Memory Remains

Memory Remains: Metal Church – 37 anos de “The Dark” e a indicação de James Hetfield para uma major

6 de outubro de 2023

Há 37 anos, em 6 de outubro de 1986, o Metal Church lançava “The Dark“, o segundo álbum da carreira desta amada banda de Seattle e que é tema do nosso Memory Remains desta sexta-feira.

O álbum marca a estreia da banda pela Elektra, uma indicação do vocalista/guitarrista do Metallica, James Hetfield, que sugeriu aos executivos da gravadora que assinassem com o Metal Church “antes que alguma outra gravadora assinasse”. É também o último álbum a contar com a formação original. No álbum “Masterpeace” (1999), 4 dos 5 integrantes voltariam a se reunir.

O álbum de estreia da banda foi aclamado e até hoje reconhecido como um dos grandes lançamentos de sua época. E a banda sabia da responsabilidade que era de fazer um álbum tão bom quanto o deubt. Para isso, escolheram o produtor Mark Dodson e todos foram para o Steve Lawson Studios, em Seattle. O álbum foi gravado entre o final de 1985 e o início de 1986. A mixagem ocorreu no Sterling Sound, em Nova Iorque.

A temática do disco gira em torno de assuntos sombrios, tais como assassinatos, mortes, lutas, rituais e o sobrenatural. A música “Watch the Children Pray” é dedicada à memória do baixista Cliff Burton, que havia falecido pouco antes, quando estava em turnê com o Metallica, divulgando o recém-lançado álbum “Master of Puppets”. A faixa, aliás, ganhou um videoclipe e veiculou bastante na MTV estadunidense, no programa Headbangers Ball.

O aniversariante do dia é composto de dez canções em 42 minutos. O Metal Church trafega entre o Thrash, Power e Prog Metal sem ser incomodado. As canções possuem uma versatilidade enorme e o trabalho de produção de Mark Dodson ajuda bastante. Ele foi tão determinante que Scott Ian disse ter escolhido o produtor para assinar o álbum “State of Euphoria“, lançadoem 1987 (falamos deste álbum recentemente e você poder ler clicando AQUI) após escutar o resultado final de “The Dark“. Merecem destaque além da já citada “Watch the Children Pray“, músicas como “Over my Dead Body“, “Psycho“, “Line of Death” e “Ton of Bricks“.

O álbum obteve boa recepção. Se não foi tão arrebatador quanto o álbum de estreia, chegou bem perto. “The Dark” chegou à “Billboard 200” e bateu na 92ª posição. É um dos três álbuns da banda a figurar na mais badalada parada musical do planeta. Os outros álbuns que também chegaram lá são “XI” e “Blessing in Disguise“, que alcançaram as posições de número 57 e 75, respectivamente.

Embora hoje a banda tenha apenas Kurdt Vanderhoof como membro original, o Metal Church segue em atividade, com alguns períodos de hiato, mas desde 2012 de forma initerrupta, inclusive tendo lançado um excelente álbum neste ano, “Congregation of Annihilator“. Os agudos do saudoso vocalista David Wayne faz falta, bem como as batidas de Mark Arrington, que nos deixou neste ano. Hoje é dia de celebrar esse discaço tocando-o no volume máximo. O Metal Church deveria ser ensinado na escola. Pois ele é melhor do que as igrejas que temos por aí. Sem exceção.