O dia 14 de abril é o que podemos chamar de dia do Judas Priest: pois nesta data, temos dois álbuns sendo lançados pela banda: em 1980 era o sétimo e o mais importante de sua longeva carreira: assim podemos definir “British Steel“, que também é um dos mais representativos da história do Heavy Metal, adorado por muitos fãs, principalmente da NWOBHM. O outro álbum é “Turbo”, lançado seis anos mais tarde. Ambos serão tratados em nosso Memory Remains de hoje, porém, respeitaremos a ordem dos mais velhos e falaremos primeiro do grande clássico do quinteto inglês.
Entre janeiro e fevereiro de 1980, o quinteto se reuniu no “Startling Studios“, no Reino Unido, com Tom Allom responsável pela produção do álbum. Todas as músicas foram compostas por Rob Halford, K.K. Dowing e Glenn Tipton. E de lá saíram com este discão. Vamos então comentar faixa a faixa deste play, como o caro leitor já está habituado…
“Rapid Fire” é a abertura apoteótica, com um belo exemplo da NWOBHM e com excelentes riffs da dupla K.K .Downing e Glenn Tipton. A faixa seguinte, “Metal Gods” chega com sua influência Zeppeliana, bem mais arrastada que a primeira e mais voltada ao Hard. Muito boa também. Agora é a vez do clássico maior da banda e a música mais divertida deles também: “Breaking the Law” e o seu recado sobre o que deve ser o Rock e o Metal, a transgressão das regras. Com direito a refrão grudento, que virou referência quando falamos na representatividade da New Wave of British Heavy Metal. Quem nunca bangueou ao som dessa banda? Fale agora ou cale-se para sempre.
“Grinder” traz novamente a banda para o caminho do Hard/Heavy com bons riffs e um excelente solo.A mesma pegada Hard é mantida em “United”, porém, esta tem uma influência dos Beatles. Já em “You Have to be Old to be Wise”, mais da NWOBHM sendo destilada para o ouvinte, enquanto que “Living After Midnight” aborda musicalmente o Hard/Heavy mais uma vez em uma música interessante.
“The Rage” novamente uma abordagem setentista e Rob Halford em uma interpretação que lembra bastante a de outra lenda do Metal: um tal de Ronnie James Dio. Sensacional. “Steeler” encerra o álbum da maneira que ele começou: com uma faixa bem Metal, enérgica e que levanta até defunto. Embora eu tenha respeito por este que é o maior clássico do Judas, não é o play todo que me empolga, mas a abertura e o fechamento são fenomenais. E eu não cometerei aqui uma heresia que é desmerecer um clássico do Heavy Metal;
“British Steel” foi bem colocado em alguns charts pelo mundo, como o 4º lugar na Grécia, a mesma posição obtida no Reino Unido e um 20º lugar na Suécia, além da 12ª posição que o single “Breaking the Law” alcançou; foi certificado também com disco de ouro no Canadá e na Suécia; disco de prata no Reino Unido e platina nos Estados unidos, sendo este último, no ano de 1989. A revista “Rolling Stone“, no ano de 217 elegeu o aniversariante de hoje como o 3º melhor álbum de Heavy Metal de todos os tempos.
Enfim, nesta quarentena, uma ótima oportunidade de o leitor escutar este clássico, de celebrarmos a existência do Judas Priest, que é um dos pilares do Heavy Metal, que influenciaram e ainda influenciam gerações. Logo logo estaremos vacinados e poderemos voltar a prestigiar essa instituição, de volta aos palcos, como todos nós esperamos ansiosamente.
British Steel – Judas Priest
Data de lançamento: 14/04/1980
Gravadora: CBS/ Epic Records
Faixas:
01 – Rapid Fire
02 – Metal Gods
03 – Breaking the Law
04 – Grinder
05 – United
06 – You Don’t Have to be Old to be Wise
07 – Living After Midnight
08 – The Rage
09 – Steeler
Formação:
Rob Halford – Vocal
K.K. Downing – Guitarra
Glenn Tipton – Guitarra
Ian Hill – Baixo
Dave Holland – bateria