Marina Chavez/Divulgação
Ícone do movimento grunge volta ao país após 25 anos do histórico Hollywood Rock
Pioneiras do movimento feminista norte-americano no punk/grunge e do Riot grrrl lá no início da década de 1990, e detentoras de uma das sonoridades mais autênticas do rock, o L7 está de volta ao Brasil para dois shows em dezembro deste ano.
Desde o retorno em 2014, após um hiato de 14 anos, a banda se mostra revigorada e tocando ao redor do globo com explosivos shows sold-out.
O quarteto de Los Angeles, à época comparada à versão feminina do Nirvana, foi uma das mais reverenciadas bandas no antológico Hollywood Rock de 1993, num show que até hoje é lembrado pela legião de fãs brasileiros.
https://youtu.be/Z8UsUzvOzhk
Desta Vez, se apresenta dia 1º de dezembro no Rio de Janeiro (Circo Voador) e dia 2/12 em São Paulo (Tropical Butantã). Antes, no dia 30 de novembro, a banda inicia a rápida turnê sulamericana em Santiago, no Chile.
Desde que gravaram o primeiro disco em 1987, dois anos após a formação da banda, o L7 contabiliza seis discos de estúdio, três registros ao vivo, um disco de covers, entre um monte de hits que tocaram – e tocam – à exaustão pelas rádios de todo o mundo, lançados por grandes gravadoras como Epitaph, Sub Pop, Slash Records e Warner.
Após o retorno, Donita Sparks (guitarra/vocal), Suzi Gardner (guitarra/vocal), Dee Plakas (bateria) e Jennifer Finch (baixo) já lançaram duas novas músicas, ‘I come back to bitch’ (que ganhou um videoclipe com ares de produção caseira, no melhor espírito grunge noventista), e a anti-Trump ‘Dispatch from Mar-a- Lago’.
Legalização do aborto, defesa das liberdades civis e feminismo, temas como estes cada dia mais retumbantes, já eram abordados pelo L7 no início da carreira, pulverizadas em forma de músicas atemporais, raivosas e provocativas, não raramente cheias de sarcasmo, mas ao mesmo tempo encorajadoras.
Bricks are Heavy, o terceiro álbum do L7 e que impulsionou o quarteto ao estrelato mundial, foi considerado pela edição norte-americana da revista Rolling Stone como um dos 100 discos “indispensáveis” dos anos 90. É neste registro que gravaram o hit ‘Pretend We’re dead’, um sucesso comercial que ultrapassou as barreiras do rock e levou a banda a outros públicos, do pop ao metal.
O retorno do L7 ao Brasil é uma realização da Powerline Music, produtora que este ano já trouxe o Wavves e o Quicksand, e está à cabo das novas turnês – ainda em 2018 – do H20, The Toy Dolls, Built to Spill e Circa Survive. Também promove a inédita vinda da influente banda de punk rock norte-americana Against Me!, liderada pela vocalista transgênero Laura Jane Grace.
Sem preconceitos, e longe do politicamente correto, junto aos contemporâneos do Nirvana, Pearl Jam e Soundgarden, o L7 ainda é um furacão na indústria musical.