Memory Remains

Memory Remains: Death – 30 anos de “Symbolic” e os problemas com a Roadrunner

21 de março de 2025


Há 30 anos, em 21 de março de 1995, o Death lançava o seu sexto disco de estúdio. “Symbolic” se tornaria o mais importante álbum da carreira da banda e é tema do nosso Memory Remains desta sexta-feira. Vamos contar um pouco da história desse álbum, um verdadeiro cult do Death Metal.

O aniversariante de hoje é bastante emblemático, muito por conta do ganho que a banda obteve, com uma produção bem melhor em relação aos álbuns anteriores, o que deixou mais nítido o som e torna a sua audição bem mais agradável. “Symbolic” é por vezes apontado como um álbum de Death Metal Técnico ou até mesmo de Death Metal Melódico.

Nova mudança na formação, desta vez entra o baixista Kelly Conlon entrava para ocupar o posto deixado por Steve DiGiorgio. A mudança não seria tão significativa, pois o novo dono da vaga manteria a qualidade e ajudaria a imprimir um peso ainda maior no som da banda. Andy LaRocque também estava de saída, pois não tinha espaço na agenda para conciliar sua agenda com King Diamond e acabou dando lugar para Bobby Koelble. É também o único álbum do Death a contar com estes dois membros, além de marcar a despedida do baterista Gene Hoglan, que havia gravado também o álbum anterior, o não menos maravilhoso “Individual Thought Patterns“.

Assim sendo, o quarteto se reuniu mais uma vez no icônico “Morrisound Recording“, em Tampa, Florida, com produção assinada por Chuck Schuldiner e Jim Morris, onde esta obra-prima foi gravada. A masterização ocorreu no “Sterling Sound”, em Nova Iorque.

A bolacha tem 9 faixas, duração de 50 minutos e alguns clássicos que Chuck Schundiler eternizou em nome do Death. A combinação de peso, agressividade, velocidade e técnica fez de “Symbolic” um álbum à frente de sua época. Podemos destacar, além da faixa-título, músicas como “Empty Words“, “Zero Tolerance“, “1,000 Eyes” e “Crystal Mountain“.

O álbum foi muito bem recebido pela crítica especializada e pelos fãs não só do Death, mas de Heavy Metal de maneira geral. As canções extremamente técnicas, elevaram o nível da banda. Infelizmente, a Roadrunner não deu ao play a atenção necessária, e não apoiou o Death na produção de vídeos para divulgar. “Symbolic” seria o último álbum do Death, o que sabemos, acabou não acontecendo. Chuck Schuldiner foi um gênio e o seu legado está ai para que qualquer headbanger possa ter acesso e prestar toda e qualquer homenagem.

Foi durante a turnê deste disco que duas lendas se juntaram: Chuck Schuldiner e Warrel Dane, em turnê que o Nevermore abriu alguns shows para o Death. A amizade entre ambos cresceu, a ponto de Warrel ter sido convidado para cantar no álbum do Control Denied, “The fragile Art of Existence“, capitaneado por Chuck, durante o hiato de sua banda principal. A participação de Warrel acabou não rolando, mas a amizade seguiu e, curiosamente os dois amigos acabaram falecendo no mesmo 13 de dezembro, Chuck em 2001 e Warrel em 2017.

Depois da turnê, Chuck acabou dando um tempo também com a banda, afim de trabalhar no Control Denied, mas o projeto só acabou saindo do papel no final da década de 1990, já que o líder do Death acabou por reformular a banda para lançar o canto do cisne, que foi o magistral “The Sound of Perseverance“, mas isso é assunto para outro momento.

Este é “Symbolic“, o mais aclamado álbum da carreira desta banda que marcou época, formada pelo “pai do Death Metal”. Vamos exaltá-lo , porque este disco merece todo e qualquer elogio. Infelizmente não existe Death sem Chuck Schundiler, mas o legado que esse gênio deixou está aí e é rico. Hoje é dia de escutar esse play no volume máximo.

Symbolic – Death

Data de lançamento: 21/03/1995

Gravadora: Roadrunner

 

Faixas:

01 – Symbolic

02 – Zero Tolerance

03 – Empty Words

04 – Sacred Serenity

05 – 1,000 Eyes

06 – Without Judgement

07 – Crystal Mountain

08 – Misanthrope

09 – Perenial Quest

 

Formação:

Chuck Schuldiner – vocal/guitarra

Bobby Koelble – guitarra

Kelly Conlon – baixo

Gene Hoglan – bateria