Memory Remains

Memory Remains: AC/DC – 9 anos de “Rock or Bust” e a primeira vez sem Malcolm Young

2 de dezembro de 2023

Há 9 anos, em 2 de dezembro de 2014, o AC/DC lançava “Rock or Bust“, o décimo-sexto play dos australianos mais amados deste mundo e que é tema do nosso Memory Remains deste sábado.

A celebração desta data refere-se ao lançamento mundial, uma vez que na terra natal da banda, a Austrália, o álbum foi lançado no dia 28 de novembro. É o primeiro álbum do AC/DC a não contar com o guitarrista Malcolm Young, que na época estava afastado da banda por problemas de saúde. Em 2017 ele foi diagnosticado com Alzheimer e veio a falecer no meo ano. Stevie Young, sobrinho de Malcolm e Angus, foi chamado e está na banda até hoje.

O álbum acabou com um hiato de seis anos sem quaisquer lançamentos de músicas inéditas do AC/DC, já que o último álbum da banda tinha sido “Black Ice”. O vocalista Brian Johnson disse que foi difícil gravar esse álbum sem a presença de Malcolm. Ele também afirmou que considerou sugerir “Man Down” como título do álbum, porém desistiu por achar o título muito negativo.

Para gravar o álbum, a banda chamou mais uma vez o renomado produtor Brendan O’Brien, com quem já haviam trabalhado em “Black Ice” e assim todos retornaram ao Warrhouse Studios, em Vancouver, no Canadá. As sessões de gravações não foram nada fáceis, devido as constantes faltas do baterista Phil Rudd. Quando ele estava há dez dias atrasado com suas partes, Brendan O’Brien cogitou substituí-lo, porém, ele resolveu que iria gravar e assim o fez. Certa vez, o produtor falou sobre o período em estúdio com o AC/DC. aspas para ele:

“Não me recordo quanto tempo levamos pra gravar o ‘Black Ice’, mas acho que o tempo de gravação de ambos é muito semelhante. Me contaram que dessa vez foi mais rápido… finalizamos a gravação um pouco mais rápido, na verdade eu acho que gravamos menos músicas. Acho que durante o ‘Black Ice’ nós gravamos cerca de 15 ou 16 músicas… posso estar errado sobre isso. Mas eu acho que a gravação de ambos os álbuns correram muito bem. Esses caras trabalham duro; não há preguiça. Eles são pessoas muito dedicadas. Até mesmo quanto ao horário de estar no estúdio, eles chegavam em ponto todos os dias. Então acho que por isso a gravação foi rápida.”

Bolacha rolando, temos o álbum mais curto dentre todos já lançados pelo AC/DC. O play é composto de onze faixas, que não chegam nem aos 35 minutos de duração. O recorde de álbum mais curto pertencia ao álbum “Flick of the Switch” (1983), que tem 37 minutos. Musicalmente, o aniversariante do dia traz o AC/DC com seu Hard Rock potente, mesclado com influências do Blues, elementos que sempre estiveram. “Rock or Bust” foi bem recebido pela crítica e público, que já sabe bem o que esperar dos álbuns da banda.

Nos charts, o álbum alcançou o topo das paradas nos seguintes países: Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Noruega, Escócia, Suécia e na Suíça; 2° na Nova Zelândia, Polônia e Espanha; 3° na “Billboard 200”, Itália, Reino Unido e República Tcheca; 4° nos Países Baixos, 5° na Hungria, 6° na Irlanda, 8° em Portugal e 20° na Grécia. Mais recentemente, em 2019, o álbum alcançou a 15ª posição na Alemanha. Com relação às vendas, o álbum foi certificado com Disco de Ouro na Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Nova Zelândia e Estados Unidos; Platina na Austrália, Canadá, Hungria, Itália, Polônia, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido. E mais um Triplo Platina na França e Alemanha.

Disco pronto, hora de cair na estrada. Em 8 de fevereiro de 2015, o AC/DC fez sua primeira apresentação, no Grammy Awards. O baterista Chris Slade ocupava o lugar do problemático Phil Rudd e Stevie Young em lugar do tio. À essa altura, todos esperavam que Malcolm voltasse em breve para a banda, o que lamentavelmente não ocorreu. Em 2015 a turnê do AC/DC foi a que mais vendeu ingressos. Em 2016 a turnê deu sequência com Axl Rose em lugar de Brian Johnson, que foi diagnosticado com uma doença séria que poderia deixá-lo surdo. Felizmente em 2020 ele retornou.

Hoje é dia de celebrar esse disco, colocando-o para tocar no volume máximo. É muito bom saber que ainda temos bandas como o AC/DC para fazer nossa alegria. Recentemente a banda foi cogitada para ser uma das atrações da próxima edição do Rock in Rio, a ser realizada no ano de 2024. Enquanto aguardamos, vamos comemorando mais um aniversário de “Rock or Bust”.