexidade técnica e emocional de suas composições. A apresentação da banda não apenas celebrou um momento icônico da história francesa, mas também solidificou seu status como porta-estandarte do rock francês mundial.

A apresentação não só destacou a habilidade da banda em levar o metal a um público internacional, mas também reafirmou a importância de Gojira como ícone do rock francês. Ao lado de artistas como Lady Gaga e Céline Dion – que também se apresentaram na cerimônia, Gojira trouxe uma abordagem única e poderosa ao palco das Olimpíadas, consolidando seu status como uma força inovadora na música mundial.