Temos neste domingo mais um álbum que entra para o seleto grupo dos quarentões: e é ninguém menos do que este clássico do Motörhead, chamado “Ace of Soares”, que é tema do nosso Memory Remains de hoje.
Este é o quarto álbum da banda de Lemmy e o sucessor de outro clássico, “Bomber”. Porém, aqui o trio acertou a mão e fez deste álbum o melhor de todos em sua grande discografia.
O trio foi então para o Jackson’s Studios, no Reino Unido, onde ficaram entre 4 de agosto e 15 de setembro de 1980, com produção de Vic Maile. O resultado é o que vamos conferir, destrinchando faixa por faixa a partir das linhas abaixo:
A faixa título e sua energia abre o play e não poderia ser da melhor forma. O baixo nervoso de Lemmy funciona como um abre-alas para os riffs ainda mais hipnotizantes de Fast Eddie Ckarke. A primeira música do Motörhead que ouvi na vida e eu não poderia ter uma iniciação melhor.
“Love me Like a Reptile” é aquela faixa tipicamente Motörhead. Você escuta os riffs e sabe que ninguém faz aquele Rock and Roll igual ao trio liderado por Lemmy. “Shoot You in The Back” tem riffs de guitarra que hipnotizanm o ouvinte e um Phil “Animal” Taylor inspirado com viradas sensacionais em seu kit se bateria. Espetacular.
“Live to Win” é a faixa número quatro e traz aquele clima de diversão que o Motörhead sempre colocou em suas músicas. Já “Fast and Loose” tem aquela pegada de Rock Setentista, embora com um andamento um pouco mais rápido, como o Motörhead fazia bem. “(We Are) The Roadcrew” faz o Motörhead voltar ao clima psicodélico e novamente os riffs de mr. Fast Eddie Clarke são os destaques. “Fire Fire” é a veia Punk que a banda de Lemmy sempre teve e é uma ótima pedida para um moshpit, em tempos sem pandenia, é claro.
Allan Ballard/Divulgação
“Jailbailt” é outra faixa tque é a cara do Motörhead e a constatação de que o disco vai muito bem, obrigada. Dance é outra faixa que pertence ao grupo das divertidas. Um Rockão pra ninguém botar defeito. Tudo aqui é perfeito: timbre das guitarras, levada, batida. Excelente.
A trinca final começa com a faixa mais curta do play: “Bite the Bullet”, puxada para o Punk e aqui as linhas de baixo de Lemmy dão as coordenadas e todos seguem o líder. “The Case is Better Than The Catch” tem uma pegada mais Hard Rock, mas um Hard Rock a lá Motörhead: com muita sujeira e uma pegada mais arrastada. Excelente. E se o álbum começou com uma música potente, não poderia encerrar de maneira diferente. Até os riffs de “The Hammer” lembram um pouco os da faixa título; o clima é o mesmo, com a única diferença que o andamento aqui é mais rápido.
Como todo disco do Motörhead, o que é bom, dura pouco. São apenas 36 minutos de muito Rock and Roll em um clima bem visceral. A melhor obra do grupo sem sombra de dúvidas e que merece todos os nossos elogios e não a toa é considerado o ponto alto da carreira da banda.
“Ace of Spades” obteve certo êxito: alcançou o 4° lugar nas paradas inglesas e foi certificado com Disco de Ouro também na Inglaterra, ou seja, vendeu bem por lá. É uma
Marca que para uma banda como o Motörhead é para se celebrar com muito entusiasmo. E com orgulho.
Não temos mais Lemmy entre nós e nem o Motörhead na ativa, mas temos toda obra e todo o legado que esse personagem dos mais importantes da história do Rock nos deixou e “Ace of Spades” é o supra sumo. E como eu sempre digo: eu ouvi gente morta!
Ace of Spades – Motorhead
Data de lançamento – 08/11980
Gravadora – Bronze Records
Faixas:
01 – Ace of Spades
02 – Love me Like a Reptile
03 – Shoot You in the Back
04 – Live to Win
05 – Fast and Loose
06 – (We Are) The Roadcrew
07 – Fire Fire
08 – Jailbailt
09 – Dance
10 – Bite the Bullet
11 – The Case is Better Than the Catch
12 – The Hammer
Formação:
Lemmy Kilmster – Baixo/Vocal
Fast Eddie Ckarke – Guitarra
Phil Animal Taylor – Bateria