27 de junho de 2006 é uma das três datas do lançamento de “A Light in the Dark“, oitavo álbum do Metal Church. Na Alemanha, o álbum saiu em 16 de junho, o resto da Europa conheceu o play em 19 do mesmo mês e a data escolhida arbitrariamente por nós para falar do disco aqui no Memory Remains nesta terça-feira, refere-se ao lançamento do play nos Estados Unidos.
A banda vinha do não menos espetacular álbum anterior, “The Weight of the World“, lançado em 2004 e embora apenas Kurdt Vanderhoof fosse membro fundador da banda, apenas uma modificação no lineup da banda entre ambos os álbuns: o baterista Jeff Plate chegava para ocupar a vaga do saudoso Kirk Arrington, que nos deixou esse ano. Ele saiu da banda antes do início das gravações, pois sua saúde estava bem frágil em decorrência do diabetes.
Para gravar o play, a banda se reuniu no The English Channel Studio, na cidade de Olympia, para as sessões de gravação, tendo Kurdt Vanderhoof na produção. A masterização aconteceu no Bandit Audio. Este é o terceiro álbum que a banda colocou em sua capa um modelo de guitarra cruciforme da Gibson. Foi também o último álbum a contar com o guitarrista Jay Reynolds, que saiu em 2008, pouco antes das gravações de “This Present Wasteland“, o sucessor deste. Retornou por um breve período em 2012 e foi substituído por Rick Van Zandt, que segue na banda até os dias de hoje.
Em 61 minutos, temos um álbum extremamente empolgante, com o Metal Church olhando para o futuro, sem esquecer do passado, mesclando sua sonoridade peculiar dos anos 1980 a contemporaneidade, destacando-se as seguintes faixas: “A Light in the Dark“, “Mirror of Lies“, “Temples of the Sea” e “Son of the Son“. A banda regravou a faixa “Watch the Children Play“, originalmente lançada no álbum “The Dark“, vinte anos antes Aqui ela ganhou o “2006” ao final de seu nome e foi dedicada ao saudoso vocalista David Wayne, que faleceu um ano antes da gravação do aniversariante do dia.
Kurdt Vanderhoof afirmou que regravar “Watch the Children Play“, música que ficou bastante popular em 1986 quando a banda havia assinado contrato com a Elektra, sugerido por James Hetfield, guitarrista e vocalista do Metallica, significou mostrar para todos que ele não tinha nada pessoal contra o ex-vocalista, apesar de todo o litígio que havia entre os dois e que a morte de Wayne não permitiu que as arestas fossem aparadas.
O álbum teve boa recepção por parte da crítica especializada e do público e motivou a banda a continuar as atividades, ainda que elas tivessem sido interrompidas entre 2009 e 2012, em virtude de um problema nas costas de Vanderhoof, mas seguem na ativa desde então, inclusive acabaram de lançar um excelente álbum “The Congregation of Annihilation“, que certamente estará nas listas de melhores álbuns do corrente ano.
Hoje é dia, pelo menos um deles, você pode escolher entre as três datas disponíveis, de celebrar o lançamento deste baita play. E também podemos nos sentir orgulhosos por viver na mesma época dessa banda maravilhosa que prova que antes de ser conhecida como a cidade do movimento grunge, Seattle é um celeiro de ótimas bandas de Heavy Metal. Escute esse disco no volume máximo enquanto nós desejamos longa vida ao Metal Church. Essa igreja, sim, é honesta. Bem diferente daquelas outras que enganam as pessoas em nome de uma falsa promessa de uma vaga no céu.
A Light in the Dark – Metal Church
Data de lançamento – 27/06/2006 (EUA)
Gravadora – Steamhammer
Faixas:
01 – A Light in the Dark
02 – Beyond All Reason
03 – Mirror of Lies
04 – Disappear
05 – The Believer
06 – Temples of the Sea
07 – Pill for the Kill
08 – Son of the Son
09 – More Than Your Master
10 – Blinded by Life
11 – Watch the Children Play 2006
Formação:
Kurdt Vanderhoof – guitarra/ teclado
Jay Reynolds – guitarra
Ronny Munroe – vocal
Steve Unger – baixo
Jeff Plate – bateria