Memory Remains

Memory Remains: Dio – 40 anos de “The Last in Line” e o sucesso no mainstream

2 de julho de 2024

Há exatos 40 anos, em 2 de julho de 1984, Ronnie James Dio lançava “The Last in Line“, segundo álbum de sua banda, chamada simplesmente Dio. O play é tema do nosso Memory Remains desta terça-feira.

Após sair do Black Sabbath de uma forma não muito amigável, Dio levou consigo o baterista Vinny Appice e juntos formaram a banda Dio. Em 1983, lançaram “Holy Diver“, que apesar de ser a obra prima de toda a carreira da maior voz do Heavy Metal de todos os tempos, foi aqui em “The Last in Line” que o sucesso comercial foi alcançado.

Com praticamente a mesma formação que gravou “Holy Diver“, agora com a adição do tecladista Claude Schnell, a banda rumou para o Caribou Ranch, no estado do Colorado, onde o álbum foi gravado. A mixagem aconteceu no Sterling Sound, em Nova Iorque. A arte do álbum, belíssima, por sinal, trazendo a imagem de uma cidade em ruínas e a imagem de um demônio no horizonte, sob um entardecer, é assinada pelo artista Barry Jackson, tendo a ideia desenvolvida pelo próprio Dio, que também foi o produtor do play.

O álbum tem 9 canções em 41 minutos de duração e se estabeleceu como um dos maiores lançamentos de Heavy Metal, não só daquela década, mas de todos os tempos. A inconfundível voz de Ronnie, aliada aos músicos competentes, dá a este “The Last in Line” o brilho que os 40 anos não conseguiram apagar, muito pelo contrário, aqui temos uma aula de Hard N’ Heavy, como nas clássicas “We Rock“, a faixa-título e também em “Mystery“, as três que ganharam videoclipes e que foram exibidos no programa Headbangers Ball, da MTV estadunidense. “I Speed at Night” é outro grande destaque, uma música onde a influência da NWOBHM é explícita.

A aceitação do público foi imediata, as críticas foram as melhores possíveis, e “The Last in Line” frequentou alguns charts mundo afora, como o 4° lugar no Reino Unido, 5° na Finlândia, 6° na Suécia, 7° na Noruega, 11° nos Países Baixos, 23° na “Billboard 200” e na Alemanha, além de um 51° alcançado no Canadá. O álbum foi certificado com Disco de Prata no Reino Unido e Disco de Platina nos Estados Unidos. “The Last in Line” e seu antecessor, “Holy Diver“, são os únicos álbuns de Dio a receberem tal certificação.

Em 19 de março de 2012, nosso quarentão ganhou um relançamento especial deluxe com um CD bônus, trazendo faixas gravadas ao vivo e lados B. A Universal fez o lançamento e distribuição em todo o mundo. Antes disso, no ano de 2005, a revista Rock Hard compilou a sua lista dos 500 melhores álbuns de Rock e Metal de todos os tempos e nosso aniversariante aparece na 372ª colocação.

Apesar de tudo estar parecendo bem, havia uma rixa muito grande entre Ronnie e seu guitarrista, Vivian Campbell, que estava insatisfeito com seu resultado ao lado do imortal vocalista, até que em 1986, ele foi demitido. Os anos se passaram e Vivian parece ter esquecido os problemas, uma vez que desde o ano de 2012, ele mantém com Vinnie Appice, a banda tributo a Dio, que se chama Last in Line.

Infelizmente Dio não mais está entre nós, mas seu legado segue aí e nossa missão é manter essa chama acesa, para que as novas gerações tenham acesso e veja a genialidade deste baixinho que cantava demais. “The Last in Line” envelhece muito bem, obrigado e merece todos os confetes. Lendas não morrem e Dio está eternizado no Heavy Metal como a voz mais marcante do estilo.