Memory Remains

Memory Remains: Cannibal Corpse – 19 anos de “Kill” e o retorno de Rob Barrett

20 de março de 2025


Há 19 anos, em 20 de março de 2006, o Cannibal Corpse lançava o álbum de número dez de sua rica discografia. “Kill” vai ser o tema do nosso Memory Remains desta quinta-feira.

Após a excelente repercussão de “The Wretched Spawn“, a banda tinha que manter o alto nível. E para isso, eles inovaram. “Kill” foi o primeiro álbum onde as guitarras foram afinadas e tocadas com a afinação muito mais baixa, dando uma sensação de maior peso nas músicas. Os caras usaram a afinação G# (sol sustenido).

Porém, o quinteto sofreu uma baixa: Jack Owen, um dos fundadores acabou abandonando a banda. E para seu lugar, a banda trouxe Rob Barrett de volta. Ele que gravou os álbuns “The Bleeding” e “VILE” e havia deixado sua vaga para Pat O’Brien, retornava para iniciar uma parceria com quem o substituiu, ainda nos anos 1990.

A capa é uma curiosidade a parte, pois não há uma imagem grotesca e, consequentemente, sem aquele adesivo de “Aviso aos Pais”, comuns em bandas de Metal. A razão para uma imagem mais simples é que, segundo Alex Webster, não houve um consenso sobre a escolha de uma imagem e eles também queriam que os fãs se concentrassem nas letras. Ao menos com “Kill”, os caras não tiveram trabalho em ter que fazer duas capas alternativas e ter que lidar com os banimentos mundo afora. Essa é uma das três capas de discos que o Cannibal Corpse não adotou cenas de violência, pois segundo Alex Webster afirmou certa vez, eles não chegaram a nenhum acordo quanto a uma imagem a ser utilizada e também porque eles queriam que os fãs se concentrassem mais na música. Aspas para as palavras do baixista:

“A arte original que Vince [Locke] nos deu era muito legal, mas não achamos que seria a melhor capa. Decidimos usá-la como arte de interior e ter apenas um logotipo simples da banda/título do álbum. O foco principal da nossa banda deve ser a música de qualquer maneira, então não acho que seja grande coisa que a capa não seja uma cena de carnificina encharcada de sangue como nossas outras têm sido. Isso não significa que não teremos mais cenas sangrentas cobre no futuro embora.”

Então o quinteto se reuniu no “Mana Recording Studios“, em St. Petesburg, Flórida, com a produção do hoje atual guitarrista da própria banda, Erik Rutan, durante os meses de outubro e dezembro de 2005.

O álbum tem 13 canções, sendo uma delas instrumental, e duração de 42 minutos. Os grandes destaques do play ficam por conta das faixas “Time to Kill is Now“, “Make Them Suffer” (que é lembrada até os dias de hoje nos shows da banda), “Murder Worship“, “Necrosadistic Warning” e “Death Walking Terror“. O Cannibal Corpse se consolidava ainda mais como uma banda técnica ao extremo, onde o ponto alto da brutalidade e complexidade das composições deste quinteto ficou em evidência durante a primeira década dos anos 2000 e que vai se mantendo assim, a cada álbum novo que a banda tem lançado.

Sabemos que uma banda extrema como o Cannibal Corpse não costuma figurar nas paradas de sucesso, porém, “Kill” chegou a posição de número 170 na “Billboard 200“, foi o segundo álbum da banda a figurar no principal chart musical. Em duas subcategorias da mesma “Billboard“, o álbum brilhou: 6ª posição na “Heatseekers Albuns” e 16ª na “Us Independent Albuns”. Nas paradas germânicas, o álbum teve uma posição melhor, 59° e na França, o álbum também surgiu na posição de número 187. O aniversariante de hoje é um disco belíssimo e merece todos os confetes. Para nossa felicidade, o Cannibal Corpse segue na ativa, lançando discos e fazendo turnês, inclusive, tendo passado por terras brasileiras em 2022. Desejamos longa vida ao Cannibal Corpse, os reis do Death Metal. Que eles sigam mortais como sempre foram.

Kill – Cannibal Corpse

Data de lançamento – 20/02/2006

Gravadora – Metal Blade

 

Faixas:

01 – Time to Kill is Now

02 – Make Then Suffer

03 – Murder Worship

04 – Necrosadistic Warning

05 – Five Nails Through the Neck

06 – Purification by Fire

07 – Death Walking Terror

08 – Barbaric Bluegeonings

09 – The Discipline of Revenge

10 – Brain Removal Device

11 – Manical

12 – Submerged in Boiling Flesh

13 – Infinite Misery

 

Formação:

George “Corpsegrinder” Fischer – Vocal

Alex Webster – Baixo

Pat O’Brien – Guitarra

Rob Barrett – Guitarra

Paul Mazurkiewicz – Bateria