Memory Remains

Memory Remains: Skid Row – 33 anos de “Slave to the Grind”, o topo na Billboard e a primeira vez no Brasil

11 de junho de 2024


Há 33 anos, em 11 de junho de 1991, o Skid Row lançava “Slave to the Grind“, o segundo álbum da banda que tem uma boa aceitação tanto pelos fãs de Hard Rock quanto pelos fãs de Heavy Metal, e talvez seja o favorito dos headbangers. Este é o tema do nosso Memory Remains desta terça-feira.

Embora o Skid Row tenha se tornado conhecido pelo público no Brasil através das baladas “18 and Life” e “I Remember You“, eles faziam um Hard Rock vigoroso e o primeiro álbum já havia feito um sucesso absurdo, jamais superado por nenhum outro álbum lançado pela banda, pelo menos em vendas, já que na “Billboard“, o aniversariante do dia teve um desempenho superior, como iremos lhes contar mais abaixo.

O quinteto resolveu explorar uma musicalidade mais pesada em “Slave to the Grind“, o que fez com que a banda flertasse muito intensamente com o Heavy Metal. Mas ao menos aqui no Brasil, as faixas que ganharam maior destaque foram novamente as baladas: “In a Darkned Room” e “Wasting Time“, que são ótimas canções, mas não devem ser encaradas como parâmetro para definir o estilo musical do play, que é bem pesado.

Como diz o ditado que “não se mexe em time que está ganhando”, a banda novamente se juntou ao produtor Michael Wagener e desta vez dois estúdios foram utilizados para registrar o vindouro play: o New River Studios, em Fort Lauderdale, Flórida e o Scream Studio, na Califórnia, este último onde também foi feita a mixagem. A masterizado foi realizada no Sterling Sound, em Nova Iorque. A capa é de autoria do pai de Sebastian Bach, que recentemente também desenhou a capa do novo play solo do cantor. Aqui em “Slave to the Grind“, ele se inspirou na obra de Caravaggio, denominada “Buryal of St. Lucy“.

A banda apresentou duas versões distintas para o álbum com uma sutil mudança entre as canções. A versão original tem a música “Get the Fuck Out” e a segunda versão, que ficou conhecida como “versão limpa (ou versão censurada), apresenta a música “Beggar’s Day” no lugar da primeira citada. Os temas líricos aqui variam por críticas ao estilo de vida moderno, autoridades, drogas, políticos, organizações religiosas, etc…

Bolacha rolando, temos 47 minutos e 12 faixas e uma experiência incrível na audição deste “Slave to the Grind“. A produção é caprichada, os riffs de guitarra são sensacionais e músicas como a faixa-título, “The Threat“, “Psycho Love“, a polêmica “Get the Fuck Out“, “Creepshow” e “Riot Act“, todas elas em uma linha tênue entre o Hard Rock e o Heavy Metal, além dos hits já citados “In a Darkned Room” e “Wasting Time“. É sem sombra de dúvidas o grande álbum do Skid Row.

O álbum foi muito bem recebido e como foi lançado poucos meses antes dos dois grandes álbuns de 1991, “Ten“, do Pearl Jam e “Nevermimd“, do Nirvana, a banda pôde surfar na crista da onda por algum tempo, porque depois o movimento Grunge de Seattle dominou toda a cena. Nas paradas, “Slave to the Grind” teve um bom desempenho: 1° na “Billboard 200“, 3° no Japão, 5° no Reino Unido e 12° na Alemanha. Apesar de não ser um álbum 100% de Heavy Metal, é considerado o primeiro álbum de Metal a alcançar a posição número um na “Billboard“, a mais famosa dentre todas as paradas musicais. Foi ainda certificado com Disco de Prata no Reino Unido, Platina no Canadá e Duplo Platina nos Estados Unidos.

Foi na turnê deste álbum que o Skid Row desembarcou pela primeira vez em terras brasileiras, quando se apresentou no extinto Hollywood Rock, que acontecia em dois finais de semana consecutivos, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Eles fecharam o festival em uma noite que contou também com shows do Barão Vermelho e do Extreme, outra banda que também estava muito “hypada” no Brasil em decorrência do seu hit “More than Words“. Na época, Sebastian Bach chamou a atenção da mulherada pela sua beleza.

O tempo passou, Sebastian Bach não está mais na banda e pelo jeito o litígio não deve se encerrar, uma vez que o “Tião” até parou de seguir a bela Lzzy Hale, que recentemente quebrou um galho como vocalista temporária da banda. Mas o álbum envelhece muito bem e é digno de ser celebrado, de preferência sendo tocado no volume máximo. E longa vida ao Skid Row.

Slave to the Grind – Skid Row 

Data de lançamento – 11/06/1991

Gravadora – Atlantic 

 

Faixas:

01 – Monkey Business 

02 – Slave to the Grind

03 – The Threat

04 – Quicksand Jesus 

05 – Psycho Love

06 – Get the Fuck Out 

07 – Living on a Chain Gang 

08 – Creepshow

09 – In a Darkened Room

10 – Riot Act 

11 – Mudkicker

12 – Wasted Time

 

Formação:

Sebastian Bach – vocal

Dave “the Snake” Sabo – guitarra

Scott Hill – guitarra

Rachel Bolan – baixo

Rob Affuso – bateria