Memory Remains

Memory Remains: Soulfly – 8 anos de “Archangel” e a saída do baixista Tony Campos

14 de agosto de 2023

Há 8 anos, em 14 de agosto de 2015, o Soulfly lançava “Archangel“, o décimo álbum da carreira do principal projeto de Max Cavalera (e ele tem muitos, é um workaholic) e assunto do nosso Memory Remains desta segunda-feira.

Esse é o segundo trabalho da banda pela Nuclear Blast e também o segundo consecutivo com a mesma formação. Mas também foi o último álbum a contar com o baixista Tony Campos, que saiu para fazer parte do Fear Factory, banda que pertence a Dino Cazares, amigo de Max e que inclusive tocou tanto no Soulfly quanto no projeto dos irmãos Cavaleras.

Para gravar o álbum de número dez, a banda se reuniu em três estúdios: o Megawatt Recording Studios, o Studio City e o Hydeway Studio, todos na Califórnia, no primeiro semestre de 2015. A mixagem aconteceu no mesmo Hydeway Studio. Matt Hyde ficou responsável pela produção. A capa, merece também destaque, sendo uma das mais belas dentre todos os álbuns do Soulfly, é assinada por Eliran Kantor.

Como de praxe, é mais um álbum do Soulfly a contar com muitos convidados. Matt Young, vocalista do King Parrot, Todd Johns, vocalista/guitarrista do Nails, além do enteado de Max, Ritchie Cavalera e de Igor Cavalera Jr., que não é filho de Igor e sim filho do líder do Soulfly. É o álbum mais curto de toda a discografia da banda, com apenas 36 minutos em dez faixas. Existe uma versão especial, com três faixas bônus, incluindo um cover para “You Suffer“, do Napalm Death e um DVD com apresentação ao vivo da banda no Hellfest em 2014.

Em relação às paradas musicais, esse é o segundo álbum a alcançou a posição mais baixa na “Billboard 200“. “Archangel” chegou à posição número de 130, superando apenas “Dark Ages“, lançado em 2005 e que alcançou a posição de número 155. Em outros lugares do mundo, o álbum teve relativo sucesso: 11° na Suíça, 17° na República Tcheca, 19° na Alemanha, 21° na Bélgica, 22° na Finlândia, 31° na Áustria, 41° na Austrália, 57° no Reino Unido e 66° na França. O álbum recebeu boas críticas da imprensa especializada e do público. Vendeu pouco, pois na época já estávamos na era que os ouvintes estavam migrando para as músicas digitais.

Após o lançamento, a banda iniciou a turnê ‘We Sold Our Souls to Metal“, que teve início em 30 de setembro, com 27 apresentações, terminando em 12 de dezembro daquele ano de 2015. Decapitated, Soilwork e Shattered Sun foram as bandas que acompanharam o Soulfly nesta tour, onde sete músicas do aniversariante do dia faziam parte do setlist. Desde a turnê do álbum “Primitive” que o Soulfly não incluía tantas músicas de um mesmo álbum no repertório. Em 2017, Max promoveu uma turnê pela América do Norte quando tocou o álbum “Point Blank“, do Nailbomb na íntegra.

Hoje é dia de celebrar esse álbum, escutando-o no volume máximo enquanto comemoramos a existência dessa lenda viva do Heavy Metal nacional, que atende pelo nome de Max Cavalera. Ele está em plena atividade, tanto com o Soulfly quanto no projeto com seu irmão, Igor, quando lançou recentemente os primeiros discos do Sepultura. Max que acabou de perder a sua mãe, Glória, a grande incentivadora e responsável pela carreira do vocalista/guitarrista, que se tornou notório por tocar com apenas as quatro cordas de cima. Ele merece toda nossa reverência.