Em 28 de fevereiro, Mdou Moctar lançará Tears of Injustice, a versão acústica de Funeral for Justice.
Hoje, ouça “Takoba (Injustice Version)”. Em seu arranjo original, a música se desenrolou em um crescendo épico de solos de guitarra interligados. Em Tears, o quarteto faz uma leitura mais íntima e hipnótica da música, colocando em primeiro plano a percussão tradicional e os vocais de chamada e resposta.
No início do próximo ano, o Mdou Moctar fará uma turnê pelos Estados Unidos em um formato acústico mais despojado e também fará datas no Canadá que foram canceladas. Um roteiro completo será anunciado em breve.
Em julho de 2023, Mdou Moctar estava em turnê nos Estados Unidos quando o presidente do Níger, foi deposto e Mdou, Ahmoudou Madassane e Souleymane Ibrahim foram impossibilitados de voltar para suas famílias. Os planos de gravar um complemento para Funeral for Justice – que na época ainda estava a muitos meses de ser lançado – já estavam em andamento, mas a ideia agora assumia uma nova urgência e gravidade. Dois dias após o término da turnê na cidade de Nova York, o quarteto começou a gravar Tears of Injustice no Bunker Studio, no Brooklyn, com o engenheiro Seth Manchester.
Eles escolheram gravar Tears sentados juntos em uma sala, mantendo a sessão solta, despojada e espontânea. Depois de um mês, a banda pôde voltar para casa no Níger e, quando o fizeram, Coltun deu a Madassane um gravador Zoom para levar consigo. O guitarrista rítmico o usou para gravar um grupo de tuaregues fazendo vocais de chamada e resposta, que mais tarde foram adicionados à mixagem final.
Em Funeral for Justice, a raiva contra a situação do Níger e do povo tuaregue é claramente expressa no volume e na velocidade da música.
Em Tears, as músicas mantêm esse peso sem amplificação. Elas estão impregnadas de tristeza, transmitindo o pesar de uma nação presa em uma constante agitação pela pobreza, exploração colonial e revolta política. É a música de protesto tuaregue em sua forma mais crua e essencial.
“Funeral for Justice é, em muitos aspectos, um álbum de protesto, de resistência, de descontentamento, mas não é um álbum de desistência ou de rendição. Sua energia sonora emocionante, impulsionada pela raiva, opera contra a derrota.” – The New Yorker
“Deslumbrante” – The Observer (*****)
“… uma obra-prima polêmica que merece respeito mundial” – MOJO (****)
“… os revolucionários do rock continuam sendo extremamente empolgantes” – NME (****)
“Um cri de coeur de guitarras gritantes e letras que condenam o legado do colonialismo no Níger e em toda a África” – New York Times
Tracklist:
1. Funeral for Justice (Injustice Version)
2. Imouhar (Injustice Version)
3. Takoba (Injustice Version)
4. Sousoume Tamacheq (Injustice Version)
5. Imajighen (Injustice Version)
6. Tchinta (Injustice Version)
7. Oh France (Injustice Version)
8. Modern Slaves (Injustice Version)