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Memory Remains: Ozzy Osbourne – 39 anos de “Diary of a Madman” e a última performance do grande Randy Rhoads

Memory Remains: Ozzy Osbourne – 39 anos de “Diary of a Madman” e a última performance do grande Randy Rhoads

7 de novembro de 2020


Há exatos 39 anos, Ozzy Osbourne lançava “Diary of a Madman”, seu segundo disco solo. Este álbum é especial, pois conta com a última participação do imortal guitarrista Randy Rhoads, que morreria em 1982.

Gravado entre 9 de fevereiro e 23 de março de 1981 no Rudge Farm Studios, o álbum tem outra particularidade: embora os créditos para o baixo e bateria estarem para Rudy Sarzo e Tommy Aldrige, respectivamente, quem gravou essas partes não foram eles, e sim Bob Daisley no baixo e Lee Kerslake na bateria. A produção é do casca grossa Max Norman.

Ozzy tinha um desafio: fazer deste álbum tão bom ou melhor que o seu debut, “Blizzard of Ozz”. E é o que vamos conferir agora, destrinchando cada uma das oito faixas que compõem o aniversariante do dia.

Botando a bolacha para rolar, temos a excelente “Over the Mountain” e seu clima setentista, além dos riffs marcantes de Randy Rhoads. Esta foi uma das primeiras músicas da carreira solo do madman que este redator que vos escreve escutou.

Flying High Again” é um Hard Rock bem interessante e com um lindo solo de Rhoads. Aliás, chamar de lindo um solo desta fera, é chover no molhado. Certamente ele seria um dos melhores da história se tivesse vivido mais. Coisas da vida.

You Can’t Kill Rock and Roll”. Com este lindo título, Ozzy chega com uma bela balada, que no refrão vira um Hard Rock, mas se mantém calma durante sua extensão. É outra que se destaca. “Believer” é a faixa que encerra o lado A do vinil e ela é relativamente pesada, sendo por esta razão, a minha favorita deste play. É mais a uma a contar com guitarra base e solo sensacionais de Rhoads.

Little Dolls “é relativamente pesada e tem ótimos riffs de guitarra. Podemos também destacar as linhas de baixo que também ficaram ótimas por aqui. “Tonight” é uma balada bonitinha, com boas linhas de baixo e um solo com bastante melodia. Uma música agradável.

Chega a faixa “S.A.T.O.”, que algumas pessoas acham que significa Sailing Across the Ocean. E Bob Daisley explica que a música se chamaria Strange Voyage, mas que depois foi alterada para as inisiciais de Sharon Adrian Thelma e Ozzy, aparentemente os nomes dos pares de Ozzy e Sharon, que se tornaria um casal futuramente. Na parte musical, ela é que mais se aproxima do Heavy Metal, com uma sonoridade bem NWOBHM, muito boa, por sinal.

A faixa título chega para encerrar o play com sua intro carregada de clima épico, mas seu desenvolvimento é um tanto quanto melancólico. Mas nada que apague o brilho deste ótimo álbum.

E em 43 minutos temos uma prova de que sair do Black Sabbath fez muito bem para Ozzy, que iria consolidar sua carreira solo, de certa forma até ofuscando na década de 80, a banda que o revelou para o mundo. E o madman segue ai, mais vivo do que nunca e só podemos desejar longa vida a essa lenda do Metal e celebrar mais um aniversário deste discão.

Diary of a Madman – Ozzy Osbourne

Data de lançamento – 07/11/1981

Gravadora – Epic Records

Faixas:

01 – Over the Mountain

02 – Flying High Again

03 – You Can’t Kill Rock and Roll

04 – Believer

05 – Little Dolls

06 – Tonight

07 – S.A.T.O.

08 – Diary of a Madman

Formação;

Ozzy Osbourne – Vocal

Randy Rhoads – Guitarra

Bob Daisley – Baixo

Lee Kerslake – Bateria

Johnny Cook – Teclado