O Memory Remains deste domingo vai tratar de “Vulgar Display of Power”, do Pantera. Para alguns, o 6° disco da banda. Para a maioria, e eu me incluo neste grupo, é o segundo disco da banda que junto com o Sepultura, revolucionou a década de 1990. E hoje o álbum completa 32 anos de lançamento.
A banda já vinha em evolução musical desde a entrada de Phil Anselmo, no álbum “Power Metal“, mas foi em “Cowboys From Hell” que a banda começou a ganhar certa notoriedade. “Vulgar Display of Power” seria a afirmação da banda que seguiu sendo uma das grandes expoentes do Heavy Metal naquela primeira metade dos anos 1990.
O baterista Vinnie Paul certa vez falou sobre “Vulgar Display of Power“, o qual ele considerava ser praticamente o som definitivo do Pantera. Isso porque segundo ele, o Metallica decepcionou os fãs com o álbum preto em 1991 e isso os motivou a tentar fazer o álbum mais pesado de todos os tempos. Parece que conseguiram, concorda, caro leitor?
Eles que já haviam trabalhado com o baterista Terry Brown em Cowboys From Hell e parecia ser automática a escolha por continuar com esse produtor. Assim sendo, todos se reuniram novamente no Pantego Sound Studio no ano de 1991. Antes de entrar em estúdio, a banda produziu uma demo com três faixas: “A New Level“, “No Good (Attack the Radical)” e “Regular People (Conceit)“. As demais músicas foram escritas durante as sessões de gravações do aniversariante do dia. Eles foram convidados para tocar com o Metallica e o AC/DC no Monsters of Rock de Moscou. Depois voltaram para concluir as gravações e seguiram para Nova Iorque, onde o álbum foi masterizado.
São 52 minutos de um intenso ataque sonoro, um álbum que marcou uma geração e que segue envelhecendo muito bem, obrigado. Esse álbum ajudou o Pantera a se consolidar como um dos pilares do Heavy Metal nos anos 1990. A banda decolou após sair em turnê com o Skid Row e o Soundgarden pelos Estados Unidos e depois com o Megadeth pela Europa. É um álbum que não tem uma música ruim sequer. Grandes clássicos da banda foram forjados neste play, como “Mouth for War“, “Walk“, “This Love“, “Fucking Hostile“, “Living in a Hole” e “A New Level“, que até mesmo a diva Pop Madonna se rendeu e tocou o riff principal da música, como você, caro leitor, poderá ver no vídeo abaixo:
“Vulgar Display of Power” chegou ao 44° lugar na Billboard 200, onde permaneceu por 70 semanas, sendo assim o disco do Pantera que por mais tempo permaneceu na maior parada musical do mundo. No Reino Unido, o álbum chegou ao 64° lugar; na Alemanha, chegou ao 69° lugar e no Japão chegou ao 54° lugar. Em 2012, na edição de lançamento dos 20 anos, o álbum retornou à Billboard, chegando à 48ª posição. A música “Mouth for War” foi a primeira faixa da banda a figurar nas paradas musicais, chegando ao 73° lugar no Reino Unido, enquanto que Walk chegou ao 35° lugar, em 1993.
Não somente isso, o álbum é o mais vendido da discografia da banda, sendo certificado com Disco de Ouro no Canadá e no Reino Unido, Platina na Austrália e duplo Platina nos Estados Unidos. A revista Rolling Stone classificou o disco em 10° lugar na sua lista dos “100 álbuns de Heavy Metal de Todos os Tempos”. Além de toda a influência que suas músicas deixaram, é um rico legado.
Um baita play, que passou dos 30 anos, mas segue com um corpinho de 20. Hoje é dia de celebrarmos esse disco. Se não temos mais o Pantera (temos o cover do Pantera, que Phil Anselmo está tentando vender como se fosse a banda original) nem os irmãos Abott, temos a obra deixada por eles, que deve ser passada adiante por nós. Merece mais que confetes, merece cultos eternos. A maior (empatada com o Sepultura) banda de Metal dos anos 1990.
Vulgar Display of Power – Pantera
Data de lançamento – 25/02/1992
Gravadora – Atco
Faixas:
01 – Mouth for War
02 – A New Level
03 – Walk
04 – Fucking Hostile
05 – This Love
06 – Rise
07 – No Good (Attack the Radical)
08 – Living in a Hole
09 – Regular People (Conceit)
10 – By Demons be Driven
11 – Hollow
Formação:
Phil Anselmo – vocal
Dimebag Darrell – guitarra
Rex Brown – baixo
Vinnie Paul – bateria