Memory Remains

Memory Remains: Accept – 12 anos de “Stalingrad: Brothers in Death” e a manutenção do time que estava ganhando

6 de abril de 2024

Há 12 anos, em 06 de abril de 2012, o Accept lançava “Stalingrad: Brothers in Death“, o álbum de número treze da carreira destes adoráveis alemães e que é tema do nosso Memory Remains deste sábado.

Este é o segundo álbum desde que o Accept se reuniu pela quarta vez, em 2009. É também o segundo álbum a não contar com o icônico vocalista Udo Dirkschneider, e consequentemente, o segundo a contar com o vocalista Mark Tornillo. Aliás, Tornillo, junto ao membro fundador Wolf Hoffmann, são os únicos a permanecer na banda desde então. O álbum de retorno, “Blood of the Nations“, foi um verdadeiro sucesso e a prova do quanto o público estava sentindo a falta do Accept em atividade.

Com o jogo a favor, eles resolveram então não mexer no time que estava vencendo: a formação era a mesma do álbum anterior, então eles repetiram o produtor, o excelente Andy Sneap e todos retornaram ao estúdio Backstage, em Londres, onde o álbum foi gravado, mixado e masterizado durante o ano de 2011.

Pelo título do álbum, o ouvinte pode deduzir, com razão, que se trata de uma obra conceitual. As dez faixas presentes aqui, tratam da Batalha de Stalingrado, o mais sangrento de todos os combates da Segunda Guerra Mundial, que deixou mais de 2 milhões de mortos, entre civis e militares. Era a tentativa expansionista de Hitler, que se revelou um tiro que saiu pela culatra, pois a vitória das tropas soviéticas nesta batalha se mostrou decisiva para que a Alemanha perdesse a guerra e o mundo pôde viver sem a ameaça nazista, ainda que alguns fantasmas neonazistas insistam em perturbar a paz global.

Bolacha tocando, temos um álbum para headbanger nenhum botar defeito: são dez verdadeiros petardos, em 51 minutos e o ouvinte não tem trégua. O Accept entrega aqui em “Stalingrad: Brothers in Death” tudo o que um fã exigente espera da banda. Peso, velocidade, técnica e muita energia. As músicas “Hung, Drawn and Quartered“, “Flash to Bang Time“, “Against The World” e “The Quick and the Dead” são grandes exemplos e os maiores destaques por aqui.

A aceitação foi imediata, tanto por parte do público quanto da crítica. E o álbum figurou em diversos charts pelo mundo: 2° na República Tcheca, 5° na Hungria, 6° na Alemanha, 8° na Finlândia, 10° na Suécia, 17° na Suíça, 22° na Noruega, 32° na Áustria, 46° na Polônia, 66° na Espanha, 68° na Bélgica, 77° na França, 80° no Japão e 81° na “Billboard 200”.

A banda saiu em turnê em sua “Stalingrad Tour”, que passou por diversas partes do mundo, inclusive o Brasil, que abrigou apresentações em Porto Alegre, Curitiba e São Paulo. Durante essa tour, a banda também se apresentou nos principais festivais de verão pela Europa e o giro se encerrou na Espanha. O Accept estava firme e forte como sempre foi ao longo de sua carreira.

Felizmente a banda segue em plena atividade, tendo, inclusive, se apresentado no ano passado durante a primeira edição do Summer Breeze Brasil. Enquanto aguardamos um novo álbum e um retorno da banda ao nosso país, vamos celebrar mais um ano de lançamento deste play que envelhece bem demais. O Accept é um tesouro e nossa sorte é ter nascido na mesma época destes caras.