Memory Remains

Memory Remains: Lamb of God – 18 anos de “Sacrament” e o maior sucesso comercial

22 de agosto de 2024

Há 18 anos, em 22 de agosto de 2006, o Lamb of God lançava o seu quarto full-lenght. Bem, se considerarmos o primeiro play, lançado ainda sob o nome de Burn The Priest, é o quinto. “Sacrament” é nada mais do que o disco mais importante da carreira da banda, e tema do nosso Memory Remains desta quinta-feira.

Os caras vinham de um excelente álbum, “Ashes of the Wake“, que em minha opinião é o melhor disco da banda. E de uma extensa turnê, que culminou com o lançamento do vídeo “Killadelphia“. E a banda não deu muito espaço entre esses três lançamentos. Assim que encerraram a turnê, eles já se organizaram para compor e gravar o vindouro álbum.

O disco foi gravado em três estúdios diferentes: a bateria foi gravada no “Spin Recording Studios”, na cidade de Long Island; as guitarras foram gravadas no “Sound of Music”, em Richmond, terra natal da banda; já os vocais foram gravados no “The Machine Shop”, na cidade de Hoboken. E sob a batuta do produtor Machine, nascia assim o álbum que colocou o Lamb Of God definitivamente entre as bandas mais importantes da cena Metal. O lançamento se deu pela Epic.

Bolacha rolando, temos 46 minutos e onze canções, dentre as quais, destacamos os hits “Walk With me in Hell” e “Redneck“, esta obrigatoriamente é a canção que fecha as apresentações do LOG, e outros bons momentos como “Against We Rise“, “Pathetic” e “Descending“, que tem uma das maiores, se não a maior performance do monstro Chris Adler tocando bateria à serviço do Lamb of God.

Existe uma versão deluxe, onde o álbum vem com um DVD bônus, que contém o making-off com duração de 90 minutos, e mais dois vídeos para a faixa “Redneck“, sendo um deles, o clipe oficial. Em 2021, para celebrar os quinze anos do play, foi lançada uma versão remasterizada, contendo três faixas bônus. “Walk With me in Hell“, “Descending” e “Redneck“, todas em versões ao vivo.

“Sacrament” foi um sucesso desde o seu lançamento: vendeu 63 mil cópias somente na primeira semana e estreou em 8º lugar na “Billboard”. Em 2010 havia batido a marca de 331 mil cópias vendidas somente nos Estados Unidos e em 2019 conquistou o Disco de Ouro pela RIAA, a Associação das Gravadoras estadunidenses. O álbum também passou por outras paradas de sucesso, com destaque para o 25° lugar na Austrália, 79° na Irlanda e 89° no Reino Unido.

Além do sucesso comercial, a faixa “Redneck” foi indicada ao Grammy na categoria “Melhor Performance de Metal” mas acabou desbancada por “Eyes of the Insane“, do Slayer. Justifica-se a derrota, afinal de contas, era o retorno da formação original do Slayer depois de mais de quinze anos de hiato.

O Lamb of God caiu na estrada para divulgar seu novo play. A banda tocou com diversas bandas, tais como: Slayer, Mastodon e Children of Bodom. Tocou em festivais como o Gigantour, capitaneado pelo Megadeth, também se apresentou no Download e no Ozzfest, para depois seguir em uma turnê com o Killswich Engage, Soilwork e Devil Driver, onde Lamb of God e Killswich Engage se dividiam como sendo atrações principais a cada noite.

Hoje é dia de celebrar os 18 anos desta pérola do Heavy Metal moderno. O Lamb Of God hoje é o maior expoente dentre as bandas de Heavy Metal da segunda geração, vamos dizer assim. E os caras estão detonando tudo. Quem os viu no ano passado durante a primeira edição do Summer Breeze Brasil pode comprovar que ao vivo a banda é letal. Longa vida a banda de Richmond, “fucking” Virgínia, como costuma bradar Randy Blythe.