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Memory Remains: Death – 26 anos de “Symbolic” e o auge da carreira

Memory Remains: Death – 26 anos de “Symbolic” e o auge da carreira

21 de março de 2021


Em 21 de março de 1995, o Death lançava o seu sexto disco de estúdio. “Symbolic” se tornaria o mais importante álbum da carreira da banda e é assunto do nosso Memory Remains deste domingão,

O aniversariante de hoje é bastante emblemático, muito por conta do ganho que a banda obteve, com uma produção bem melhor em relação aos álbuns anteriores, o que deixou mais nítido o som e torna a sua audição bem mais agradável.

Nova mudança na formação, desta vez entra o baixista Kelly Conlon entrava para ocupar o posto deixado por Steve DiGiorgio. A mudança não seria tão significativa, pois o novo dono da vaga manteria a qualidade e imprimiria ainda um peso ainda maior no som da banda. Assim sendo, o quarteto se reuniu mais uma vez no icônico “Morrisound Recording“, em Tampa, Florida, com produção assinada por Chuck Schuldiner e Jim Morris, onde esta obra-prima foi gravada. Vamos comentar, faixa a faixa, como o leitor já está habituado.

A faixa título abre de forma magistral essa obra. A música que nasceu clássica e talvez seja a maior música da banda, conta com riffs poderosos, tanto nas partes rápidas quanto nas mais cadenciadas. Não poderia haver abertura melhor. “Zero Tolerance” tem uma mescla de riffs melódicos e pesados, além de flertes com o Prog Metal. Muito boa também.

Relapse / Nuclear Blast

Empty Words” tem uma intro bastante harmoniosa que logo dá lugar a riffs pesados e densos, alguns dos melhores deste disco, se é possível eleger algum como o melhor, já que todos são de um nível altíssimo. “Sacred Serenity” traz em sua intro um belo trabalho da cozinha, ótimas linhas do baixista Kelly Conlon e logo depois Chuck Schuldiner entra com seus riffs destruidores em uma música com uma atmosfera bem progressiva.

1,000 Eyes” é um pouco mais agressiva e as guitarras dão o ritmo, ora imprimindo peso, ora com inclusão de muita melodia, especialidade do imortal Chuck Schuldiner nas seis cordas. E o final apoteótico com o show de Gene Hoglan em seu bumbo duplo. “Without Judgement” dá sequência a exibição de riffs extremamente técnicos sem deixar de lado o peso e a agressividade que a banda sempre se propôs a apresentar. E a música torna-se épica quando ganha velocidade, mesmo que de forma breve.

Crystal Mountain” é uma música interessante. Ela começa mais voltada ao Hard Rock, mas como Chuck gostava de “complicar” as coisas, ele meteu no meio uns riffs mais pesados e bastante melodia no meio, mas ao final tudo volta como começou, desta vez com a inclusão de belas passagens de violão que encerram a música. Excelente. “Misanthrope” começa bem rápida e ríspida, sofrendo mudanças de andamento, onde brilha a participação de Gene Hoglan, um baterista sensacional.

Perenial Quest” encerra a obra com ótimos riffs em sua primeira estrofe, mudando seu andamento só para variar, mas aqui há uma variação bem interessante: um breve flerte com o Doom e depois a pancadaria volta a tomar conta. Também, do alto de seus mais de oito minutos, tem que haver espaço para tudo, inclusive para solos melódicos. Tudo isso sem soar pedante em nenhum momento.

Em 50 minutos temos um álbum excelente, sem uma música ruim e que mostra toda a força que a banda teve, durante a sua existência. Chuck Schuldiner foi um gênio e o seu legado está ai para que qualquer headbanger possa ter acesso e prestar toda e qualquer homenagem.

Foi durante a turnê deste disco que duas lendas se juntaram: Chuck Schuldiner e Warrel Dane, em turnê que o Nevermore abriu alguns shows para o Death. A amizade entre ambos cresceu, a ponto de Warrel ter sido convidado para cantar no álbum do Control Denied, “The fragile Art of Existence“, capitaneado por Chuck, durante o hiato de sua banda principal. A participação de Warrel acabou não rolando, mas a amizade seguiu e, curiosamente os dois amigos acabaram falecendo no mesmo 13 de dezembro, Chuck em 2001 e Warrel em 2017.

Este é “Symbollic“, o mais aclamado álbum da carreira desta banda que marcou época, formada pelo “pai do Death Metal”. Vamos exaltá-lo , porque este disco merece todo e qualquer elogio. Como não temos mais a banda na ativa, fica aí o legado.

Symbolic – Death

Data de lançamento: 21/03/1995

Gravadora: Roadrunner

Faixas:

01 – Symbolic

02 – Zero Tolerance

03 – Empty Words

04 – Sacred Serenity

05 – 1,000 Eyes

06 – Without Judgement

07 – Crystal Mountain

08 – Misanthrope

09 – Perenial Quest

Formação:

Chuck Schuldiner – Vocal/Guitarra

Bobby Koelbie – Guitarra

Kelly Conlon – Baixo

Gene Hoglan – Bateria