Em uma entrevista reveladora ao Podcast The Ex-Man com Doc Coyle (Bad Wolves), a banda canadense Kittie, conhecida por seu impacto no gênero nu-metal, discutiu sua trajetória, o período de hiato e seu aguardado retorno com o novo álbum de estúdio “Fire” (2024). Além disso, as integrantes abriram o jogo sobre as dificuldades enfrentadas por mulheres na indústria musical, destacando a luta constante por reconhecimento.
Formada em 1996, Kittie vem quebrando barreiras em um cenário predominantemente masculino e conquistou notoriedade com o álbum de estreia “Spit” em 1999. Apesar das mudanças na formação, a banda, composta por Morgan Lander (vocal e guitarra), Mercedes Lander (bateria), Tara McLeod (guitarra) e Ivana “Ivy” Vujic (baixo), mantém seu estilo único e uma base de fãs leal.
Durante a conversa, a baterista Mercedes Lander relatou episódios de desrespeito de equipes técnicas, que só mudaram de atitude após presenciarem suas performances. “Houve momentos em que fui tratada com desdém por técnicos de som e roadies, apenas para vê-los mudarem completamente de comportamento após nossos shows“, contou Mercedes.
“Desde o início, tivemos que enfrentar o ceticismo e provar que merecíamos estar no palco,” disse Mercedes. Sua irmã, Morgan Lander, complementou, afirmando que, apesar dos avanços, a indústria musical continua a ser dominada por homens, criando barreiras adicionais para as mulheres. Mercedes acrescentou: “O respeito deveria ser o ponto de partida, não algo que ganhamos apenas depois de mostrar o que podemos fazer. É uma questão de igualdade e reconhecimento do talento, independentemente do gênero“.
A banda Kittie lançou no dia 21 de junho seu mais novo álbum de estúdio, “Fire“, pela Sumerian Records. Produzido por Nick Raskulinecz, o álbum contém 10 faixas, entre elas os singles “Eyes Wide Open“, “We Are Shadows“, “Vultures”, “One Foot In The Grave” e a faixa-título “Fire“.